AS FORMAS DE AVALIACAO UTILIZADAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Este texto vem a trazer formas de avaliação utilizadas no ensino infantil, , sobre a importância da avaliação e de que forma e como se deve avaliar o aluno, que é muito importante, pois é com ela que se pode verificar se realmente a criança esta aprendendo, e se o que esta sendo ensinado esta dentro do seu ritmo de aprendizagem. A avaliação é uma atitude constante em todo trabalho planejado. É a constatação da correspondência entre a proposta de trabalho e sua consecução. A avaliação não se baseia unicamente a uma prova, mas é feita de forma diária e em todas as atividades realizadas, tais como trabalhos, desenhos, brincadeiras, jogos, etc. Toda proposta deve levar o aluno a estar em contato com a construção do conhecimento.
A avaliação tem por finalidade verificar a adequação do desenvolvimento do aluno face aos objetivos propostos, levando-se em consideração as características da faixa etária. e desenvolver no aluno todos os pré-requisitos necessários para o início da aprendizagem sistemática. Todo trabalho realizado com o aluno é em potencial um instrumento de avaliação. O processo da avaliação da aprendizagem é contínuo e consiste na observação da construção das competências cognitivas do aluno, suas experiências sócio-culturais e as etapas de estruturação de seu pensamento.
Durante a avaliação na Educação Infantil, há necessidade de se avaliar a criança de varias formas (social, emocional, motor e cognitivo). O aluno deve ser avaliado passo a passo e de forma continua tanto no raciocínio quanto na criatividade. Ao se falar em avaliação formativa devemos nos lembrar da auto-avaliação.
A fim de se agrupar as informações coletadas durante o processo de aprendizagem das crianças na educação infantil devem ser feitos registros de atividades e ainda o registro individual do aluno como forma de documentar a avaliação. Alguns chamam de portifόlio, ou relatório de avaliação onde a avaliação é processual, isto é, refere-se ao desenvolvimento da criança de forma global e considera o ritmo de aprendizagem de cada um. Também há tabelas para observação da classe como um todo, dando para visualizar se os alunos que chegaram pré-silábicos estão avançando em suas hipóteses de escrita.
Na Educação Infantil, a avaliação é diária, sendo que a cada semestre é preenchida uma ficha avaliativa contendo a evolução das habilidades de cada criança, havendo também a feitura de um relatório individual da mesma. A avaliação é feita de forma contínua e sistemática, pois a avaliação é a fonte de coleta de informações a respeito do desenvolvimento global do educando no que se refere à sua socialização e aprendizagem.
Refletindo Sobre as formas de avaliação e da sua importância na Educação Infantil e comparando aos estudos de teóricos como HOFFMANN, LUCKESI, KRAMER, E outros, entendemos que a avaliação infantil destina a obter informações e subsídios capazes de favorecer o desenvolvimento das crianças e ampliação de seus conhecimentos. Nesse sentido, avaliar não é apenas medir, comparar ou julgar. Muito mais do que isso, a avaliação apresenta uma importância social e política fundamental no fazer educativo.
O processo da avaliação da aprendizagem é contínuo e consiste na observação da construção das competências cognitivas do aluno, suas experiências sócio-culturais e as etapas de estruturação de seu pensamento.
A avaliação é uma forma de parâmetro do desenvolvimento do aluno. As formas de avaliar podem ser todas (testes, trabalhos etc.) os trabalhos são reconhecidos como propriedade do aluno e não do professor. O aluno é que deve ter interesse em sua produção e que deve ser julgada com distanciamento para ter uma medida de sua aprendizagem. Portanto é este que deve pedir ao professor, que é a pessoa indicada para que faca sua avaliação.
A avaliação deve ser uma reivindicação do aluno, e não uma exigência do professor ou da escola. O aluno ideal é aquele que deseja aprender, e quer aferir seus conhecimentos, e que deseja ver avaliada sua produção. O professor deve orientar a construção do desejo de aprender do aluno. Deste ponto de vista a avaliação passa a ser mais um tema para ser discutido em sala de aula, junto com os alunos, sendo apenas mais um conteúdo que faz parte da relação de desejo e prazer pelo conhecimento.
Ao Considerar os aspectos citados, que vê a importância de uma avaliação contínua, onde valorize todos os aspectos do desenvolvimento da criança e em especial na Educação Infantil. Daí destacarmos o Portifólio, ou a avaliação continua através de relatórios diários de cada aluno como mencionado pelos professores destra entrevista, como uma alternativa para uma avaliação formativa, numa perspectiva de progressão de aprendizagem, que abre novas possibilidades de estímulo à reflexão e ao desenvolvimento das habilidades dos alunos, aspectos que, raramente são possíveis na avaliação formal. Toda avaliação responsável é a favor do aluno, e parte da crença que uma aprendizagem global e harmônica, que aborda temas de modo interdisciplinar, busca a contextualização dos conteúdos para a construção de conceitos e competências. As formas de avaliação desejadas são as que respeitam a inteligência do aluno, as que propõem o uso de sua capacidade de estabelecer relações entre conhecimentos significativos.
Partindo do pressuposto, que o trabalho educativo deve estar voltado para o desenvolvimento integral dos indivíduos, mediante a melhoria da compreensão do meio em que eles fazem parte, Maiores percepções de si mesmo, elevação sócio cultural das suas condições de vida e desenvolvimento de valores próprios de uma sociedade em mudança. deve-se enfocar a avaliação formativa como instrumento mediador da ação pedagógico-educativo, podendo através desta, diagnosticar, investigar informações que viabilizam o rendimento desta ação.
Na medida em que tudo que avaliamos não é visível a olho nu, isto quer dizer que avaliar vai além de olharmos para crianças como seres meramente observados, ou seja, a intenção pedagógica avaliativa dará condições para o professor criar objetivos e planejar atividades adequadas, dando assim um real ponto de partida para esta observação. Torna-se claro a necessidade do educador construir conhecimentos e reflexões a respeito do processo avaliativo formal na Educação Infantil.
A avaliação formativa não tem como pressuposto a punição ou premiação. Ela prevê que as crianças possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes.
De acordo com documento oficial do Ministério da Educação: o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998), e as contribuições de autores como HOFFMANN e KRAMER, A abordagem teórica baseia-se na perspectiva construtivista de avaliação, na medida em que a ação avaliativa exerce uma função dialógica e interativa, promovendo os seres no aspecto moral e intelectual.
Segundo ainda KRAMER, tanto na Educação Infantil, mas também nos demais níveis do sistema escolar, os avaliados são única e exclusivamente os alunos. É necessário analisar criticamente esta pratica, pois os alunos não devem ser os únicos a ser avaliados, mas também os educadores podendo assim quebrar a estrutura de poder e autoridade da grande maioria das instituições escolares.
Para LUCKESI (2000: 7), não é possível avaliar um objeto, pessoa ou uma ação, caso ela seja recusada ou escolhida desde o início, ou mesmo julgada previamente. Avaliar um educando implica antes de tudo acolhe-lo no seu ser, no seu modo de ser e como está e a partir daí decidir o que fazer. A disposição de acolher está no sujeito do avaliador, e não no objeto da avaliação. O avaliador é o adulto da relação de avaliação, por isso ele deve possuir a disposição de acolher. Ele é o detentor dessa disposição. E sem ela, não há avaliação. Percebemos para tanto, que a disposição para acolher é o ponto de partida para qualquer prática de avaliação. É um estudo psicológico oposto ao estado de exclusão, que tem na sua base o julgamento prévio. O julgamento prévio está sempre na defesa ou no ataque, nunca no acolhimento. Ainda de acordo com Lukesi o instrumento a ser usado deve ser o reconhecimento dos caminhos a ser seguido. Para que isso ocorra, o educador deve compartilhar com seus alunos aquelas observações que sinalizam seus avanços e suas possibilidades de superação das dificuldades. Mostrar por exemplo, o que elas sabiam fazer quando chegaram à instituição com o que sabem até aquele momento. Nessas situações, o retorno para as crianças se dá de forma contextualizada, o que fortalece a função formativa que deve ser atribuída à avaliação.
Constatamos pelo que foi exposto, que a avaliação para se constituir deve ser usada como instrumento voltado para reorientar a prática educativa. Nesse sentido, devemos reafirmar as contribuições das avaliações dos autores teóricos da avaliação (HOFFMANN, LUCKESI, KRAMER. ETC.), e que a mesma deve se dar de forma sistemática e contínua, tendo como objetivo principal à melhoria da ação educativa. Os pais e mães, também, têm o direito de acompanhar o processo de aprendizagem de suas crianças, se inteirando dos avanços e conquistas, compreendendo os objetivos e as ações desenvolvidas pela instituição, principalmente quando se fala em avaliação.
Assim Verificamos a partir deste estudo que trabalhar com com Portifólio, é importante pois, “são instrumentos mediadores importantes para o acompanhamento de uma criança de uma etapa para outra, atuam na sua rotina de trabalho como mediadores de um trabalho interdisciplinar”.
Mediante a tudo que foi exposto, percebemos a importância da avaliação no processo ensino-aprendizagem no espaço-tempo denominado de sala de aula. Assim amadureceu a idéia de tentar solicitar a avaliação na Educação infantil, pois somos sabedores que avaliar é preciso, pois faz parte do processo de construção do conhecimento do aluno. A avaliação tem a finalidade de contribuir para o aprendizado do aluno.
Percebendo a ação avaliativa em sua complexidade, HOFFMANN aponta alguns pontos referenciais são estabelecidos como indicadores de aprendizagem, como em primeiro lugar, o diálogo entre professor e aluno, necessário ao repensar das hipóteses, à reformulação de alternativas de solução. Por outro lado, dinamizam a reflexão do educador sobre seus próprios posicionamentos metodológicos, na elaboração de questões e na análise de respostas do educando.
Verificamos ainda, conforme os ficou relatado neste trabalho de que na prática, a avaliação deve permitir às crianças que elas acompanhem suas conquistas, suas dificuldades e suas possibilidades ao longo de seu processo de aprendizagem.
Bibliografia:
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação na pré-escola: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. 7ª ed. Porto Alegre-RS: Mediação. 1996.
KRAMER, S. Com a pré-escola nas mãos: uma alternativa curricular para a educação infantil. 14. ed. São Paulo: ABDR, 1992.
LUCKESI, Cipriano Carlos. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?. In: Revista Pátio. nº. 12, fevereiro 2000. Ed. Artemed, ano 4.