QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL (Jornada Pedagógica)

Foi muito engraçado ver a palestrante tentando responde, como se tem qualidade em uma sala de educação infantil com vinte e cinco alunos? Ela se tossiu, enrolou e não respondeu, porque a resposta é simples, não pode haver qualidade na educação infantil, com duas profissionais e vinte cinco crianças de dois e três anos, isso esse ano, porque no ano passado eram duas horas, todos os dias, e apenas uma profissional, para cuidar e desenvolver o trabalho pedagógico, e o trabalho foi feito.

E na hora do concurso para PEI, esse profissional é reprovado na sua maioria, independente de ter graduação e até pós. Mas isso não conta, porque quem elabora essas provas são esses doutores em educação, que nunca entraram em uma sala de aula, lá no alto do morro, onde as leis são diferentes, quem dita o ritmo da música são outros mestros.

Eu queria saber porque esses encontros pedagógicos tem que ser tão chatos? Quando poderia ser um momento em que se enriquece o conhecer do profissional, poderiam ser oferecidos: oficinas de teatros,dobraduras, confecção de bonecos, contação de histórias, dança, música, oficina de bandinha, confecção de instrumentos, oficinas de desenho. Ensinar o uso correto dos jogos didáticos, que em muitas instituições, o profissional joga tudo em um bau, e joga no chão para a criança brincar, elas pegam os blocos lógicos e os transformam em revolveres e vão brincar do que eles vivem em suas comunidades, quando deveriam usar esse material para aprender matemática, brincando com as formas, construir prédios, ou separar por cores, em pequenos grupos estimulados por um adulto.

Que os quebra cabeças, devem ser montados e guardados separadamente, para que possam ser usado de novo, isso sim deveria ser ensinado e cobrado em cada sala de aula. mas não esse material CARO, é oferecido as instituições e jogados aos alunos, que por sua vez os morde e acaba no lixo, quando a educação poderia ter sido feita de forma incrível! com esse material, não é culpa do profissional de sala de aula, que muitos, não tem nem o normal, é culpa desses DOUTORES EM EDUCAÇÃO, que elaboram tudo de cima para baixo, e nunca vão em um sala de aula, de várias instituição, para ver o que de certo e de errado ocorre, para corrigir. Também não adianta ir nas instituições modelos.

Temos que ver salas com infiltrações, piso com problema, parquinho com chão duro, pronto para fazer machucados em nossos pequenos, salas do B1, sem piso apropriado, sem barras que ajudem os bebês nos primeiros passos, salas com berços e um pequeno corredor para vinte cinco bebês, mas isso não conta, pra quê?

Falar de qualidade na educação Infantil, mostrando como ilustração creches do Sul, com meia dúzia de crianças e uma profissional com menos horas de trabalho e certamente mais bem paga, é fácil, quero ver retratar nosso dia a dia, com a violência, a falta de segurança, com a insatisfação de uma classe, que vem sendo sugada há dois anos, que no final do ano, está enfraquecida tamanha é a força que tem que fazer para dá conta, de tantas crianças e ainda receber uma prova dessas, como do último concurso para PEI, como recompensa.

Mas isso não importa para a elite intelectual que elaboram tudo que dá errado na educação.

Quando esses senhores guardarem seus diplomas, trocarem suas roupas finas, e entrarem em nossas salas de aulas, com crianças que tem o ouvido que purga o ano inteiro, nariz escorrendo direto, diarreias sem fim, eu quero ver sua palestra baseadas nessa realidade.

Ninguém dormirá, e será realmente uma jornada pedagógica com proveito, e as perguntas e respostas terão valia para o público alvo.