NIVELAMENTO DOS CONHECIMENTOS

NIVELAMENTO DOS CONHECIMENTOS

Uma sentença me chamou a atenção e estou a repassá-la para os leitores e amigos: “Não se concebe um psicopedagogo que trabalhe com o corpo estático e que desconheça os movimentos desse no aprender. Não se concebe um psicomotricista que trabalhe com o corpo em movimento e não conheça o corpo discursivo do sujeito que aprende. É preciso que haja uma interdisciplinaridade na ação ensinar-aprender para que o sujeito que aprende seja compreendido em sua totalidade, mesmo dentro de uma abordagem específica”. Referida citação está explícita no livro Psicopedagogia & Psicomotricidade – Pontos de intersecção nas dificuldades de aprendizagem, de Auredite Cardoso Costa, Editora Vozes. Faça silêncio ele é primordial para a sua saúde, o barulho poderá destruir a sua vida.

O silêncio nos faz pensar melhor e com esse pensamento mais aguçado devemos voltar nosso viés para os possuidores de alguma deficiência, seja ela qual for. Levisky, apud Scoz, 1992:53 – afirma que, a psicanálise tem possibilitado, através de vivências clínicas, formular teorias que permitem melhor compreensão das funções simbólicas, indo além do conhecimento do corpo, da cognição e da organização do pensamento. Estas atividades psíquicas mantêm estreitas relações com as funções ligadas à aprendizagem, principalmente na criança. O Curso de Pós-graduação em Psicopedagogia nos leva a esse conhecimento, mas temos que nos conscientizarmos do algo mais que está a nossa disposição.

O que seria esse algo mais? As nomenclaturas, as dificuldades de aprendizagem, o grande manancial de literatura específica que se encontra a nossa disposição, a vontade intrínseca em aprender cada vez mais. Não devemos nos restringir aos conteúdos de sala de aula. Essa função não está restrita tão somente aos padrões atuais, ela vai mais além, e quanto mais conhecimentos adquirirmos, melhor será o nosso desempenho na profissão que abraçamos com denodo e dedicação. Nas áreas do conhecimento humano o primordial é aprender para depois repassar. O conhecimento é inerente ao homem e sua contribuição para a construção de um estado e de um país melhor e mais humano é condição “sine qua non”, de um homem novo condizente com o milênio atual.

Folheando como de costume fazemos o jornal “O Povo” de nossa capital um assunto assaz interessante nos chamou a atenção. “Psicanálise – Obra prima de Freud ainda assombra a contemporaneidade”. Com tradução de Paulo César de Souza, o fundamental “O Mal-Estar na Civilização”- ganha nova edição no Brasil. No título, Sigmund Freud descreve as patologias do processo civilizatório e o preço que pagamos para socializar nossas pulsões e desejos.

Pulsão palavra de derivação inglesa pulsion tem com sinonímia o impulso que se produz em qualquer direção, dentro de órgão oco e que, ao encontrar um ponto fraco na parede desse órgão, pode produzir hérnia. Essa seria a mais simples, ou patológica definição para a palavra supracitada, mas quando pendemos para a psicanálise iremos nos deparar com uma tendência permanente, e em geral inconsciente, que dirige e incita a atividade do indivíduo. A libido seria uma delas com certeza.

A obra em alusão traz além das Novas Conferências Introdutórias à psicanálise, o fundamental O Mal-Estar na Civilização. A Psicanálise é o método de tratamento, criado por Sigmund Freud de neuroses e de psicoses, por meio de uma investigação psicológica profunda dos processos mentais. Poderia ser uma anamnese? Pensamos que sim, pois se trata de uma análise em que o conjunto das teorias de Freud e seus discípulos, concernentes à vida psíquica consciente e inconsciente, além de qualquer terapia por esse método e o estudo psicanalítico de uma obra de arte ou de um tema.

Depois de um longo e tenebroso inverno voltamos à sala de aula, para dar continuidade ao nosso tão almejado curso de pós-graduação em psicopedagogia, e para nossa surpresa a professora Suely Fermon estava de volta ao nosso convívio educacional. Uma nova disciplina, um novo aprendizado. Um assunto bastante palpitante e de suma importância para a sociedade brasileira e mundial, a Psicopedagogia e a Família: uma Visão Sistêmica. Sistemática, referente à visão orgânica, lógica de um sistema, que afeta todo o corpo, generalizado, vem do inglês systemic, a sistematologia seria o estudo dos sistemas.

Inserindo-nos em mares nunca navegados, conseguimos filtrar a existência de psicopedagogo sistêmico que é aquele profissional que não pergunta por quê?

O porquê dizem os especialistas fecha o quadro da resposta, quando você indaga para que? E existe uma ampliação lógica do seu quadro, e aí temos que estar sempre multiplicando as possibilidades, esta é a nossa função, cuja diretriz principal é mostrar para o seu cliente as inúmeras possibilidades criativas e eficazes, através dessas possibilidades podemos usar a nossa reflexão e a dos nossos alunos é que irão conseguir uma real transformação do individuo. Essa conceituação podemos dizer que é aprendizagem e na psicopedagogia diferente dos modelos atuais baseados na psicanálise, usaremos a visão sistêmica, de como influir e ser influenciado dentro das nossas relações habituais.

O psicopedagogo sempre irá trabalhar em síntese, as relações, ele trabalha neste espaço entre mim e você, que é um "meta-lugar". A psicopedagogia sistêmica leva em conta a estrutura, o contexto e o processo da aprendizagem e nunca se desvincula esses três fatores. Primeira aula: Pensamento sistêmico aplicado à família, abordagem sistêmica, estilos de educação nas famílias (negligente, indulgentes, autoritários, e com autoridade). Relações familiares (satisfatória estável, satisfatória instável, insatisfatória estável e insatisfação instável). O Psicopedagogo deve: escutar, olhar e ter percepção de como vai atuar, além da supervisão, formação contínua, terapia e associar-se a ABPP.

A visão sistêmica/ visão plural – o todo é maior do que as partes. Na psicopedagogia (Abordagem X Sistêmica)- Linha temporal da teoria do sistema (TS); Bateson (Axiomas da Comunicação); Impossibilidade de não se comunicar; Meta comunicação (Conteúdo e relação); Toda comunicação humana tem um componente verbal e um não verbal, comunicação digital e analógica; Interação simétrica e complementar (simetria, complementar) e exemplos de sistemas (Teoria Geral dos Sistemas (TGS); Objetivo; Relacionamento; O Sistema; Foco; Meio Ambiente; Sistemas Fechados e Abertos). Na comunicação foi observado como funciona a comunicação entre homens e mulheres. Como primeira aula podemos dizer que será uma disciplina agradável, pois o relacionamento é muito peculiar e deve ser tratado com muito respeito e responsabilidade. Para colorir a primeira aula da professora Suely Fermon, vimos alguns vídeos sobre o comportamento humano em diversas etapas. Bola para frente que atrás vem gente, essa é a nossa destinação.

Colocamos uma visão de uma grande autoridade no assunto: “O homem, como podemos perceber ao refletirmos um instante, nunca percebe plenamente uma coisa ou a entende por completo. Ele pode ver ouvir, tocar e provar. Mas a que distância pode ver quão acuradamente consegue ouvir, o quanto lhe significa aquilo em que toca e o que prova tudo isso depende do número e da capacidade dos seus sentidos. Os sentidos do homem limitam a percepção que este tem do mundo à sua volta. Utilizando instrumentos científicos pode, em parte, compensar a deficiência dos sentidos.

Consegue, por exemplo, alongar o alcance da sua visão através do binóculo ou apurar a audição por meio de amplificadores elétricos. Mas a mais elaborada aparelhagem nada pode fazer além de trazer ao seu âmbito visual objetos ou muito distantes ou muito pequenos e tornar mais audíveis sons fracos. Não importa que instrumentos ele empregue; em um determinado momento há de chegar a um limite de evidências e de convicções que o conhecimento consciente não pode transpor.” Carl Gustave Jung. Finalizando colocamos alguns dados históricos sobre a pedagogia como as obras dos médicos, no final do século XVIII e início do século XIX, na Europa, deram ênfase às causas orgânicas nos comprometimentos na área escolar.

Essa linha pedagógica que procurava identificar no físico as determinantes das dificuldades do aprendiz é encontrada no histórico da Educação Especial e também na Psicopedagogia, como fica evidenciado nos dados sobre a Educação Especial. “Seja como uma flor não guarde para si mesmo: as suas qualidades, o seu perfume, a sua beleza, a sua bondade, mas coloque-as ao serviço do outro, do mundo, de todos. Nisto está à alegria: colocar diante de todos o que temos. Seja uma flor no caminho da vida, todos olhando para você possam sentir que você é alguém que se preocupe em dar alegria a todos”, principalmente os humanos com problemas especiais.

O Padre Patrício Sciadini relata: “O dinheiro é o diabo do mundo atual. Ele consegue tudo: Comprar os votos dos políticos, comprar o corpo de uma mulher, trair os amigos sinceros, revelar segredos, matar o inimigo. Seja livre! Não se deixe comprar. O seu rosto revele sua simplicidade, sua vida. Deixar-se enganar é perigoso. Deus não fez dinheiro, mas deu ao homem inteligência suficiente, para ganhá-lo honestamente”. Nós acrescentaríamos que o dinheiro não compra a felicidade, mas quem tem a sabedoria em usá-lo terá momentos felizes na vida.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE- DA AOUVIRCE- DA UBT- DA AVSPE E ALUNO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA DA FACULDADE VALE DO JAGUARIBE (FVJ).

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 02/02/2011
Código do texto: T2767561
Classificação de conteúdo: seguro