Violência não ativa ou bullyng na escola?
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Reconhecendo a escola como uma instituição privilegiada para o fomento de uma cultura de paz, o profissional da educação tem investido seus esforços em compartilhar conhecimento gerador de reflexões e transformações efetivas em prol da prática pacífica diária.
Mapeando os principais aspectos de influência para a ocorrência de situações de violência na escola, a não violência ativa tem sido objetivo principal dos educadores em busca de soluções muitas vezes mal sucedidas as escolas tem trabalhado na busca de algumas soluções, como por exemplo: Investir na melhoria da relação professor-aluno; Questionar premissas relacionadas a práticas educativas tradicionais, buscando modelos mais eficazes; Priorizar a formação continuada de educadores como agentes multiplicadores; Fortalecer atitudes que expressem valores como o respeito e a ética por parte dos educadores, a fim de que sejam exemplo e inspiração aos seus educandos.

 Acredito que o fato de muitas escolas não terem mais o orientador educacional, um psicólogo presente também é agravante para contribuir com a prática da violência nas escolas.
Um dos objetivos desta prática educativa é a não-violência ativa, que encontrou em Gandhi seu maior idealizador:
“A humanidade somente acabará com a violência por meio da não-violência”, afirmava. Não-violência não significa passividade, mas luta contra a injustiça, transformação das atitudes daqueles que são responsáveis pela ruptura da paz, libertação tanto do oprimido quanto do opressor. “Um dos aspectos da não-violência é a não-cooperação, cujo objetivo é formar as consciências das pessoas a tirarem seu apoio e adesão a situações iníquas, a um sistema injusto, abrindo-lhes os olhos sobre outras possibilidades”
Nas  escolas de região periférica, as ameaças são constantes. Existindo muito a expressão “ta marcado”, entre os alunos.
Cito:
Em uma escola... Da região periférica da cidade tal... O aluno  J... Ao chegar à escola, fora apelidado por ter um odor  nas axilas. Os colegas o rejeitavam, esse problema se estendeu até a parte externa da escola. Brigas constantes, tumultos...
 A intervenção.
Os pais foram convidados a comparecer à escola, onde a mãe deficiente física tomou um tombo na entrada, pois não havia rampa adequada  para deficiente físico, nem apoio, (escola pública municipal), a criança que aos olhos dos que com ele conviviam na escola, “não cheirava bem”o motivo era que ele trabalhava numa oficina mecânica e eventualmente de pedreiro.
Mãos calejadas, era o trabalho infantil acontecendo e os envolvidos sequer notavam... Inclusive sua professora não sabia.
A coordenação despreparada deu suspensão ao aluno de três dias, sem saber seu histórico de vida ou pelo menos tentou escutá-lo.
Professores despreparados sem sequer entender o “porque” do aluno não se higienizar direito e aquele apelido adquirido através de atritos com os colegas, gerando violência dentro e fora da escola.
Soluções:
Palestras com agentes de saúde, médicos hebiatra, orientadores educacionais e psicólogos.
Incentivos através de oficinas de socialização.
Apoio para evitar a escravidão do trabalho infantil.
A conversação é um dos meios mais eficazes ainda para se chegar a um consenso com o aluno.
A tentativa de pacificação.
Rever os conceitos na coletividade dentro da comunidade onde está inserido e nas igrejas.
O aluno, muitas vezes, não tem uma estrutura familiar, necessitando mais do que nunca de uma escola bem elaborada com profissionais bem remunerados e qualificados.