O Educador na era tecnológica
O reino do ser vivo é um equilíbrio movediço, ou seja, os seres vivem em constantes transformações.
Diariamente seus pensamentos e idéias são transformados, visto estarem situados em uma sociedade informatizada, que se caracteriza pela abundância de informações, daí a necessidade do nosso educador estar atento ao acesso, seleção e controle dos dados que recebe, já que elaborar, difundir e utilizar o saber sempre significou sua forma de poder.
Tomando como base aquele antigo provérbio popular: “Querer é poder!”, nossos educadores necessitam antes de iniciar o seu trabalho, investigar suas vontades, seus desejos, interrogar-se se realmente querem, pretendem educar para transformar ou pretendem ainda permanecer na sua forma estática e alienante de repassar conteúdos.
As crianças e jovens que freqüentam as escolas atualmente, não conhecem apenas a televisão, o cinema, os vídeos ou outros meios comunicativos, mas já possuem consciência de que existem os computadores e que são eles janelas para o mundo, possibilitando-lhes a troca de arquivos, acesso a bancos de dados internacionais, divulgação de pesquisas, discussão de temas variados.
Mesmo que o livro continue constituindo um dos pilares da escolarização e fonte de prazer humano, não há como deixar de reconhecer o impacto da imagem e a importância da mídia como um dos grandes efeitos do mundo pós-moderno.
A escola já está sofrendo mudanças estruturais, pois precisa estar atenta à seleção e à crítica dos dados oferecidos pela sociedade informatizada.
Esta informatização dentro da escola constitui-se um novo desafio aos nossos educadores, que não lhes cabe alienar-se a tal modernização, visto serem eles considerados educadores e transformadores do mundo em questão.
Se a sua educação costuma mover ou modificar os pensamentos dos seus educandos, então por que se manterem alienados às modificações ou avanços tecnológicos que, às vezes, foram seus próprios alunos, os provocadores?
É sua função, portanto, integrar-se aos avanços que lhes permitam futurar também os seus conteúdos.
Se o educador matemático pretender continuar ensinando as raízes quadradas, fatoriais e sistemas lineares, por exemplo, deve estar consciente de que a tecnologia já ofereceu ao educando um modo prático de conseguir tais resultados: basta tocar nas teclas de uma calculadora. Cabe-lhe, portanto, aprender a fórmula ideal, rápida e prática das calculadoras e repassar aos educandos.
Também o professor da língua-mãe: se um computador corrige automaticamente os erros de ortografia dos textos, não mais se faz necessário ensinar os macetes dela; outra forma de aplicação da ortografia já preparada pelos computadores existe: investir na personalidade dos educandos, com textos que lhes permitam reconhecer os valores que desconhecem ou que, conhecendo, não colocam em prática; ensinar-lhes a forma ideal de escrever seus próprios textos, cujo tema em questão será valores; avaliar suas idéias, corrigi-las ou enriquecê-las. Erros de ortografia, agora se constituem tarefa para computadores.
Todos os demais educadores precisam estar conscientes de que alguns pontos de seus planos anuais de estudo, já não mais possuem grande importância. O que se faz necessário, portanto, nessa era informatizada é avaliar, pesquisar e corrigir, por exemplo, títulos que sempre foram ensinados de uma única maneira, mas tal maneira necessita ser transformada de acordo com a era em que se está colocando tais conteúdos. Apenas para finalizar, questionaria a um professor de história: o nosso Brasil, esta tão grande pátria amada, possui apenas 500 anos de existência?! E os índios, na época do descobrimento, via Portugal, não mais existiam? Tens uma resposta, professor? E se um aluno seu lhe interrogasse da mesma forma na sala de aula? Não seria bom avaliar, pesquisar e corrigir os ensinamentos ditados por escritores? Pesquise, professor, é bom....