UM SIMPLES TOQUE PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL

A inclusão de indivíduos com dificuldades de aprendizagem, sejam elas, de origem orgânica ou simplesmente por ausência de oportunidades ou mesmo por erros educativos, provocam receios e insegurança àqueles que com ela trabalham mas ninguém quer o determinismo sócio-pedagógico do fracasso escolar.

A consciência de que estratégias comuns não determinam o êxito escolar destes alunos está certa. É necessário melhorar as condições de saúde, nutrição, habitação, transporte, higiene, para quem precisa destes melhoramentos, porém nem só de “pão vive” o homem, outros tantos, necessitam de um desenvolvimento suficiente para harmonizar a cognição.

O aluno normal, que apreende as explicações, tira suas conclusões e as generaliza (transfere do material aprendido para a vida real) numa rápida aprendizagem tem na jornada escolar cumplicidade no seu desenvolvimento psíquico (desenvolvimento da consciência) sem mazelas.

O aluno conhecido como normal, entretanto com dificuldades de aprendizagem, necessita de apoio do professor e familiares para uma melhor organização do pensamento, auto- regulação,( isto é, superando suas dificuldades nos conteúdos apresentados de forma adequada, reconhecida etapa por etapa).

Então mais do que nunca o aluno conhecido como Deficiente Mental Leve ou Moderado necessita de programas educacionais que a escola procura oferecer diante do paradigma da inclusão. As dificuldades do aluno podem ser provocadas por um elenco de causas desde o pré , neo , peri-natal ou adquirida durante a vida. Ele necessita passar da ação automática e mecânica para uma situação de aprendizagem dinâmica, cujo conhecimento se torne consciente e interiorizado.

O aluno Deficiente Mental carece de estímulos visuais e verbais, pausados e bem articulados em tom de cortesia, segurança e amizade, de atividades coletivas, sociais, psicomotoras, e individuais, para estimular as funções intrapsíquicas( que fazem o aluno verificar os fundamentos do seu próprio pensamento). Estes processos estão ligados ao desenvolvimento do sistema nervoso central, pois a aprendizagem orienta e estimula processos internos de desenvolvimento.

A linguagem é considerada um fator importante ao desenvolvimento mental para todos os seres humanos, ela veio junto com o trabalho coletivo desde os primórdios do homem. A linguagem e o trabalho( são elementos do desenvolvimento do psiquismo que é a mesma coisa que consciência determinada pela existência). Lancemos mão deste dado científico para priorizar as aulas com articulações claras na apresentação de regras e tarefas como também saber ouvir os alunos em suas explicações de modo geral, expressões espontâneas, mas sempre estimulando a linguagem.

O trabalho não é somente aquele desenvolvido pelos profissionais na sociedade, na escola trabalho é o canto de uma música, a fala de uma poesia, o traçar de riscos, o manuseio de um carrinho ou boneca..., em casa com todo o esforço do banho, do vestir, do pentear, do calçar, do deitar-se e cobrir-se, então tudo é válido, pois tudo é trabalho. Quanto mais consciente for o trabalho, mais ele será útil para a aprendizagem. As faculdades adormecidas emergem e promovem a aprendizagem, esta é uma excelente credibilidade.

Professores e outros profissionais preparados na graduação e nos diferentes níveis de Pós Graduação estarão com certeza habilitados para esse Trabalho Educacional e de Saúde. Se não o forem ficará mais difícil, mas não impossível. É uma questão de aceitabilidade.

Zastra
Enviado por Zastra em 29/03/2011
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