Escola e Família: em busca de uma parceria permanente
Muitos são os debates em torno dos benefícios de efetiva gestão democrática dentro das escolas públicas, uma gestão escolar que enxergue a sua comunidade, principalmente a família de seu alunado, como parceiros e não intrusos. A participação da família e, de modo especial dos pais na vida dos filhos em idade escolar, é de fundamental importância, dentro de uma gestão que busca como objetivo primordial o sucesso escolar dos educandos. É na escola que são construídas as primeiras relações humanas que, nos garantem a condição de cidadão. Porém, não basta somente que a escola conheça a família de seus alunos, mas que propicie de fato meios para que a família sinta a segurança e a motivação de poder participar da vida da escola. Tudo isso ganha sentido, com uma gestão escolar visionária e segura, que permita e promova momentos de diálogo, de convivência no ambiente escolar.
Uma gestão democrática e participativa, é o caminho para que objetivos educacionais sejam de fato atingidos, neste caso, subentende-se que todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, devem por ele interessar-se. Desse modo, se olharmos pelo lado da qualidade da educação, a interação família-escola permite que as duas educações se completem, que a educação doméstica seja sistematizada pela educação escolar, numa constante troca de conhecimentos, sem que haja imposição de saberes de nenhum dos lados. A forma como uma escola passa a se relacionar com sua comunidade, é percebida como um diferencial amplia-se o conceito que se tem de educação e a escola se torna uma formadora de cidadãos livres e autônomos.
Vivemos num momento em que as bases familiares clamam por um novo modelo de escola, faz-se necessário e urgente abrir as portas da instituição, não eventualmente em comemorações festivas e/ou reuniões pedagógicas bimestrais, mas ampliando o canal para a participação interventiva da própria comunidade. Em síntese, não defendo ideia de que é fácil ser democrático, mas somente a prática irá quebrar velhos conceitos, pois não é porque a democracia está nos autos da lei, que ela seja uma tradição educacional no Brasil. Não se pode acreditar que a uma gestão democrática irá acontecer, sem que antes haja mobilização ao compromisso.