Por que aluno escreve tão mal? 3
Poucos autores tratam do assunto com um senso crítico aguçado que aponte caminhos na busca de soluções. A maioria sempre mostra sugestões de como fazer uma redação seguindo as mesmas regras da gramática ou usando recursos auxiliares que apenas reforçam técnicas repetitivas, como “se ater a um tema delimitado”, “ter um bom dicionário”, “uma boa gramática”, “não usar gírias”, “não usar vícios de linguagem” etc. A reportagem “Redação: o eterno bicho-papão do vestibular”, de Werciley Silva, confronta a repetição das sugestões para uma boa redação e a continuidade de textos mal estruturados:
“São Paulo - A fórmula parece bem simples: leia com atenção o tema proposto, apresente argumentos convincentes, não use vocabulário rebuscado, evite clichês e preocupe-se com ortografia e pontuação. Seguindo essas dicas, é possível fazer uma redação nota 10 nos principais vestibulares do País, garantem os professores. Mas se a receita é mesmo tão fácil, por que eles passam anos tentando fazer seus alunos escreverem melhor e, ainda assim, a redação continua a ser o bicho-papão do vestibular?” (SILVA, 2005).
Na reportagem da qual foi extraída a citação não se anuncia que em algum momento houve bons resultados por se seguir os conselhos para se fazer uma prova aceitável dentro dos parâmetros da norma culta. Porém, vários professores se manifestam quanto a situação do vestibulando sob a pressão do exíguo tempo-limite para discorrer sobre um tema sugerido na hora da prova do vestibular.
De fato, não se pode extrair um texto primoroso em somente quatro horas de prova de redação, se o preparo do vestibulando foi crítico durante toda a vida escolar. Segundo Reginaldo Pinto de Carvalho, “com um mínimo de onze anos de escolaridade, ao término do ensino básico, espera-se que o participante esteja capacitado para ler e escrever, dominando a norma culta da língua escrita” (CONSOLARO, 2007). Ou seja, teoricamente, os alunos concludentes do ensino médio já teriam estudado mais de uma década, o suficiente para dominar a escrita.
Porém, se constata diante de uma prova de redação que esses onze anos não foram nada produtivos.
(continua)
Poucos autores tratam do assunto com um senso crítico aguçado que aponte caminhos na busca de soluções. A maioria sempre mostra sugestões de como fazer uma redação seguindo as mesmas regras da gramática ou usando recursos auxiliares que apenas reforçam técnicas repetitivas, como “se ater a um tema delimitado”, “ter um bom dicionário”, “uma boa gramática”, “não usar gírias”, “não usar vícios de linguagem” etc. A reportagem “Redação: o eterno bicho-papão do vestibular”, de Werciley Silva, confronta a repetição das sugestões para uma boa redação e a continuidade de textos mal estruturados:
“São Paulo - A fórmula parece bem simples: leia com atenção o tema proposto, apresente argumentos convincentes, não use vocabulário rebuscado, evite clichês e preocupe-se com ortografia e pontuação. Seguindo essas dicas, é possível fazer uma redação nota 10 nos principais vestibulares do País, garantem os professores. Mas se a receita é mesmo tão fácil, por que eles passam anos tentando fazer seus alunos escreverem melhor e, ainda assim, a redação continua a ser o bicho-papão do vestibular?” (SILVA, 2005).
Na reportagem da qual foi extraída a citação não se anuncia que em algum momento houve bons resultados por se seguir os conselhos para se fazer uma prova aceitável dentro dos parâmetros da norma culta. Porém, vários professores se manifestam quanto a situação do vestibulando sob a pressão do exíguo tempo-limite para discorrer sobre um tema sugerido na hora da prova do vestibular.
De fato, não se pode extrair um texto primoroso em somente quatro horas de prova de redação, se o preparo do vestibulando foi crítico durante toda a vida escolar. Segundo Reginaldo Pinto de Carvalho, “com um mínimo de onze anos de escolaridade, ao término do ensino básico, espera-se que o participante esteja capacitado para ler e escrever, dominando a norma culta da língua escrita” (CONSOLARO, 2007). Ou seja, teoricamente, os alunos concludentes do ensino médio já teriam estudado mais de uma década, o suficiente para dominar a escrita.
Porém, se constata diante de uma prova de redação que esses onze anos não foram nada produtivos.
(continua)