EAD - Uma nova forma de aprender!
O presente texto tem por objetivo abordar a importância da comunicação dialógica na gestão dos processos educativos na EAD e as características indispensáveis ao perfil do educador na modalidade EAD.
Tal temática torna-se fundamental diante do novo cenário educacional, onde a midiatização do conhecimento ganha força nos meios de comunicação.
O termo TIC ( Tecnologias de Informação e Comunicação) é o termo utilizado para explicar a nova conjuntura que envolve os processos educativos. Neste contexto o educador não “desaparece”, ao contrário, ele é o alicerce que irá preparar a estrutura teórica que será otimizada através das mídias digitais.
O conhecimento, ou melhor, o acesso ao conhecimento é feito com o uso dinâmico e consciente das tecnologias.
Há um processo intrínseco nesta troca digital, onde aluno e professor tornam-se próximos pela instantaneidade de informações disponibilizadas e pela facilidade de comunicação que as mídias possibilitam.
Contudo, faz-se necessário o comprometimento necessário, a seriedade de ambas às partes (professores e alunos).
Cursos na modalidade EAD, devem disponibilizar aos alunos uma plataforma digital dinâmica, com ampla referências bibliográficas e intensivo suporte acadêmico, através de uma equipe de tutores e gestores que auxiliem os alunos no que eles necessitarem.
Em contra partida, do outro lado da “telinha”, os alunos devem assumir o compromisso com o conhecimento. Criando agendas dinâmicas com horários reservados à realização das atividades, realizando todos os exercícios e leituras propostas, participando dos fóruns, acessando regularmente a plataforma de ensino, etc.
Seja no ensino presencial ou a distância, o que irá definir o sucesso na aprendizagem é a dedicação que o aluno investe no seu aprendizado. O termo (distância) é relativo se pensarmos que as mídias digitais nos aproximam do mundo, em menos de segundos sabemos o que aconteceu no Japão, por exemplo.
Muitas vezes, a presença mal aproveitada é a maior das distâncias, pois além de anular, cria barreiras entre professor e aluno.
Durante minha vida acadêmica (presencial) angustiava-me ao ver a absoluta inércia na presença, onde nem o tempo, muito menos a presença do professor eram aproveitadas.
Óbvio que haviam e que há exceções, professores maravilhosos e comprometidos, cuja presença intensificava o processo de auto-aprendizagem.
Ao ler sobre as mídias digitais, lembrei-me do ilustre Vygotsky, que abordou magistralmente a questão do conhecimento através das zonas de desenvolvimento real ( conhecimento já adquirido) e desenvolvimento proximal ( nível de conhecimentos que a criança irá atingir, a partir do contato, da interação, da troca com pessoas com maior nível de conhecimento) dessa maneira ocorre o aprendizado.
Quando um conhecimento é atingido entra-se na zona de conforto, que em seguida se desfaz diante de um novo desafio cognitivo.
Usei a metáfora para elucidar que as mídias digitais são mais ou menos assim, elas favorecem o nosso conhecimento real e potencializam o conhecimento proximal, através dos links, que nos levam daqui para lá em segundos, abrindo informações instantaneamente. Reforçando conhecimentos prévios, abrindo novos caminhos, criando desafios. Tudo depende do interesse do aluno em aprender, em estudar e, principalmente, em pesquisar!
É fundamental que o tutor administre com seriedade sua função, engana-se quem pensa que não é relevante o papel do professor no EAD, ao contrário, creio que sua responsabilidade aumenta nesta modalidade de ensino. Pois ele precisa alicerçar: conteúdo – mídia – alunos.
Isso só é possível através do diálogo, sim, pois deve haver diálogo permanente entre professor e aluno, e isso é possível através da mídia. Cabe ao professor criar estratégias que “facilitem” esse diálogo, essa troca de saberes.
A mídia deve ser adequada ao conteúdo proposto, o professor deve nutrir conhecimento profundo pelas teorias, pois elas servirão como alicerce na didática digital, digamos assim.
Nesta perspectiva, o ensino a distância, exila para sempre a educação autocrática, onde o professor repassava o conhecimento, onde o aluno era mero receptor de informação, preso ao metro quadrado de sua carteira escolar, sem poder, literalmente, abrir a boca!
A distância é relativa, uma vez que o conhecimento aproxima, instaura uma nova forma de pensar a realidade; acompanhar as TIC digitais significa estar caminhando lado a lado com as novas formas de aprender.