LER TAMBEM É UM EXERCICIO

Há alguns anos, acredito que desde 2001, o governo brasileiro vem reconhecendo a importância da prática da leitura. E ler criticamente, sempre considerei como condição fundamental para o desenvolvimento de uma postura cidadã.

No dia 08 de setembro de 2010 – Dia Internacional da Alfabetização – um jornal apresentou, através de uma pesquisa, que ¼ da população brasileira (cerca de 47 milhões) entre 15 e 64 anos tem domínio pleno da leitura e escrita.

Outros 67%, apesar de oficialmente alfabetizados, só conseguem ler frases simples ou textos curtos. E 8% são analfabetos mesmo, ou seja, 13,5 milhões ainda não sabem ler nem escrever.

Na leitura e interpretação de textos, sabe-se que o Brasil, conforme a mesma pesquisa ficou atrás do México, do Peru e da Argentina, que estavam em 34º, 35º e 36º lugar, ou seja, nosso país ficou no 37º lugar. Atrás de nós vieram apenas países considerados pobres, como a Macedônia. É uma lástima o que vem acontecendo no Brasil, em relação à leitura. O povo brasileiro não gosta de ler.

A Câmara Brasileira do Livro mostrou, em uma reportagem de jornal também, que o brasileiro lê em média 2,5 livros por ano, contra 3,7 da Argentina e 7,2 da França. Se observarmos a geografia destes países, logo vem a pergunta: Por que um país tão grande como o nosso lê tão pouco?

Pesquisas do MEC de 2001 indicaram que 47% dos brasileiros têm menos de 10 livros em casa, e 59% das crianças da 1ª a 4ª série não sabem ler ou escrever adequadamente. Acredito serem estes os motivos do Ministério da Educação estar pondo em prática um projeto de incentivo à leitura.

Como sempre fui apaixonada pela prática da leitura, pude perceber que, nos últimos anos, diversos canais de televisão, jornais e revistas têm apresentado ao seu público a importância da prática da leitura. Lembro que o técnico da seleção brasileira, no intervalo de um jogo, falou do significado do livro e da leitura para ele. Também o ex-jogador de vôlei, Giovani, quando jogava, em um outro intervalo de jogo, leu um poema, concluindo, assim como Dunga, com a frase: Ler também é um exercício. Enfim, todos estes dados demonstram claramente a crise da leitura neste nosso Brasil.

Cabe-nos, portanto, incentivar nossos filhos, jovens ou pessoas idosas com as quais diariamente convivemos, à prática diária da leitura de jornais, de revistas ou de gibis. Agindo desta forma, estaremos mediando o contato deles com as informações.

Acredito que a nossa principal função de professor, pais ou colegas, em todo este processo, reside em uma única ação: demonstrar entusiasmo pela leitura, porque, afinal, ler também é um exercício e o mesmo é fundamental para a saúde do corpo e da mente humana.

Ivonete Frasson
Enviado por Ivonete Frasson em 25/06/2011
Reeditado em 07/05/2012
Código do texto: T3057123
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