OS JOVENS PERDIDOS...
É impressionante o quanto os jovens são envolvidos por circunstâncias que muitas vezes acabam lhes fazendo mal porque não sabem que em razão de um simples ato podem 'plantar' algo nocivo que pode causar mal incomensurável às pessoas. Estou falando da constatação que tirei de uma publicação que fiz aqui no site RL com o título "O que é Bullyng?". O artigo visava esclarecer as pessoas para esse perigo oculto que é corriqueiro entre os jovens, já que muitas vezes (por desinformação) eles nem percebem sua existência e acabam se envolvendo em conflitos gratuitamente, por conta de má companhia, ou até em razão do arroubo da idade onde as brincadeiras em muitas vezes ultrapassam os limites do ponderável.
Fiquei perplexo com o resultado do artigo, ante a desinformação que ficou evidente nos jovens que procuraram o artigo. As informações que fiz questão de acrescentar na matéria serviram de alerta aos jovens, pois citei exemplos extremos vindo da remota história estudantil que demonstrou a existência até de suicídios de vítimas do Bullyng. Assim, os jovens que procuraram na internet as informações sobre o assunto, acabaram encontrando meu artigo e o resultado foi que o tema mereceu seguidos comentários por jovens entre 10 a 14 anos que se mostraram interessados no assunto, até porque a questão foi colocada em evidência em diversas escolas e os alunos precisaram pesquisar para entender o assunto. O curioso é que demonstraram ampla desinformação e alguns ficaram surpresos com as consequências que os chamados bullyngs podem gerar numa comunidade estudantil.
O fato é que a educação de hoje exige uma vigilância redobrada pelos pais; não para interferir na vida do filho (a) ou para limitar suas ações como pessoa, mas sim para acompanhar, ou até monitorar a conduta desses jovens de forma que eles estejam convictos do que fazem, já que muitos deles são levados pela 'onda' da juventude e acabam se infiltrando em grupinhos que semeiam a discórdia e anarquia. Muitos deles acabam se envolvendo porque não receberam nenhum preparo para poder discernir entre o certo e o errado. São os filhos que são criados no seio de uma família ocupada. É verdade que todos trabalham e que a vida é 'corrida' e que não dá tempo para determinados diálogos. Entretanto, é mais fácil prevenir do que depois querer remediar. Diante disso, é preciso achar um tempo para atender aos filhos, até para mostrar a eles que estamos interessados nas suas escolhas, pois esse simples gesto demonstra que não estamos com a 'guarda aberta', porque estamos tentando enxergar o que eles estão fazendo. Se observamos algo nobre nossa obrigação é elogiar. Entretanto, se captarmos algo repreensível nossa obrigação é repreender.
Sou contra a ampla liberdade na educação. Entendo que a criança deve ser criada com a noção de responsabilidade, mesmo que seja bem mínima e quase imperceptível, como é o caso de exigirmos que os sapatos sejam colocados no devido lugar. A disciplina é o primeiro marco da responsabilidade. As crianças também devem ter noção básica de trabalho. Aquilo que vem sem labuta demonstra possibilidade de recebimento sem troca. Destarte, não é absurdo de vez por outra, quando um deles dá ordem para a empregada, que venhamos a retrucá-los dizendo que eles próprios podem fazer aquilo que desejam. Ninguém pode mandar sem responsabilidade, posto que o jovem se cria com a noção de superioridade sem medir as consequências da sua determinação.
Hodiernamente o exagero sobre a educação dos filhos é tão grande, que surgiu recentemente a polêmica da regra que vou denominar "Lei da Palmada", que tramita ou tramitou no Parlamento sobre os mais efusivos lamentos dos pais, já que há uma nítida confusão entre educar e ofender fisicamente. O pai que dá uma palmada - em situações extremas - não o faz porque não ama o filho, mas sim porque quer mostrar os limites das coisas. O motorista que dirige um veículo não pode ter o trânsito inteiramente à sua disposição na sua frente, porque existem outros veículos transitando em sentidos opostos, por isso há um sinal vermelho indicando que deve parar e esperar o momento certo para prosseguir. Assim é a educação dos filhos, pois em determinado momento o 'sinal vermelho' deve se acender, pois é necessário que os filhos aprendam que existem outras pessoas que circulam no meio social e que também possuem direitos iguais.
Não seu pedagogo, psicólogo e nem estudioso do assunto, mas sou alguém preocupado com o futuro do nosso Brasil e penso que o nosso amanhã só poderá ser melhor, sem corrupção, sem roubalheiras e sem as odiosas noções do "se dar bem a qualquer custo', quando tivermos consciência que devemos investir na educação dos pequeninos, mostrando-lhes desde a mais tenra idade de que é mais valioso um homem honesto do que alguém desonesto, posto que este último viverá às margens das leis e dos costumes, porque uma pessoa desse jaez - seguramente - jamais terá paz e sossego.