ESCOLA; INSTITUIÇÃO FRACASSADA
A educação como é jamais irá funcionar, jamais.
Pois, dentro de um Estado, dentro dos limites da escola, que é a instituição formal para aquisição da educação, o aluno é tratado de forma massificada. Aqui o aluno é apenas massa, número.
O burocrata que pensa em como se dará o processo educativo vê números e não pessoas. E ele precisa ter, para que o seu trabalho seja eficiente, essa visão massificada da educação. Como ele vai pensar numa educação extremamente personalista em metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte?
E, cá entre nós, as próprias pessoas, os alunos (sem-luz), não se veem como sujeitos do processo educativo. São apenas objetos e nem se reconhecem como tais. Entregam-se, na sua inocência e displicência inconsciente, ao professor e à escola. Estes com seus acertos, erros, mandos e desmandos.
Educação de qualidade, uma educação superior, não pode ser tratada de forma massificada. Mas como pensar em outra educação no âmbito do Estado e da escola formal?
Simplesmente não há como.
A escola, como instituição controlada por burocratas do Estado, estará sempre fadada ao fracasso, seja qual for a instituição. Porque a educação de uma pessoa é demasiadamente importante para que ela delegue a outrem, no caso o Estado ou mesmo para o professor.
Educação é algo extremamente pessoal. Somente o sujeito pode definir até que ponto chegar, só ele mesmo pode se educar. Delegar sua educação aos outros é um crime que se comete contra si mesmo.
Para uma educação de qualidade é necessária uma maturidade muito apurada por parte do educando. Pois, somente alguém maduro pode cuidar pessoalmente, sem delegar a ninguém, a quem quer que seja, a sua educação, o seu processo educativo. Processo este que nunca se finda.
Por isso não há como a educação, nos moldes como é, decolar.
Enquanto os alunos ficarem na dependência do mestre para adquirir os conhecimentos que tanto carecem, seu sucesso terá limite; o limite que o professor impor, os próprios limites do professor.
Enquanto se depende de alguém ou de alguma instituição para ser educado, a educação para num determinado ponto. O ponto dos medíocres e dos que são simplesmente educados para ser mão-de-obra barata.
Somente alguém autônomo o suficiente pode se educar com excelência. A educação só é bem sucedida individualmente. A escola é instituição falida, tolhedora e castradora de talentos, túmulo da criatividade e da inovação.
A escola até hoje, quando conseguiu algum sucesso, formou apenas técnicos e mão de obra para as fileiras do capital. Gente emancipada, autônoma, que pensa por si e possui uma educação de excelência se fez por si própria.
É claro que sempre a escola é uma referência, mas para os mais dependentes, menos estimulados e conformados com seu pouco saber, a escola é uma espécie de deus inquestionável, o professor para eles será também um deus, e seu limite irá até aí, nos limiares de suas crenças.
Eu bem sei que estou falando de um ideal de educação praticamente utópico, pois para mim alguém somente se desenvolve quando toma ele mesmo as rédeas de seu processo educativo e direciona para onde quer ir.
Portanto não há, fora da esfera estritamente pessoal, que se falar numa educação de excelência. Sem autonomia isso é impossível. Fora da autonomia na educação o que se forma é gente para linha de produção, técnicos e mão-de-obra.
Gente que pensa de verdade não se conforma com os limites da escola.
Querem uma dica para que seus alunos aprendam?
Faça com que eles dependam cada vez menos de você. Torne-os emancipados, autônomos. Talvez deste ponto em diante a educação deles comece a funcionar.
O problema é que os professores precisam de seus empregos, e aí se os alunos não precisarem de mestre, como que fica?