RELAÇÕES ENTRE PAIS E FILHOS

Nesses últimos tempos ou nesse tempo hoje, temos presenciado mudanças diversas em relação à forma de criação e educação dos filhos; se de um lado democratizaram-se as relações entre pais e filhos, por outro, elas podem chegar ao extremo de escravizar os pais.

Num passado distante, as relações familiares eram marcadas pelo autoritarismo dos pais e pela completa falta de direito, autonomia e liberdade dos filhos. Os pais sentiam-se no direito, inclusive, de escolher a profissão, o lazer, e, às vezes, até mesmo as amizades de seus filhos. Hoje como tudo mudou, podemos até dizer, está tudo pelo avesso. Mais claro,

de ponta cabeça, um caos.l

Com o passar dos anos, divulgou-se a importância das teorias psicológicas sobre o desenvolvimento do ser humano e a constatação dos males causados pelo autoritarismo, pela falta de liberdade e pela poda da criatividade da criança. Mas não quer dizer que ainda existem “modelos” ainda assim... Tudo isso levou a uma gradativa mudança de comportamento dos pais, principalmente nos últimos 40 anos.

Nessa contemporaneidade em que vivemos, podemos perceber relações familiares mais harmoniosas, em que as necessidades e expectativas dos filhos vêm sendo consideradas

pelos pais.

Há necessidade, entretanto, de muito cuidado, para que essas relações democráticas não se transformem em novo autoritarismo, imposto pelos filhos. E os pais na tentativa de não incorrerem em erros do passado, de não imporem a seus filhos uma educação como a que receberam, os pais correm o risco de cometer falta ainda maior: ou seja, não lhes impor limites, não dizer “não” e, assim, criarem novos tiranos, que julgam tudo poder.

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