SOS "LÁUREA FREIRE BRUMANA"
A Escola “Prof.ª Láurea Freire Brumana” pede SOS
É muito eloquente o discurso que se ouve por aí em prol da educação, mais persuasivo ainda é dizer que o professor de Marataízes está recebendo Piso Salarial Nacional: MENTIRA!
É muito cômodo insinuar que o desleixo e abandono do CAIC são culpa da diretora da escola que não comunica as necessidades da mesma às entidades competentes: MENTIRA!
É muito fácil atribuir aos professores, coordenadores e pedagogos da Escola a responsabilidade pelos transtornos, acidentes e danos físicos causados aos alunos e, sugerir negligência por parte da instituição: MENTIRA!
É até compreensível que se diga que esta que aqui escreve seja ABUSADA por falar o que pensa, mas é notório que “toda ação gera uma reação”, portanto, quem recebe tratamento abusivo e vê seus alunos sendo tratados de igual modo, deve ter ao menos o direito de protestar!
A título de ilustração, analisem comigo, leitores, principalmente pais dos alunos da Escola Municipal “Professora Láurea Freire Brumana”, os seguintes fatos:
• Há algum tempo, a quadra da escola não pode ser utilizada por nossas crianças por questão de segurança, pois está prestes a desabar;
• Em frente à porta de acesso à escola, justamente onde os alunos eram dispostos em fila para organização da entrada e retorno do recreio, há uma coluna prestes a desabar;
• Ao solicitar que seja feita, na cozinha da escola, uma pipoca para os alunos, a resposta que ouvi foi: “Não há como fazer porque a cozinha está funcionando com número reduzido de cozinheiras, pois foi preciso fazer alguns cortes para reduzir a “FOLHA DE PAGAMENTO”, mas a desculpa para não adequar o salário dos professores ao Piso Nacional é que a folha está excedente;
• O turno vespertino trabalha sem apoio de uma coordenadora, ou seja, não há COORDENADORA DE TURNO na escola no horário da tarde, pois alegam não ser possível contratar alguém para assumir tal função, acredito que seja por conta da fatídica FOLHA DE PAGAMENTO;
• Nossas salas de aula encontravam-se imundas, desde a administração anterior, exatos 5 anos sem uma mão de tinta sequer, enquanto outras escolas do município foram devidamente reformadas, incomodada com a situação, a diretora comprou a tinta e mandou pintar a escola;
• O auditório, pela lógica, deveria fazer parte das dependências da escola, pois o prédio foi construído pela União para atender às crianças da localidade e, como o projeto não foi adiante, foi cedido para instalação da “Escola Láurea Freire Brumana” que funcionava no prédio, hoje, ocupado pela Secretaria de Ação Social, no entanto não temos autonomia para usá-lo, pois a Secretaria de Educação entende que está sob seus cuidados e, sendo assim, para o utilizarmos precisamos agendar com antecedência e, quando ocorre um equívoco por parte da servidora que faz os agendamentos e, por um lapso, cede o espaço para dois eventos ao mesmo tempo, quem tem que ir para o refeitório realizar o que havia sido planejado para acontecer no auditório? OS ALUNOS DO LÁUREA FREIRE!
• Neste mesmo auditório está acontecendo esta semana uma apresentação de teatro para a qual, algumas escolas do município foram “convidadas”, mas a Escola Láurea Freire Brumana” cujas janelas das salas de aula ficam em frente ao referido espaço, não recebeu convite algum! Será que foi porque alguém teve a coragem de supor que nossos alunos não sejam capazes de apreciar uma peça teatral ou será por ter sido COBRADO INGRESSO (apesar da ilegalidade de se cobrar ingresso em espaço público)?
Estes são alguns dos descasos ocorridos naquela escola onde vejo todos os dias, alunos amontoados em um espaço mínimo, presos entre o hall de entrada e o refeitório, pois não podem usufruir da imensa área de recreação com a qual estavam habituados, afinal, de repente, tudo pode desabar!
Esses mesmos alunos acabam provocando, entre si, até sem querer, esbarrões, escoriações e outras situações desagradáveis, com as quais temos que lidar mesmo sem recursos para tal, pois não dispomos de veículos para transportar o aluno em caso de acidente grave.
Neste mesmo cenário, observam de suas salas de aula o evento, no auditório, sendo apresentado para os coleguinhas de outras escolas, mas eles mesmos não podem entrar, afinal, sequer foram convidados, quanto ao pagamento do ingresso, ah, isso aí é um assunto passível de sérias observações!
Está sendo abusada esta professora por tornar pública a situação vergonhosa da escola em que trabalha?
Pois bem, maior abuso ainda cometeu o representante da administração ao autorizar que os computadores doados à escola pelo PROINFO fossem retirados das caixas onde se encontravam lacrados, aguardando adequação do laboratório de informática, para serem utilizados ao seu bel prazer.
A diretora da escola, senhora Denise Barbosa Noyma Vasconcellos fez diversos pedidos para que o problema fosse resolvido, pois as máquinas pertencem à “Escola Láurea Freire Brumana” e devem ser utilizadas, portanto por nossos alunos, não pelos colegas de determinadas Secretarias Municipais, mas até o momento, nenhuma providência foi tomada neste sentido, muito menos, em relação à estrutura física do prédio.
O pretexto é sempre o mesmo: “O prédio pertence à união”. Sabemos perfeitamente, mas isso não impede que sejam realizadas as obras necessárias para sua conservação e, mesmo que assim fosse, é tão difícil ter acesso ao órgão que poderia autorizar a obra? Ou é mais fácil deixar que aconteça uma tragédia cuja notícia chegue à Brasília por intermédio da imprensa para que a União tome ciência da urgência de SOS ao “Láurea Freire Brumana”?