O Descompasso entre Universidade e Empresa
A falta de qualificação profissional no mercado é o resultado deste descompasso, alguns setores da economia estão crescendo, mas, não encontram profissionais à altura; as Universidades continuam a ensinar só teorias, estão só voltadas para o ensino acadêmico, deixando o jovem fora do mercado de trabalho.
Estou trabalhando este assunto na min há dissertação de Mestrado, porque a empresa tem uma importância fundamental na formação do jovem, e os professores na sua maioria são muito acadêmicos e pouco práticos, e as Universidades colocam todo ano uma grande quantidade de alunos despreparados para a realidade empresarial.
Somente com uma mudança estrutural e cultural no ensino e nas universidades conseguiremos algum avanço; o Ministério da Educação, através do MEC está distante das necessidades das empresas e as universidades despreparadas para priorizar as ementas das matérias que compõem os cursos.
Os alunos ainda são preparados para ser empregados cumpridores de ordens, não como empreendedores e empresários, porque mesmo que seja um funcionário comum e irá permanecer ali, ele tem que ter uma visão empresarial e criativa para estar engajado com a cultura e o objetivo da empresa.
As Faculdades e Universidades perdem muito tempo com provas bimestrais, as avaliações deveriam ser a cada final de aula, não com provas que pouco avalia o aluno, também não se consegue dar aulas no dia que precede a prova de outro professor, pois os alunos ansiosos ficam estudando em classe sem prestar atenção; outra perda de tempo é o dia da revisão de prova, os alunos só ficam para assinar a prova, sem contar a semana do “saco cheio” e outras atividades e feriados prolongados.
Todo esse tempo perdido poderia ser preenchido em todos os cursos, com noções de Administração, Contabilidade, Direito e Economia, que são matérias de utilidade prática em qualquer fase da vida profissional.
Não se consegue dar algo consistente, pois, o tempo é pouco e a preocupação do aluno é: o que vai cair na prova?
A exigência do Mestrado para ter a certeza de que o professor está preparado é uma idéia errônea, pois muitos bons profissionais de empresa não têm mestrado e dominam a teoria e práticas de várias matérias e rotinas empresariais, como também professores com mestrado em áreas que nada tem a ver, mas pode lecionar até em matérias que não tem especialização alguma.
A política acadêmica não acompanha o mercado, não formam profissionais competitivos e as empresas não investem em programas de estágios e trainees, ao aluno cabe maior interesse pela área escolhida e a pesquisa e freqüência regular às aulas.
Conforme artigo no Caderno de Empregos do Estadão de 04/11/07 com o tema: “Falta apoio das empresas”, identifica que no Brasil, 37% dos empregados entrevistados estão engajados, ou seja, comprometidos com alto desempenho e dispostos a dedicar maior esforço pessoal para que, os objetivos das organizações sejam alcançados. Já 25% revelaram decepcionados ou não engajados, e destes, mais da metade estão procurando ativamente um outro emprego.
Reafirma o artigo, as empresas deveriam compreender seus funcionários, como compreendem seus clientes, e existe um descompasso entre o esforço que os empregados estão dispostos a fazer em seu trabalho, e a eficácia das empresas no direcionamento de recursos visando ao engajamento da força de trabalho.
As faculdades e universidades deveriam ser administradas por profissionais de empresas como uma empresa, e o corpo docente com um perfil não totalmente acadêmico.