Avaliação, prova e controle
Em plena era tecnológica, onde as pessoas buscam aprender o que têm vontade e lhes interessa, é lastimável ainda atrelarmos o controle ao conhecimento.
O professor precisa entender que não controla nada, e que embora possa parecer detentor do conhecimento e da verdade, pode apenas apontar caminhos, sem saber se serão utilizados. Segundo Herman Hesse, “Nada posso lhe dar que já não exista em você mesmo. Nada posso lhe dar a não ser a chave e um impulso. Não posso abrir-lhe outro mundo além do que há em sua própria alma.”
Já sabemos, através de Perrenoud que as competências são diferentes, e que cada indivíduo “funciona” diferenciadamente. Assim, impor ao aluno o que ele precisa ou não aprender pode apenas significar desinteresse e falta de aprendizagens efetivas.
Apresentar o conteúdo, buscando observar o campo de interesse dos alunos, assim como redirecioná-lo de acordo com a curiosidade é levar em consideração a opinião dos discentes e provocar neles o gosto pela aprendizagem efetiva.
Quanto às provas, ainda existem e são necessárias porque nosso sistema educacional as prioriza em detrimento ao aluno e seu conhecimento. São mais um dos paradigmas de nossa educação formal.
A partir do momento em que a avaliação tornar-se instrumento básico para se repensar o trabalho docente, entendendo como, porque e para que o aluno aprende, as provas tornar-se-ão meras lembranças obsoletas de um antigo sistema educacional.
O aluno que apreendeu o conteúdo e o significou, não tem necessidade de estudar, pois o conteúdo ensinado já faz parte de seu ser. Ele sabe para que o aprendeu e quando e onde deve utilizá-lo.