POR QUE ESCREVO?
É bom deixar claro que não sou pago para publicar coisa alguma e sim, para escrever, mas se não publico, vem logo outro para meu lugar. E assim tenho que escrever para que outro escriba não venha a tomar o meu lugar.
Escrevo sim, para me fazer conhecido, para assinar meu nome e marcar um lugar no mundo. Escrevo sim, para firmar acordos, para me comunicar com outros(as), para dizer que estou aqui, ou existo. Escrevo sim, para redigir cartas, recados, passar telegramas, fax, e-mails, etc. Escrevo sim, para compartilhar sentimentos, descrever emoções... pedir ajuda, agradecer, convidar, elogiar, reclamar, convencer, criticar. Escrevo sim, coisas simples ou momentos especiais. Escrever a dor, a alegria e dar asas à imaginação. Escrevo sim, às vezes palavras de amor, algumas, nenhumas. Escrever carece dizer tudo que se sente no momento e pronunciado e impregnado de verdade. O amor é lindo e não se pode falsear. Cada sílaba, em cada letra há um grande sentimento, assim como o movimento das marés de ir e vir. Antecipar o futuro, escrever diários e até brincar com a linguagem, com o cotidiano e até filosofar nos textos nossos de cada dia! Escrevo sim, para desabafar e me explicar. Ah, esse mundo da escrita, que nos apresenta de metáforas, imagens, códigos verbal e não verbal. De textos e hipertextos. Escrevo sim, para ser breve, compreendido ou não. Escrevo somente porque existo e só existo porque escrevo. Às vezes, sou claro, confuso, chato e repetitivo, novo, velho, retrógrado e atrasado, explícito e implícito. Escrevo
sim, essas mal traçadas linhas como modesta da minha imaginação.