A ORGANIZAÇÃO DE CONCEITOS

As percepções cognitivas, baseadas em conceitos sobre o universo que nos cerca, são, ao longo de nossa existência, paradigmas que remanejamos para cada período que nós conseguimos ultrapassar.

Assim, cada fase representa um avanço e um aprofundamento daquilo que buscamos entender sem, contudo, deixar de lado as primeiras percepções vividas e memorizadas.


 
Esse modo de ver o objeto de estudo e dele se apropriar é formado a partir de dados em que cada detalhe representa a continuação de uma etapa já desenvolvida. Não obstante, as informações geradas nas disciplinas tradicionais, trazidas através das formas simbólicas de aprendizagem, o que ainda se vê é uma tradição de se conceituar as diversas formas de vida através de um sistema onde não se privilegia o aprendizado efetivo e permanente do aluno. Ao se promover apenas a importância de determinado espaço a ser estudado como, por exemplo, a mata atlântica, o mediador não pode apenas se resumir à descrição dos tópicos que a compõem. Ou seja, lagos, rios, mata, fauna e flora. Se assim for, com o passar do tempo, a lembrança daquilo que cada aluno estudou ficará resumida apenas ao rio caudaloso da floresta devastada pelas queimadas e derrubada de sua madeira e na poluição do seu meio ambiente.

Portanto, o que se faz necessário é uma modernização na parte curricular, introduzindo o conceito de interdisciplinaridade, onde o mesmo conceito dado para se estudar e aprender, por exemplo, sobre a mata atlântica seja aplicado de forma dinâmica, se relacionando com as temáticas e disciplinas envolvidas no processo de ensino/aprendizagem. Não só a Geografia, no caso, seria o objeto de estudo, mas, todas as outras disciplinas correlatas ao currículo tradicional, para que, ao se planejar a atividade, cada uma delas possa participar dando a sua contribuição para um melhor entendimento sobre o assunto estudado.

Dar ênfase aos processos informais já conhecidos pelos alunos, para dali aplicar os métodos formais, auxiliando-os na perspectiva de uma aproximação mais científica; com isso, desenvolvendo cada vez mais a sua intelectualidade, bem como, a sua capacidade psicológica – é trabalhar numa perspectiva de gerar desequilíbrio e recriar, com isso, uma acomodação e, consequentemente, uma adaptação para novos conhecimentos.


Obs. Na foto, uma interpretação de interdisciplinaridade baseado em uma proposta de projeto de meio ambiente (simulação). No quadro, o professor formador, as professoras cursistas do município de Areia Branca/RN (Maria do Rosário Batista e Maria do Céu Figueiredo - segurando o cartaz -; e, de costas, Antonia Margarete e Josineide Nepomuceno).
 

Raimundo Antonio de Souza Lopes
Enviado por Raimundo Antonio de Souza Lopes em 24/08/2011
Reeditado em 16/01/2012
Código do texto: T3179458
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.