A autoestima no Processo de Aquisição de uma Língua Estrangeira

Um dia desse durante uma viagem de ônibus decidi ler um pouco para passar o tempo e enquanto devorava páginas e mais páginas fui comparada a tema central do livro com o progresso de aprendizagem de língua estrangeira. Neste caso, da língua inglesa, já que a pouca experiência que tenho como professora concentra-se nesta área. O livro chama-se “Master the Art of Confidence” do autor britânico Paul Jenner.

Para sintetizar, o livro fala sobre como aumenta sua confiança e autoestima e demonstra os efeitos desse aumento em nossa vida diária como: em relacionamentos, trabalho, postura e etc. diante disso me perguntei por que não aplicar esse fator no processo de aquisição de uma segunda língua.

Como já falei anteriormente, sou professora de inglês e trabalho com um pequeno grupo de brasileiros que vivem no exterior a mais de cinco anos e lutam para aprender a língua inglesa. Durante as aulas ministradas para esse grupo pode constatar que o grande problema é falta de determinação e baixo índice de confiança em si mesmo, muitos já iniciavam as atividades dizendo que: “não tem jeito essa língua não entra na minha cabeça”, “isso não é para mim”. Em outras palavras esses aprendizes praticavam a auto sabotagem, ou seja, elas têm uma atitude negativa diante do processo de aquisição de um novo idioma. È mais, para estes aprendizes, buscarem desculpas para justificarem seu fracasso do que empenhar tempo em alcançar o objetivo final e serem bem-sucedido.

Na realidade, esses aprendizes têm medo de alcançarem o sucesso e utilizam desses argumentos para continuarem em sua zona de conforto, pois temem enfrentar o problema e não obterem um bom resultado. Assim, antes mesmo de tentar, eles desenvolvem uma atitude negativa que os impedem de progredir no processo de aprendizagem.

Sabemos que o fator atitude é de grande relevância no processo de aquisição de uma língua estrangeira. O aprendiz deve ter atitude para buscar meios de utilizar os conteúdos aprendidos na sala de aula sempre que possível. Esse mesmo aprendiz dever ter uma atitude positiva e refletir sobre o seu processo de aprendizagem detectando falhas para corrigi-las rapidamente e para conhecer seus pontos positivos e continuar a praticá-los.

Mas voltando a temática do livro, é essencial que o aprendiz de língua estrangeira confie em seu potencial para que possa desenvolver um bom trabalho na sala de aula. Por exemplo, qualquer pessoa é capaz de aprender uma segunda língua. Ate mesmo, pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais, tudo vai depender do contexto e método utilizado para isto. Devemos pensar que se um método X ou Ynão está suprindo minhas necessidades como aprendiz por que não conversar com o professor responsável e dessa maneira poderemos encontrar uma terceira opção. O mais importante é mudarmos nossa maneira de encarar o desafio de aprender uma nova língua.

Antes de tudo devemos querer aprender, gostar do que se estar estudando. Assim como tudo na vida não teremos sucesso em um empreendimento qualquer se não gostarmos realmente do que estamos fazendo.

No que diz respeito aos fatores autoestima e confiança devemos todos os dias trabalha-los com o intuito de alcançarmos nossas metas sejam elas no âmbito acadêmico, profissional ou pessoal. Um exercício simples para isto é pensar positivamente, pois sabemos que o pensamento é poder. Assim, ao invés de pensarmos que somos inferiores e incapazes de falarmos inglês ou qualquer outro idioma que seja fluentemente. Devemos pensar e o mais importante devemos nos imaginar (visualizar) falando com um falante nativo de maneira clara e coerente.

Todos os dias antes de sair para sua aula pense positivo. Pense em como é importante conhecer uma segunda língua e tenha uma atitude positiva diante dos exercícios e trabalhos realizados na sala de aula. Comece a trabalhar sua confiança e verá seu desempenho na sala de aula aumentar consideravelmente.

Um dos fatores determinante para obter sucesso no processo de aquisição de uma segunda língua é atitude positiva. E essa poderá ser ampliada ou obtida através do desenvolvimento de nossa autoestima. Acredite em suas capacidades e percebera que aquilo que anteriormente parecia ser tão complicado aos poucos tornará em algo prazeroso gerando os resultados desejáveis.

Ao professor cabe o papel de trabalhar a atitude e confiança desses alunos, pois aula de língua ou qualquer outra matéria não é somente ensinar conteúdos presentes nos livros didáticos, mais por outro lado, ensinar a ter uma opinião critica e a expressar essa opinião de maneira coerente. Ter autoestima è saber expressar suas ideias e opiniões de maneira assertiva sem ser agressivo com o outro. Mais sempre dizendo aquilo que você pensa.

NAIARA AIRON
Enviado por NAIARA AIRON em 04/01/2012
Código do texto: T3422036
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