Por que aluno escreve tão mal? 1
Introdução
Este trabalho iniciou a partir de duas observações sem nenhuma pretensão acadêmica.
A primeira observação se refere a sites com notícias sobre educação e a segunda, a comentários feitos no talk show “Programa do Jô”, exibido pela Rede Globo de Televisão.
Geralmente em época de concursos de vestibular, tais sites e o apresentador global Jô Soares expõem frases de redações consideradas maus exemplos de textos. Em ambos os casos, o objetivo parece ser o de apenas divertir o leitor ou telespectador.
Tais publicações online, igualmente ao talk show, atribuem mais conotação hilária ao assunto, do que o valorizam como uma manifestação da realidade em que se encontram os alunos do ensino médio quanto ao domínio não só da redação dos próprios textos, como em relação aos temas sobre os quais deveriam escrever.
A metamorfose da despretensão para o científico iniciou quando percebi que a maioria dos comentários não apresentava uma proposta de estudo sobre as causas das dificuldades nas composições dos textos.
Considero aqui que esses estudantes não devem ser apenas qualificados como sujeitos ignorantes da forma culta da escrita. Um dos riscos dessa conotação é sugerir que as frases não teriam outra finalidade senão a de denunciantes da ignorância de seus autores.
Os exemplos compilados das redações de vestibular, mais do que uma exposição do pândego, se constituem em expressão de uma parcela estudantil que, de alguma forma e em algum momento, foi submetida a uma situação crítica na própria aprendizagem ao longo de toda uma vida escolar. Assim, pretende-se neste artigo discutir sobre a questão (continua).
Introdução
Este trabalho iniciou a partir de duas observações sem nenhuma pretensão acadêmica.
A primeira observação se refere a sites com notícias sobre educação e a segunda, a comentários feitos no talk show “Programa do Jô”, exibido pela Rede Globo de Televisão.
Geralmente em época de concursos de vestibular, tais sites e o apresentador global Jô Soares expõem frases de redações consideradas maus exemplos de textos. Em ambos os casos, o objetivo parece ser o de apenas divertir o leitor ou telespectador.
Tais publicações online, igualmente ao talk show, atribuem mais conotação hilária ao assunto, do que o valorizam como uma manifestação da realidade em que se encontram os alunos do ensino médio quanto ao domínio não só da redação dos próprios textos, como em relação aos temas sobre os quais deveriam escrever.
A metamorfose da despretensão para o científico iniciou quando percebi que a maioria dos comentários não apresentava uma proposta de estudo sobre as causas das dificuldades nas composições dos textos.
Considero aqui que esses estudantes não devem ser apenas qualificados como sujeitos ignorantes da forma culta da escrita. Um dos riscos dessa conotação é sugerir que as frases não teriam outra finalidade senão a de denunciantes da ignorância de seus autores.
Os exemplos compilados das redações de vestibular, mais do que uma exposição do pândego, se constituem em expressão de uma parcela estudantil que, de alguma forma e em algum momento, foi submetida a uma situação crítica na própria aprendizagem ao longo de toda uma vida escolar. Assim, pretende-se neste artigo discutir sobre a questão (continua).