A POLÍTICA EDUCACIONAL BRASILEIRA

Estamos em plena campanha eleitoral. É época de escolhermos o destino do Brasil, as cabeças que irão gerir o futuro da nação. É hora de pararmos para refletir. Havemos de fazer escolhas sábias às urnas de votação. É hora de cobrar e escolher o melhor para a educação do nosso país.

É sabido, pois que, nenhuma nação do mundo desenvolve-se realmente se não investir pesadamente numa educação de qualidade para seu povo. As vezes, um país consegue alguns índices de desenvolvimento, mas este crescimento não reflete na qualidade de vida de seu povo, e se acontece, é de forma parcial. Isso é o que vem ocorrendo no nosso Brasil. O país vem crescendo, mas não homogeneamente. Temos regiões do país em total esquecimento e atraso. Vi há poucos dias na TV, uma reportagem que mostrou as condições de uma escola em que a professora dava aula com apenas um pedaço de um quadro negro, a construção era de palha, e paredes simplesmente não existiam. Será que é assim que o país atingirá as metas de educação que o governo tanto divulga na TV. Afinal, o dinheiro gasto na publicidade não seria mais proveitoso se se destinasse em prol de melhorias para esta escola ou outra em situação similar?

O Piso Salarial dos professores e funcionários da educação, infelizmente parece utopia em alguns estados e municípios. As escolas, muitas vezes não contam com a menor infra-estrutura necessária ao desenvolvimento das atividades escolares. Falta incentivo à cultura e melhorias nas atividades complementares à educação.

A educação parece estar melhorando em alguns setores como na educação superior. Mas, e a educação básica? Aí está o “X” da questão. Enquanto não melhorarmos a educação básica não teremos avanços significativos. Constato na minha cidade uma situação absurda: há anos não se faz um concurso público ou seletivo e os professores são escolhidos por amizades políticas e até mesmo por relação de parentesco (cadê a lei do nepotismo?). Pessoas sem nenhum conhecimento pedagógico estão em sala de aula, cometendo sérios erros, até mesmo de ortografia, enquanto que outros, melhor preparados não tem vez. Não se leva em conta a o conhecimento e sim a força política na escolha dos funcionários públicos, principalmente na educação. Acredito que o mesmo ocorre em várias cidades do nosso Brasil, um crime para com o futuro do nosso povo.

Precisamos cobrar e fazer valer o papel de cidadania. Precisamos cobrar dos nossos ilustres representantes uma melhoria real na educação, e não uma ficção, uma utopia, pois é isso que vejo.

ANTONIO JOSÉ SALES
Enviado por ANTONIO JOSÉ SALES em 24/09/2010
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