CORRE PROFESSOR, TEM REFORMA ORTOGRÁFICA AÍ!

Diversas pessoas que encontro me interrogam sobre a mudança que a partir de 2009 entrou em vigor na Língua Portuguesa, assim como os universitários que costumam trazer seus trabalhos de conclusão de curso ou monografias para correção.

Para aqueles que não escrevem diariamente, a mudança sancionada no final de setembro de 2008 foi uma loucura. Como professora de Língua Portuguesa, não considero tais mudanças “loucura” do governo brasileiro ou das oito nações que falam a língua portuguesa no mundo. Não, porque a questão da extinção do trema, por exemplo, é um projeto de alguns anos atrás. Porém, a acentuação dos hiatos oo e ee, dos ditongos abertos das paroxítonas (idéia passou a ser escrita como ideia), das paroxítonas com i ou u tônico depois de ditongos (bocaiúva agora se escreve bocaiuva), tanto quanto o u tônico das formas gue e que de verbos como apaziguar, arguir, averiguar, redarquir e obliquar (apazigúe agora é escrita sem o acento – apazigue) pode ser uma nova para todos, mas um grande desejo dos professores de língua portuguesa há muitos anos. Ou melhor, tais acentuações e as outras também deveriam ser extintas.

A consideração acima se deve ao fato de ser a nossa língua a que mais possui acentos. Posso assegurar esta afirmação, pois todas as línguas que passei durante meus estudos nestes trinta anos, não apresentavam tantas palavras acentuadas. A única que encontrei uma palavra acentuada, não recordo agora qual, foi a língua espanhola durante a tese de Mestrado com os cubanos.

Mas, retornando à questão da reforma ortográfica, vejo a mesma como um ponto de vantagem à língua portuguesa, pois além de estimular a circulação de livros e ampliar o interesse de estrangeiros por seu aprendizado, o português poderá se tornar um dos idiomas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU), já que atualmente conta com apenas 06 (seis): o inglês, o francês, o espanhol, o árabe, chinês e o russo.

Entre as pessoas comuns, a assimilação dependerá da vontade de aprender.

Até 31 de dezembro de 2012, o modo como se escreve hoje será admitido em vestibulares, concursos públicos, provas escolares, livros e órgãos da imprensa. A partir de 2013, professor, se você ainda não estiver a par das mudanças ortográficas, poderá ser considerado um educador que parou no tempo. Portanto, não pare, busque informações, leia mais, observe como as palavras estão escritas naquele livro, jornal ou revista que você leu. E faça o mesmo com seu educando. É um bom exercício para as mudanças que estão aí, além de ser uma ótima forma de se estimular neles o hábito da leitura: peça fundamental do futuro escritor.

Ivonete Frasson
Enviado por Ivonete Frasson em 12/07/2011
Reeditado em 24/07/2011
Código do texto: T3090899
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