EDUCAÇÃO INFANTIL HOJE É O FUTURO DE AMANHÃ
Estive, recentemente, em Natal, para participar do III Encontro Regional do Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil – Mieib – Nordeste. O local para esse importante evento foi o auditório da Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.
Palestras e debates acontecendo, troca de informações sendo geradas a todo momento, público consciente de suas atribuições no processo das políticas públicas voltadas para a Educação Infantil do estado e do país, professores e estudiosos do assunto na tentativa de encontrarem uma solução – ou soluções plausíveis – para os impasses criados a partir das múltiplas interpretações dadas ao que é educação infantil, qual o parâmetro entre a idade infantil e o ingresso no ensino fundamental menor; como financiar e qual, na verdade, é o valor montante para uma boa educação de qualidade; enfim, uma riqueza de detalhes sendo lapidados para um consenso ou, pelo menos, um norte com mais precisão nas deliberações da mesa produtora dessas políticas.
Na abertura dos trabalhos, uma homenagem à professora Fernanda Jalles – de seus colegas de NEI (Núcleo de Educação Infantil) e UFRN. Um momento ainda doloroso para muitos ali presentes. As imagens dela, colocadas em slides – com um fundo musical nostálgico – com a participação de muitos dos presentes, comoveu a todos no auditório. A professora Fernanda era, de verdade, uma personalidade que se destacava pelo seu empenho em prol da Educação Infantil do país e a sua conduta proba qualificava-a, como unânime, na condução dos destinos dessa primeira fase do ensino básico.
As discussões aconteciam no âmbito da tramitação e estratégias da incidência e financiamento da Educação Infantil e, também, na qualidade, obrigatoriedade e diversidade na Educação Infantil. Temas extremamente, diria, causadores de controvérsias – tanto do ponto de vista político, assim como, do ponto de vista acadêmico –, mas que possibilitam, por outro lado – quando há o interesse para um mesmo fim –, o aprimoramento dessas discussões e motivam aos seus interlocutores e ouvintes a se aproximarem mais dos objetivos propostos nessas discussões. Afinal de contas, debater políticas voltadas para se chegar à excelência não é fácil; porém, é necessário em se tratando de múltiplos interesses causados pelas várias tendências e linhas de raciocínio.
Ainda um aprendiz nestas questões, limitei-me a ouvir e anotar pontos que eu achava pertinentes dentro do processo, pelo menos, em nível de Rio Grande do Norte.
Entretanto, pelo que eu pude analisar, de forma superficial, existem múltiplos interesses – sejam eles governamentais; sejam eles dos próprios debatedores que colocam, acima dos interesses dos próprios beneficiados, os seus interesses teóricos, como se somente os seus projetos e planos pudessem resolver os atuais problemas conjunturais para o setor colocado em questão.
É claro que é impossível que haja somente uma vertente certa para a solução de um problema que já se arrasta por vários anos. Porém, há de se admitir que a intransigência leva o impasse para mais longe dos resultados cobrados pela sociedade e que isso tudo ocasiona um desgaste – tanto político, quanto acadêmico (sem falar no emocional) – que leva a sociedade a não mais acreditar em um acordo para, finalmente, se implantar tudo que é preciso para que a primeira educação seja, de fato, uma educação voltada para formar, no futuro, cidadãos de bem.
Por isso, a meu ver, o debate ainda está longe de chegar ao seu final e, mais longe ainda, está a solução para os impasses gerados pelas várias interpretações da Lei de Diretrizes de Base, em seu conteúdo voltado para a Educação Infantil, que suscitou polêmicas e abriu caminho para interrogações, interpretações e desvios do que é, realmente, aplicável à Educação Infantil e de como se fazer para que essa mesma educação chegue a todas as realidades desse imenso país.
E é neste ponto que o dilema se torna maior. Como promover uma educação de qualidade se o próprio estado vem enfrentando, ao longo desses anos todos, uma quase omissão de seus gestores nesta questão? O que fazer para mudar a realidade das várias realidades dos municípios brasileiros se eles, em sua maioria, ainda desenvolvem políticas públicas voltadas para o assistencialismo escolar, desprezando a estrutura adequada para um ensino de qualidade e têm como lema “criança precisa apenas ser cuidada e, para isso, qualquer pessoa serve”, enquanto gasta milhões de reais em propaganda de cunho partidário, em detrimento de um bom espaço físico e tecnológico, para se aplicar uma educação digna e de qualidade as suas crianças?
De modo que, o caminho ainda é longo, sofrível, controverso, mas, como tudo na educação é lento – porém gradativo –, resta-nos a esperança de que essas cabeças pensantes deixem de lado os interesses pessoais, títulos, ou outras coisas mais, e se debrucem sobre o fardo – ainda não tão pesado – em que está se tornando cuidar e educar, com qualidade, as nossas crianças de hoje.
Por fim, custa-me aceitar que, num debate em nível nacional, para se tratar de um assunto (ou de assuntos) da maior relevância para o país, se perca tempo, em demasia, com a formação de uma mesa... Não é, minha amiga Edna?
Apresentação dos alunos do NEI (Núcleo de Educação Infantil-UFRN)
Ms. Daniel Cara (Coord. da Camp. Nacional pelo Direito à Educação)
Dep. Federal Fátima Bezerra (Presidente da Comissão de Educação)
Profª Drª Rita Coelho (COEDI/MEC)
Na plateia, entre outros: eu e as professoras Edna Lopes e Érica.
Da esquerda para à direita: Isabel (Proinfantil/RN), a Mestre de Cerimônia do Evento, eu, Professoras Érica e Edna Lopes (Alagoas/AL) = intervalo para o almoço.
Palestras e debates acontecendo, troca de informações sendo geradas a todo momento, público consciente de suas atribuições no processo das políticas públicas voltadas para a Educação Infantil do estado e do país, professores e estudiosos do assunto na tentativa de encontrarem uma solução – ou soluções plausíveis – para os impasses criados a partir das múltiplas interpretações dadas ao que é educação infantil, qual o parâmetro entre a idade infantil e o ingresso no ensino fundamental menor; como financiar e qual, na verdade, é o valor montante para uma boa educação de qualidade; enfim, uma riqueza de detalhes sendo lapidados para um consenso ou, pelo menos, um norte com mais precisão nas deliberações da mesa produtora dessas políticas.
Na abertura dos trabalhos, uma homenagem à professora Fernanda Jalles – de seus colegas de NEI (Núcleo de Educação Infantil) e UFRN. Um momento ainda doloroso para muitos ali presentes. As imagens dela, colocadas em slides – com um fundo musical nostálgico – com a participação de muitos dos presentes, comoveu a todos no auditório. A professora Fernanda era, de verdade, uma personalidade que se destacava pelo seu empenho em prol da Educação Infantil do país e a sua conduta proba qualificava-a, como unânime, na condução dos destinos dessa primeira fase do ensino básico.
As discussões aconteciam no âmbito da tramitação e estratégias da incidência e financiamento da Educação Infantil e, também, na qualidade, obrigatoriedade e diversidade na Educação Infantil. Temas extremamente, diria, causadores de controvérsias – tanto do ponto de vista político, assim como, do ponto de vista acadêmico –, mas que possibilitam, por outro lado – quando há o interesse para um mesmo fim –, o aprimoramento dessas discussões e motivam aos seus interlocutores e ouvintes a se aproximarem mais dos objetivos propostos nessas discussões. Afinal de contas, debater políticas voltadas para se chegar à excelência não é fácil; porém, é necessário em se tratando de múltiplos interesses causados pelas várias tendências e linhas de raciocínio.
Ainda um aprendiz nestas questões, limitei-me a ouvir e anotar pontos que eu achava pertinentes dentro do processo, pelo menos, em nível de Rio Grande do Norte.
Entretanto, pelo que eu pude analisar, de forma superficial, existem múltiplos interesses – sejam eles governamentais; sejam eles dos próprios debatedores que colocam, acima dos interesses dos próprios beneficiados, os seus interesses teóricos, como se somente os seus projetos e planos pudessem resolver os atuais problemas conjunturais para o setor colocado em questão.
É claro que é impossível que haja somente uma vertente certa para a solução de um problema que já se arrasta por vários anos. Porém, há de se admitir que a intransigência leva o impasse para mais longe dos resultados cobrados pela sociedade e que isso tudo ocasiona um desgaste – tanto político, quanto acadêmico (sem falar no emocional) – que leva a sociedade a não mais acreditar em um acordo para, finalmente, se implantar tudo que é preciso para que a primeira educação seja, de fato, uma educação voltada para formar, no futuro, cidadãos de bem.
Por isso, a meu ver, o debate ainda está longe de chegar ao seu final e, mais longe ainda, está a solução para os impasses gerados pelas várias interpretações da Lei de Diretrizes de Base, em seu conteúdo voltado para a Educação Infantil, que suscitou polêmicas e abriu caminho para interrogações, interpretações e desvios do que é, realmente, aplicável à Educação Infantil e de como se fazer para que essa mesma educação chegue a todas as realidades desse imenso país.
E é neste ponto que o dilema se torna maior. Como promover uma educação de qualidade se o próprio estado vem enfrentando, ao longo desses anos todos, uma quase omissão de seus gestores nesta questão? O que fazer para mudar a realidade das várias realidades dos municípios brasileiros se eles, em sua maioria, ainda desenvolvem políticas públicas voltadas para o assistencialismo escolar, desprezando a estrutura adequada para um ensino de qualidade e têm como lema “criança precisa apenas ser cuidada e, para isso, qualquer pessoa serve”, enquanto gasta milhões de reais em propaganda de cunho partidário, em detrimento de um bom espaço físico e tecnológico, para se aplicar uma educação digna e de qualidade as suas crianças?
De modo que, o caminho ainda é longo, sofrível, controverso, mas, como tudo na educação é lento – porém gradativo –, resta-nos a esperança de que essas cabeças pensantes deixem de lado os interesses pessoais, títulos, ou outras coisas mais, e se debrucem sobre o fardo – ainda não tão pesado – em que está se tornando cuidar e educar, com qualidade, as nossas crianças de hoje.
Por fim, custa-me aceitar que, num debate em nível nacional, para se tratar de um assunto (ou de assuntos) da maior relevância para o país, se perca tempo, em demasia, com a formação de uma mesa... Não é, minha amiga Edna?
Apresentação dos alunos do NEI (Núcleo de Educação Infantil-UFRN)
Ms. Daniel Cara (Coord. da Camp. Nacional pelo Direito à Educação)
Dep. Federal Fátima Bezerra (Presidente da Comissão de Educação)
Profª Drª Rita Coelho (COEDI/MEC)
Na plateia, entre outros: eu e as professoras Edna Lopes e Érica.
Da esquerda para à direita: Isabel (Proinfantil/RN), a Mestre de Cerimônia do Evento, eu, Professoras Érica e Edna Lopes (Alagoas/AL) = intervalo para o almoço.