Discriminação dos Estudos de Linguística Aplicada no Brasil
LINGUÍSTICA APLICADA NO BRASIL: Uma perspectiva
Atualmente o Brasil é um dos países que mais incentiva a prática de uma área tão discriminada que é a LA, seja no âmbito de apresentação de trabalhos, pesquisas ou até mesmo na organização de congressos. Uma das maiores metrópoles não poderia ficar de fora desse grande avanço na Educação, a PUC/SP ministra hoje cinco dos muitos cursos que auxiliam nesse processo de ensino em todo o Brasil. Como burocraticamente tudo nesse país se vincula a “politicagem”, fez-se necessário a organização de um grupo de linguistas aplicados, visto que este questão é crucial para a firmação das raízes da LA como área independente da Lingüística, porém o recurso de incentivo à pesquisa é quase escasso, quando se trata das Ciências Sociais/Humanas. É o que deixa bem claro, Maria Antonieta Alba Celani, em seu texto Linguística Aplicada no Brasil: uma perspectiva.
Um dos primeiros passos nesse percurso já foi dado, que foi a criação de uma Associação onde não só incentiva trabalhos nessa área, mas também o desenvolvimento de pesquisas em contexto de cooperação acadêmica em âmbito nacional e internacional, por meio do desenvolvimento de um trabalho transdisciplinar e interinstitucional, dentre outros. O centro dos estudos que norteiam a LA é a contribuição para a solução dos problemas de uso da linguagem na sociedade. A importância da divulgação dos trabalhos produzidos pela ALAB com relação a LA é incrivelmente admirada nos eventos que a LA é vista como produção de conhecimento (Grupo de Trabalho LA da ANPOLL; o III Simpósio de LA – SIMPLA da UFRJ), dentre muitos outros. Esses incentivos à construção de uma identidade própria, e não à sombra de outras disciplinas tido como “puras”, da LA no Brasil têm duas finalidades: ajudar a desenvolver a pesquisa nessa área e divulgar as questões referentes à linguagem.
A base de estudo dos projetos que a LA abrange são: Ensino/Aprendizagem de Língua Estrangeira (LE), Ensino/Aprendizagem de Língua Materna (LM) e Educação Bilíngue e Tradução. Discute-se também a questão de alguns linguistas atuarem na LA de forma periférica sem adentrar o real âmago da área em questão, o que só faz desmerecer ainda mais o esforço dos outros linguistas aplicados que tratam a LA de forma séria e atuante nos cursos de graduação e pós-graduação. O que a CELANI propõe é uma reestruturação urgente da área na tentativa de resgatar a credibilidade para a LA nos cursos de licenciaturas.
O que se observa no ensino de LE nas escolas é que apesar da LA ter um crescimento e reconhecimento considerável no Brasil e no mundo, nas escolas ainda continua um pouco difícil o processo de aprendizagem com relação à língua estrangeira, pois nesse caso questiona-se a formação do professor distancia o desenvolvimento teórico do desenvolvimento prático dos programas referentes à LE.
Apesar de todos os questionamentos que apontam contra a LA é inquestionável seu valor educacional, social e individual para a comunidade.