* Que sentido faz a retenção do aluno?
Sentido em reter o aluno, tipo repetência, não existe lógica para isso!
Poderia falar muito, mas nenhum momento se achará explicação para esta retenção! Reter significa criar problemas aos alunos que estão na faixa etária! Além disso, não se analisa a causa, diriam, mas não foi bem de nota, não foi bem na prova, mas o aluno(a), não é compreendido que a pessoa é composta por sentimentos e que a parte afetiva afeta e interfere na aprendizagem.
 
            Segundo Coll, Cesar; Marchesi, Álvaro; Palácios, Jesús (2004, p. 117), “Os alunos com dificuldades de aprendizagem, com mais probabilidades apresentam problemas emocionais, falta de habilidade social e de habilidade de conduta”.
Os professores, além de considerar que os sujeitos com dificuldades em aprendizagem tem menor rendimento, afirmam que estão menos ajustados e que são mais inquietos, distraídos e ansiosos. Os colegas reconhecem que os sujeitos com esta dificuldade aceitam-se menos e os rejeitam mais, o que concede-os menos status social (COLL, Cesar; MARCHESI, Álvaro; PALÁCIOS Jesús., 2004, p. 117)
            Além disso, a escola usa invisivelmente o poder.
A sala nunca é um caos, com os alunos ocupando o espaço desordenadamente, mas há sempre uma ordem implícita que, se visa a possibilitar a ação pedagógica, traz também consigo a marca do exercício do poder, que deve ser sofrido e introjetado pelos alunos. O que nos interessa mais de perto. Para disciplinarizar e controlar a escola faz uso do mecanismo da avaliação, também recoberto de mil argumentos didático-pedagógicos, mas outra marca indelével do poder e do controle. O caráter desprezível desta quantificação em nome de sua absoluta necessidade, não podemos negar que ela acaba servindo como instrumento de poder. O professor é aquele que tem o poder de dar a nota e, assim, aprovar ou reprovar o aluno. os pedagogos anarquistas rejeitavam a realização de provas, exames e a atribuição de notas aos alunos, denunciando o caráter eminentemente político e dominador desta empreitada. É exatamente esta questão que está por trás da resistência dos professores em aceitar abdicar de seu poder de avaliar. Avaliar é decidir. Decidir é dominar. Dominar é ter poder. Não temos um salário digno, perdemos nosso status e, o que nos resta e ao que nos agarramos com firmeza é o nosso poder de decidirmos sobre a vida dos alunos e, assim, dominá-los. Não importa se minha aula é chatíssima, se o conteúdo que "ensino" não é nem um pouco significativo. Como vou dar uma nota ao aluno, aprovando-o ou reprovando-o, ele é obrigado a assistir a aula. Como se assistir a toda e qualquer aula fosse o critério absoluto para uma educação de qualidade... ( Gallo, Silvio, 1995).
 
         Não se pode aceitar que a culpa é do aluno, da família, menos da instituição e do professor! Não dá para aceitar que não se busca alternativas, meios.
       Segundo TRAGTENBERG, Mauricio (1986, p. 42)É a estrutura escolar que legitima o poder de punir, que passa a ser visto como natural. Ela faz com que as pessoas aceitem tal situação. É dentro dessa estrutura que se relacionam os professores, os funcionários técnicos e administrativos e o diretor”.
       Em função deste tratamento a escola está sendo uma instituição que reforça a discriminação, e na medida em que seu aluno vai adquirindo o saber, vai tornando-se rebeldes, além disso, a própria escola faz a separação, é um centro de discriminação, onde o aluno tem o dever de aceitar, caso não aceita é punido ou excluído. Que democracia é esta! Exemplo disso, quando da forma que o aluno é distribuído em sala de aula, não a sua vontade, mas sim frente o que o professor acredita ser melhor a ele.
A própria disposição de carteiras em sala de aula reproduz as relações de poder o estrado que utiliza acima dos ouvintes, estes sentados em cadeiras linearmente definidas próximas a linha de montagem industrial configura a relação saber poder e dominante e dominado (TRAGTENBERG, Mauricio 1985, p. 42).
 
            A escola não pode ser sozinha detentora do saber e de um poder ela precisa saber direcionar, mostrar caminhos, alternativas.
 
            * O que provocou?
         Compete à escola ver a causa individualmente de cada um de seus alunos? Sim. Mas não somente ela, a escola tem o papel de orientar a família.
 
É necessário, para promover uma relação construtiva entre escola e família, ter atenção ao tipo de comunidade que a escola está servindo. Conhecer a escolaridade e o nível socioeconômico das famílias ajuda a planejar as intervenções para a interação destas com a escola. (LIBÂNIO, Márcia; RIOS, Zoé. 2009, p.44)
       A escola é uma instituição social, e é de sua competência orientar não somente os indivíduos alunos, mas também os familiares de seus alunos.
Há famílias boas e más. Não se pode afirmar que a família educa como deve ser, como tampouco podemos dizer que a família pode educar como quiser. Devemos estruturar uma educação familiar que tenha a escola como principio organizativo e como representante da educação. A escola deve orientar a família. ((MAKARENKO, Anton. 2010, p. 103)
Em qualquer situação por mais que examinamos a família, os pais sempre estão preocupados com seus filhos, pode até haver exceções de diretamente os pais, mas laços familiares como avós, tios, parentes sempre temos alguém ligado ao aluno. Dai a necessidade de a escola orientar a família, por que em muitos casos os pais o fazem erradamente. Normalmente se ouve dizer: como mãe e como o pai damos tudo ao nosso filho, sacrificamos tudo por ele, até nossa própria felicidade. Este é o presente mais horrível que os pais podem dar aos filhos. É um presente monstruoso que, se quiserem envenenar a vida dos seus filhos, recomendamos que lhe deem em grande dose de sua felicidade e os envenenarão. Mas acompanhar. A ajuda da escola quando ela representa uma coletividade única, que sabe o que exige de seus alunos e o que apresenta com firmeza essas exigências. Deve estudar de onde procede os meios de subsistência da família, o que se compra, por que se pode comprar isto, aquilo não.... É necessário acostumar a criança desde os 5 anos, a participar na vida econômica da coletividade; deve sentir a responsabilidade pelos bens de sua coletividade. (MAKARENKO, Anton. 2010, p.106)
 
 
 
            * A falta de estudo?
         Também a falta de estudo. Com certeza é uma das principais causas. Mas não esqueçamos que para qualquer ação de um indivíduo existe a necessidade de uma motivação. Como os alunos ainda em formação, compete a quem esta motivação? Compete à escola, compete aos governos em toda esfera, e nesta parte também peca, pois, é o primeiro e não motivar seu professor.
            Oferece o governo fermentas exemplo sala de informática, mas não oferece funcionário habilitado, biblioteca, mas sem profissional habilitado então deveria ter prioridade aos setores:
            Uma das maiores causas sobre a falta de estudo a escola tenta incutir, mas dai se liga a televisão e vemos o que: tirica deputado! Honraria da ALB ao Ronaldinho gaúcho e ele diz agora preciso ler meu primeiro livro na vida!
 
            * Imaturidade para acompanhar a série cursada seguinte?
         Imaturidade pode influenciar, mas não acredito que seja causa principal, o aluno está ali justamente para ficar mais maduro.
            * Problemas relacionados ao comportamento ou a falta de motivação para aprender?
         Um liga ao outro. A escola é parte um pedaço da própria sociedade. Se no seu cotidiano ela vive se retaliando, porque nas 4 horas que o individuo esta no colégio não se retaliaria? Se o viver familiar é caos onde os grandes passam a ofender-se, porque a criança seria diferente, ela fala a língua dos pais.
 As causas familiares da indisciplina estão à cabeça. É aí que os alunos adquirem os modelos de comportamento que exteriorizam nas aulas. Em tempos a pobreza, violência doméstica e o alcoolismo foram apontados como as principais causas que minavam o ambiente familiar. Hoje aponta-se o dedo também à desagregação dos casais, droga, ausência de valores, permissividade, demissão dos país da educação dos filhos, etc. Quase sempre os alunos com maiores problemas de indisciplina provém de famílias onde estes existem.
A novidade está contudo na participação direta dos país na violência que ocorre nas escolas. Impotentes para lidarem com a violência dos próprios filhos, muitos pais apontam o dedo aos professores que acusam de não os saberem "domesticar". Frequentemente estimulam e legitimam a sua indisciplina nas escolas. Alguns vão mais longe e agridem professores e funcionários (MENDONÇA, 2011).

            * Que sinais de alerta deveria ser observados ao longo do ano letivo?
            Coleta de dados como: as notas, livro de ocorrências, pesquisa com os professores sobre o comportamento geral das turmas.
            A partir deste levantamento, debruçar e analisar os focos que direcionariam a repetência e a partir desta análise a busca de projetos reais que chegam a resolução ou amenizamento da questão em foco.
Esta análise não somente pelo colégio, mas sim de todos participantes: direção, alunos, professores, famílias.
            * Como está o meu processo avaliativo?
         Processo avaliativo? Sócrates já dizia: “só sei que nada sei” então como que um elemento o professor pode avaliar vários? Se formos diferentes, pensamos diferentes, muito raro semelhantes, mas a avaliação quer a resposta única! Prova disso, que nem todos os professores têm a mesma avaliação e nem poderiam ter.
            Procuro não ser avaliativo somente o literal, mas necessariamente no geral em todos os aspectos.
            * Como está a minha metodologia?
         Bem, acreditamos que esteja muito boa, não poderia dizer ótima ou perfeita, mas, procuro buscar onde tem indícios de melhorar lá estou eu lendo, verificando, prova disso, estes livros usados para estas questões já havia lido, relido, ou seja, sempre algo surge estou lá buscando maiores subsídios.
            * E a prática pedagógica?
Segue base do trabalho diário, são as orientação do trabalho. A escola procura fazer o melhor, sempre disponível para dar amparo e condições de trabalho ao seu professor, usa a ferramenta o diálogo constante.
            * Que tentativas estão sendo feitas para evitar o desfecho da repetência e, por que alguns não resultam em sucesso?
 
            As tentativas são inúmeras, não diremos que completas, pois, sempre temos algo a buscar, melhorar, mas simples fato de encontros, diálogos, debates, vai direcionando e analisando alternativas, ou seja: tese, antítese e síntese.
REFERÊNCIAS
COLL,C.; MARCHESI, A.; PALÁCIOS, J. Desenvolvimento psicológico e educação. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
 
GALLO, SILVIO. Educação e Controle. Disponível em: <http://www.nodo50.org/insurgentes/textos/educa/07educontrole.htm >. Acesso em: 15 jun. 2011.
 
LIBÂNIO, Márcia; RIOS, Zoé. Da escola para casa. Minas Gerais: FNDE, 2009.
 
MAKARENKO, Anton. Coleção Educadores. Recife: Massangana, 2010.
 
MENDONÇA, Vicente. Professores de castigo. Disponível em: <http://emvincentemendonca.blogspot.com/2010_02_01_archive.html>. Acesso em: 15 jun. 2011.
 
TRAGTENBERG, Mauricio. Educação e Sociedade. São Paulo: Cortez, 1985.
 
 

J M
Enviado por J M em 23/06/2011
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