CURSO UNIVERSITÁRIO GARANTE EMPREGO?

Há quase um século o brasileiro vem acalentando o sonho de entrar em uma universidade e ver nela o retrato do seu futuro. Claro, há algumas décadas passadas, um bom emprego somente era repassado a um jovem já com o curso superior completo. Atualmente, tal situação está demonstrando a realidade econômica, política e social, não apenas do Brasil, mas de quase todo o mundo: o jovem, mesmo escalando montanhas para concluir um curso universitário, não possui mais garantia de emprego referente ao curso que findou, pois os diversos setores econômicos têm, por vezes, sublinhado sucesso em pessoas jovens ou não, que nunca passaram por uma universidade e poucas vezes têm concluído um curso do grau de ensino médio.

Analisemos o sistema político brasileiro: ele está recheado de políticos que aprenderam as “artimanhas” e os “segredos” do seu sucesso não em bancos universitários, mas através da sua perspicácia e destreza, do pensamento e da coragem, da sutileza e, às vezes, do seu desejo tirano de ser o que não consegue, mas que por assédio de terceiros, não sai da batalha para não ser considerado um falso perdedor. Prefere perder nela, mas apenas retira-se de campo, quando todo o seu grupo guerrilheiro sai em conjunto; quando a culpa das corrupções recai apenas sobre si, estrategicamente faz um turismo ou aprofundamento de estudos em universidades estrangeiras.

Também a educação brasileira caminha em conjunto com o atual sistema político: ambos perpetuam na ideologia de que em uma sociedade capitalista, estudar para conhecer, compreender e aceitar ou não uma realidade não condizente, é algo ameaçador.

O nosso estudante universitário, que forma atualmente a grande massa trabalhadora pensante, se conseguiu entrar em uma universidade, já de início deveria educar o seu senso crítico, perceptivo e batalhador, para que os seus diversos anos de bancos universitários não fossem em vão e para que este hall de entrada fosse também considerado, desde o início, a porta do triunfo de uma batalha que lhe garantisse um bom emprego na sociedade em que convive. Basta agora acreditar que em todas as lutas travadas por universitários não foram acesas as chamas da tirania e das corrupções.

O país necessitava urgentemente de outros governantes: mas não daqueles que ainda pertencessem às grandes oligarquias do país, nem mesmo de sociólogos que, conhecendo a teoria do alemão Karl Marx, ainda governavam sob as produções injustas de uma sociedade capitalista. O povo brasileiro necessitava de governantes que fossem retirados de dentro dele para que a real democracia entrasse em vigor. Passamos por um governante do povo e estamos com outra, que além de também pertencer ao povo foi guerrilheira na época da ditadura militar. Vamos ver daqui a alguns anos quem oferece mais condições de emprego a quem: se a oligarquia ou se o povo. Inndependente de quem estiver no poder, o negócio é continuar trabalhando e estudando. Para que o sucesso possa ser alcançado por aqueles estudantes universitários, agora já profissionais graduados, basta utilizar nos verbos TRABALHAR e ESTUDAR, substantivos como: coragem, sensatez, persistência, perspicácia... (Existem outros que podem ser copiados daqueles profissionais de sucesso. Basta observá-los!!)

Ivonete Frasson
Enviado por Ivonete Frasson em 02/06/2011
Reeditado em 22/09/2011
Código do texto: T3010583
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