A Historia da Educação e a Autonomia do Aluno
Para Freire, educação é a construção que liberta o ser humano, mostrando que a historia é um tempo de possibilidades. Curiosidade em aprender exige reflexão crítica e pratica. Educar não é apenas ensinar mas sim conscientizar o aluno e mostrar-lhe o que a educação pode fazer por ele na sua vida, caso contrário não surte efeito.
Educar deve ser o mesmo que viver com a consciência do inacabado. Podemos entender que de acordo com a sociedade, a família e a cultura em que vivemos, somos formados para sermos pessoas responsáveis, mas por fazermos parte deste histórico de vida às vezes a liberdade é recusada.
Segundo Freire, o educador deve dar ao aluno a liberdade e mostrar a ele que a curiosidade é o caminho para a aprendizagem, pois os moldes da memorização mecânica tiram do aluno a capacidade de autonomia.
Ensinar sem respeitar a dignidade e a autonomia do aluno é tirar o direito dele de chegar a novos horizontes, dessa forma o ensino fica vazio e sem forma. Devendo o ser aventurar-se e se arriscar na descoberta de criar e aprender, pois ensinando também se aprende.
A autonomia no aprender vem desde a infância antes da escola, com o convívio de experiências das crianças com os adultos.
Para Freire, o homem e a mulher são os únicos seres que aprendem, acreditando que é possível a transformação.
A filosofia de educação de Paulo freire deveria ser a esperança para toda a humanidade oprimida e discriminada, pois ele afirma que qualquer iniciativa de alfabetizar só toma dimensão humana quando se expulsa o opressor de dentro do oprimido, dando liberdade e tirando a culpa imposta pelo “seu fracasso no mundo”. Insistindo também na sua “especificidade humana”, do ensino dentro da competência profissional e da generosidade pessoal sem autoritarismo e arrogâncias. com isto haveria o respeito mútuo e disciplina saudável entre a “autoridade docente e a liberdade dos alunos”. Podendo a autonomia na aprendizagem formar um novo ser humano, sem separar a prática de teoria, autoridade de liberdade, ignorância de saber, respeito entre professor e alunos, ensinar de aprender.
A interação entre educador e educando deve partir do comprometimento do docente para com o ensino mostrando ao aluno uma forma de intervir no mundo, tomando posição, e decidir em relação à posição de romper-se com o passado e o presente, pois Paulo Freire fala de educação como intervenção, referindo-se a mudanças reais na sociedade em vários campos.
Sua pedagogia é fundada na ética, no respeito à dignidade e a autonomia do educando. Para se promover à autonomia do educando é preciso grande comprometimento com os saberes do ensino.
A autonomia do aluno sem dúvida liberta humaniza e democratiza o ensino, incluindo também a classe mais desfavorecida , trazendo assim uma metodologia de ensino voltada a resolver os problemas educativos da sociedade brasileira e do mundo, transformando educadores e educandos e garantindo a autonomia pessoal para a construção de uma sociedade democrática, que respeita e dignifica a todos igualmente sem distinção.