CURSOS POPULARES PRÉ-UNIVERSITÁRIOS: NOVOS E VELHOS DESAFIOS DO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR

Maria Célia Freitas*

Márcio Francisco de Carvalho**

Resumo

O presente artigo visa à temática inclusão de pessoas oriundas das camadas populares no ensino superior, a partir da experiência em Cursinhos Pré-Vestibulares Populares. Neste artigo procuramos, no entanto, apresentar propostas de reorganização destes cursinhos tendo em vista que as novas formas de acesso ao ensino superior trazem consigo novos problemas assim como ainda sustentam velhos problemáticas de inclusão. Por acreditar que tais mudanças afetarão diretamente a dinâmica destes cursinhos, defendemos a proposta da reorientação dos Cursinhos Pré-Vestibulares em Cursos Populares Pré-Universitários.

Palavras-chave: Cursos Populares Pré-Universitários; Acesso ao Ensino Superior; Camadas Populares.

INTRODUÇÃO

Segundo pesquisas recentes da Organização das Nações Unidas (ONU, 2010), o Brasil é o terceiro país com maior índice de desigualdade no mundo, tendo como principais causas: A falta de acesso a uma educação de qualidade, a falta de uma política fiscal mais justa, baixos salários e serviços oferecidos pelo Estado de forma precária, como saúde e saneamento básico.

Em meio a essa grande desigualdade social, a má qualidade do ensino público, a dificuldade de acesso ao ensino superior pelas camadas populares, a baixa participação política e cidadã, a desvalorização da cultura local, é que surgem a partir de iniciativas do Movimento Estudantil e do Movimento Negro, os Cursinhos Populares, com o intuito de fazer com que educandos negros, de famílias das camadas populares e escolas públicas tenham possibilidade de ingressar no ensino superior.

Os Cursinhos Populares tem atuado de modo a educar de forma sensível, crítica, auto-reflexiva, ética e participativa, estimulando a criatividade e a autonomia para transformação social. Desse modo, ocorre nos Cursinhos um trabalho na autoestima dos estudantes para que estes se reconheçam como sujeitos históricos, ativos, reflexivos e capazes de transformarem suas realidades, articulando-se com as comunidades rurais e urbanas, escolas e associações das cidades, buscando a construção de uma relação dialógica entre conhecimento científico e popular, dentro e fora do espaço acadêmico, enfatizando os saberes populares, bem como, as culturas locais e regionais, e valorizando a história de cada povo.

Este processo é incansável e tem que estar em constante transformação e aprimoramento devido às mudanças diárias que surgem em nossa sociedade. Para isso, os cursinhos [...] procuram fazer frente ao processo preparatório ao vestibular, revisando os conteúdos pertinentes para um bom desempenho de seus alunos. Porém, junto com essa tarefa que é intrínseca a um pré-vestibular, os cursinhos populares procuram se constituir como espaços de capacitação crítica das classes populares. (PEREIRA, 2007).

Neste sentido novos métodos de ensino se fazem necessário na prática dos cursinhos, que procuram em sua proposta um novo fazer pedagógico, no qual a educação proporcione à classe trabalhadora um saber que seja instrumento de luta, de transformação social e que busque problematizar no espaço escolar o lado social do indivíduo, reconhecendo sua realidade histórica e exercendo sua cidadania.

Para Paulo Freire (1996) a educação verdadeira visa à humanização, a construção de uma vida social mais digna, livre e justa, baseando-se na realidade do educando, na construção de uma postura dialógica e dialética, não reduzida ao simples conhecer de letras, palavras e frases vazias.

Em seu texto, Santos (2006) fala de uma pedagogia “emancipatória” que busca a formação identitária dos sujeitos para que possam intervir na sociedade de modo ativo. O autor aponta que esta é uma educação conflitante com o modelo de ensino dominante, pois, objetiva potencializar a indignação e a rebeldia, ou seja, é uma educação para o inconformismo, que busca formas para o desenvolvimento da democracia e para organização de relações sociais mais igualitárias, mais justas, edificantes e multiculturais, respeitando-se os “saberes” formais e cotidianos, valores e crenças dos indivíduos.

É por buscar uma educação para a cidadania, visando a formação política e a transformação social, que acreditamos na educação popular como um princípio, pois:

A educação popular é uma educação comprometida e participativa orientada pela perspectiva de realização de todos os direitos do povo. Basea-se no saber da comunidade e incentiva o diálogo, visando a formação de sujeitos com conhecimento e consciência cidadã [...] A educação popular se dá a em um projeto destinado a formar pessoas para operarem transformações. (BRANDÃO, 2002).

Portanto, a educação popular sendo um princípio, possibilita o desenvolvimento de uma metodologia alternativa para o trabalho de formação política que os cursinhos populares têm buscado realizar junto a seus educadores e educandos.

VELHOS E NOVOS DESAFIOS DO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR

Por muito tempo o processo de seleção predominante para o acesso ao ensino superior foi o Vestibular, que se caracterizava como uma avaliação sistêmica do ensino fundamental e médio, pois, muitas escolas baseavam seus currículos de acordo com o que seria cobrado nesse exame de seleção. Priorizando a decoreba as instituições escolares deixavam a desejar nas atividades crítico-reflexivas dos educandos, pois os trabalhos de preparação para o vestibular e o cumprimento do conteúdo programático acabavam sendo as maiores preocupações dos professores, pais e alunos do ensino médio. Neste sentido o educador Rubem Alves entende que:

“os vestibulares são um dragão devorador de inteligências cuja sombra se alonga para trás, cobrindo adolescentes e crianças. Desde cedo pais e escolas sabem que a escola deve preparar para os vestibulares. Os vestibulares, assim, determinam os padrões de conhecimento e inteligência a serem cultivados. Mas não existe nada mais contrário à educação que os padrões de conhecimento e inteligência que os vestibulares estabelecem.” (ALVES, 2008).

As avaliações para as Universidades Públicas são as mais concorridas, por isso os estudantes precisam passar pelo funil chamado exames de seleção. Tais exames são práticas de avaliação de aprendizagem que se desenvolvem através de instrumentos e procedimentos que pretendem “medir o conhecimento” produzindo informações que permitem a “classificação dos estudantes”, quase que ausentes do processo. Por tanto promovem a inclusão de poucos e a exclusão – ou inclusão degradada – de muitos, apresentando-se como um processo que isola os sujeitos, dificulta o diálogo, reduz os espaços de solidariedade e cooperação e estimula a competição.

Atualmente temos visto que têm surgido novas formas de acesso ao ensino superior como, por exemplo, o ENEM, e estes, no entanto continuam cada vez mais excludentes, devido ao elevado grau de concorrência. Segundo os movimentos sociais e alguns estudiosos, o processo seletivo de inclusão a Universidade Pública é meritocrático, pois favorece àqueles que têm maiores condições sociais e econômicas de se preparar, já que o ensino médio público é precário.

Em 2009, o então ministro da educação, Fernando Haddad, apresentou a proposta de unificar o vestibular das Universidades Federais utilizando o Enem como modelo, pois, segundo ele, os candidatos que quisessem concorrer as Universidades de outros Estados poderiam fazer o exame em seu próprio Estado e, com a nota, pleitear vagas a distância, dando chance a quem não tem como viajar.

Para o Ministério da Educação (MEC), o vestibular tradicional desfavorece candidatos que não podem se locomover pelo território, diminuindo suas chances de aprovação, também, as vagas das Universidades Federais localizadas em Estados menores acabam sendo preenchidas apenas por candidatos das regiões próximas. Além de sanar esses problemas, o Enem é entendido pelo Ministério da educação por buscar a valorização da leitura, da interpretação e do raciocínio.

Compreendemos que o Enem possa ser um exame mais interessante que o vestibular, porém ainda é um exame e, portanto excludente. Sendo assim, para as camadas mais populares da sociedade, o Enem não resolve o problema do acesso ao ensino superior, primeiramente, porque o exame por si só já exclui os que não tiveram oportunidade de estudar em escolas com ensino de qualidade e as pessoas que há muito tempo se afastaram dos estudos. Em segundo lugar, mesmo para os estudantes que conseguirem vagas em universidades de outros estados, quanto mais distante este for de sua região de origem, com certeza mais difícil será o seu deslocamento devido à falta de condições financeiras para a viagem, e haverá também dificuldades quanto a questão de moradia, pois, muitas dessas universidades não viabilizam recursos para a permanência desses estudantes, muito menos, o Estado arca com as despesas de migração.

Para o acompanhamento do Enem foi criado o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), sendo este um sistema informatizado gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

Portanto, o acesso ao ensino superior ainda é e deve ser tratado pelas suas desigualdades e suas falhas no processo de inclusão, pois não se trata somente de mudanças nas formas de acesso, há de se acabar com todo e qualquer método avaliativo por exames, e mais, temos que repensar a permanência dos estudantes oriundos das camadas populares nas Universidades.

CURSOS POPULARES PRÉ-UNIVERSITÁRIOS

A ideia de criar um Cursinho Popular vem da busca de se construir um espaço para estudantes da camada popular se prepararem para o processo seletivo de ingresso ao ensino superior, uma vez que as escolas públicas são ineficientes no que tange a essa preparação. Mas não se trata apenas do acesso as instituições de ensino superior, pois o Cursinho Popular tem em sua proposta político-pedagógica inserir as camadas populares nas Universidades com uma visão crítica das mesmas, assim como, da sociedade em que se encontram.

Tendo em vista que toda ação pedagógica é também uma ação política, o objetivo dos Cursinhos Populares é a constituição de um Movimento Social para democratizar o acesso ao ensino superior e transformar a sociedade através de uma Educação Popular libertadora, criando, para educandos/as e educadores/as, um ambiente propício para a intervenção política e coletiva no meio em que estão inseridos, através de práticas socialmente transformadoras e da integração cultural, visando uma formação humanística plena.

Os Cursinhos Populares inserem-se no debate da ineficiência da educação e da necessidade de igualdade educacional. Ao lutarem pela democratização do acesso ao ensino superior, enfrentam um paradoxo: preparar o estudante para o vestibular, ao mesmo tempo em que lutam contra o próprio vestibular.

Portanto, é este paradoxo que leva os Cursinhos Populares a se diferenciarem dos cursinhos pré-vestibulares comerciais, pois para os cursinhos populares, o acesso à Universidade não é um fim. Buscam, antes de tudo, a formação de sujeitos críticos e atuantes.

Os Cursinhos Populares no Brasil apresentam pontos comuns em suas práticas pedagógicas assim como em sua parte estrutural, porém, mesmo com certas singularidades, cada cursinho tem suas especificidades e suas bandeiras de luta.

Com a criação de novas formas de acesso ao ensino superior, ou seja, um processo seletivo que não mais se pauta majoritariamente por vestibulares, os Cursinhos Populares precisarão se reorientar a fim de contemplarem seus objetivos, o acesso ao ensino superior sem deixar de lado a questão da formação cidadã e crítica.

Por se tratar de um modelo de acesso que terá duas avaliações durante o ano sendo uma no início e outra no fim, no caso do ENEM, os ingressantes no cursinho que também se inicia no começo do ano terão que estar adeptos aos conteúdos, mas isto se daria se as escolas públicas fizessem um trabalho eficiente para que os alunos pudessem sair do Ensino Médio, aptos a realizarem tal exame. Com isto, mais uma vez os estudantes das escolas particulares terão vantagens e o processo de seleção ao ensino superior ainda continuará excludente e falho. Outro problema encontrado nesta nova forma de acesso será o fato de que nos cursinhos populares encontra-se pessoas que estão há muito tempo afastadas da sala de aula. Portanto estas pessoas já teriam, ao ingressar nos cursinhos, uma prova do ENEM que poderia até mesmo desestimular a continuidade destes educandos nos cursinhos. Por estes entre outros motivos, acreditamos que os Cursinhos Populares tenham de se reorientarem em sua proposta político-pedagógica e se consolidarem enquanto Cursos Populares, ou seja, trabalharem em longo prazo com seus educandos. A proposta é que não se faça mais um intensivo de um ano, mas que se pense em um curso de dois anos e independente do desenvolvimento dos conteúdos propostos pelos educadores ao longo destes dois anos, o que mais terá de ser trabalhado é o desenvolvimento dos educandos quanto ao aprendizado e a formação crítica em relação à sociedade na qual estão inseridos.

Por tanto, nossa proposta é que se tratem de Cursos os Cursinhos, não sendo questão apenas de nomenclatura, mas sim pedagógica, pois estes teriam em seu projeto político pedagógico a demanda de trabalhar em um prazo maior com seus educandos, mesmo porque o que temos vivenciado é a continuidade de muitos educandos nos cursinhos ao não conseguirem ingressar nas Universidades Públicas.

O nome Popular vem da questão de se trabalhar o acesso das camadas populares ao ensino superior. Por camadas populares entendemos pessoas negras e brancas, mulheres e homens, de baixa renda, ou seja, não é apenas uma questão de etnia ou gênero, mas uma questão social. O que pensamos quando trabalhamos a palavra Popular é o empoderamento das camadas populares como sujeitos históricos capazes de transformarem sua realidade promovendo uma transformação da sociedade.

Outra proposta que trazemos neste artigo é o fato de não se tratar mais de cursos para o vestibular ou pré-vestibular, acreditamos que os Cursos tenham como um de seus objetivos o acesso ao ensino superior e estes não se dão mais prioritariamente por vestibulares, como observamos no capítulo anterior. Então, acreditamos que os cursos tenham que se atentar para o educando Pré-Universitário. Entendendo também que se trata de uma formação cidadã, este trabalho se dará ao mesmo tempo em sala de aula e em horários além dos propostos pelos Cursos Populares, daí há a necessidade de um acompanhamento pedagógico e da interação entre educadores e educandos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O que procuramos apresentar neste artigo foi uma tentativa de projetar-se no tempo, ou seja, nos lançarmos a um campo que ainda está em processo de transformação, mas no qual já cabem algumas observações. Acreditamos que em um curto tempo algumas questões aqui levantadas já estejam superadas, porém, outras com certeza ainda permanecerão principalmente no que tange ao acesso da camada popular nas Universidades Públicas.

Quando trazemos a discussão das novas formas de acesso ao ensino superior é por observarmos um discurso vindo de instituições governamentais ou mesmo de dentro das Universidades Públicas de que com a implementação do ENEM/SISU o acesso de pessoas oriundas das camadas populares será mais democrático e igualitário. Não acreditamos neste discurso, principalmente por conhecermos de perto um alto número de pessoas que evadem dos cursinhos, ou mesmo de pessoas que ficam até o término do ano letivo, mas retornam no ano posterior por não terem conseguido ingressar em uma universidade.

Por este motivo, tratamos neste artigo dois temas: as novas formas de acesso ao ensino superior e os Cursos Populares Pré-Universitários.

Quanto ao primeiro tema, vemos que mesmo com a adesão do ENEM como “prova de conhecimento”, continuaremos a ter provas que em nada garantem o conhecimento e interesse das pessoas em estarem em uma Universidade, principalmente se o ENEM for aplicado também no início do ano, aniquilando totalmente as chances dos que entram nos Cursinhos Populares após algum tempo afastados dos estudos.

No segundo tema deste artigo, apontamos a necessidade dos cursinhos pré- vestibulares se reorientarem, não somente na mudança de nomenclatura, mas de uma reorientação político- pedagógica, que trabalhe a permanência e um planejamento de maior prazo com os educandos pré - universitários.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Ministério da Educação. Brasília, 1999.

PEREIRA, Thiago Ingrassia. Pré-vestibulares populares em Porto Alegre: na fronteira entre o público e o privado. Dissertação de mestrado. UFRGS, Porto Alegre, 2007.

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SIQUEIRA, Camila Zucon Ramos de. Cursinhos Populares em movimento: Articular e (Re) conhecer contradições. Universidade Federal de Viçosa. Viçosa- MG, 2008.

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SITES PARA CONSULTA

http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u461.shtml

www.rubemalves.com.br/senosnaosabemos.htm

http://educador.brasilescola.com/gestao-educacional/postura-interdisciplinar-no-oficio-professor.htm

Créditos:

* Maria Célia Freitas- Estudante de Graduação do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Viçosa/UFV. Coordenadora Pedagógica do Cursinho Popular Paula Cândido (CPPC). Militante da Articulação dos Cursinhos Populares da Zona da Mata mineira.

e-mail: ncmcandrade@yahoo.com.br

** Márcio Francisco de Carvalho- Estudante de Graduação do curso de História da Universidade Federal de Viçosa/UFV. Militante da Articulação dos Cursinhos Populares da Zona da Mata mineira.

e-mail: mar.carvalho@yahoo.com.br

Marcio Carvalho e Maria Célia de Freitas
Enviado por Marcio Carvalho em 26/01/2012
Reeditado em 14/04/2012
Código do texto: T3462913