Importância do livro na minha vida
Autora: Mª de Fátima Alves de Carvalho
Na minha vida, o livro esteve presente desde as primeiras lembranças que tenho de mim mesma, pois meu pai, embora não tivesse escolaridade, sabia ler e se encantava com a leitura. E assim, sempre fazia esforços e comprava algum livro, folhetos de cordéis e a bíblia. Lá em casa, a gente lia um livro, um cordel, ou um texto bíblico várias vezes, pois no nosso contexto de vida, ainda não havia energia elétrica, nem a TV. Só tínhamos o rádio e os raros materiais impressos.
Frente a esse singelo modo de viver, eu gostava de ouvir o rádio, assistia nele assiduamente as novelas e muitos programas, porém, era pelos livros que me encantava, mesmo que fossem poucos e amarelados pelo tempo. No meu mundo “O Livro” sempre reinou... E não me importava de ler para alguém ouvir, um texto que eu já havia lido dezenas de vezes, pois naquele meio onde vivíamos, era grande o número de analfabetos, porque lá não havia escolas, e quem quisesse estudar tinha que ter muita coragem para enfrentar os mais diversos obstáculos, como, andar vários km a pé, passar o rio a nado, porque não tinha ponte, enfim, vencer tudo que nos impedia para chegar até a escola que ficava na pequena cidade. E só assim, era possível estudar...
Mas diante de tudo o que estou a contar, nenhuma dificuldade me impediu de gostar dos livros, pois ao chegar na escola, meu mundo se expandia, lá eu podia ler toda a biblioteca, que era pequena e desatualizada, mas para mim, ela era simplesmente sedutora e encantadora. E eu lia incessantemente, tudo que lá chegasse, e se não tivesse novidade, eu lia novamente o que já havia lido. Lia! Lia! Lia! E cada vez mais eu liberava energias para minhas asas terem forças e me fazer voar bem longe. E assim,de mãos dadas com os livros, terminei o ensino médio e logo cheguei a faculdade. Lugar onde me deparei com os textos acadêmicos, as vezes chatos e obrigatórios, mas as vezes encantadores. Muitos livros li por obrigação, mas li, sempre lia... destes não me lembro, porém aqueles que me fascinaram, em mim deixaram sua essência e só por isso, não morri enquanto leitora, pois ler o que não se quer ler é doloroso, porém necessário.
Antes mesmo de entrar na faculdade, ( um anos antes) Eu havia passado num concurso estadual para professora polivalente,( magistério) e os livros, companheiros inseparáveis, a cada dia me apareciam para serem meus suportes teóricos da minha pratica. E em toda a minha trajetória de vida, eles ocuparam e até hoje ocupam destaque central no espaço onde atuo, pois gosto de ler, declamar poesias e de contar histórias para meus alunos, e assim, motivá-los para conhecerem o mundo mágico da leitura. Porém, nesses últimos anos, depois que aprendi a interagir com a internet, tenho lido menos os livros impressos, pois faço uso das bibliotecas virtuais, ou pesquiso através do Google os temas que desejo estudar. E quanto a escrita também, deixei de escrever mais nos meus cadernos, pois tenho meu próprio site, meu blog e ainda outros espaços onde entro assiduamente para escrever. E a cada dia, sinto-me seduzida mais e mais, pelo mundo das palavras, seja, escrita, falada ou desenhada...
Com essa minha nova forma de interação com a leitura e a escrita, não estou querendo dizer que deixei de lado os livros, eles sempre haverão de me encantar, mas apenas ressalto que as bibliotecas virtuais são ricas e atualizadas, e como sei usá-las, busco nelas tudo que procuro para ampliar meu repertório de saberes. Mas lá na escola,o que reina na minha prática, ainda é o material impresso, porque nos falta a preparação mínima para também, se fazer uso dos recursos digitais e virtuais juntamente com os alunos.
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Natal, 25.07.2010
Autora: Mª de Fátima Alves de Carvalho
Na minha vida, o livro esteve presente desde as primeiras lembranças que tenho de mim mesma, pois meu pai, embora não tivesse escolaridade, sabia ler e se encantava com a leitura. E assim, sempre fazia esforços e comprava algum livro, folhetos de cordéis e a bíblia. Lá em casa, a gente lia um livro, um cordel, ou um texto bíblico várias vezes, pois no nosso contexto de vida, ainda não havia energia elétrica, nem a TV. Só tínhamos o rádio e os raros materiais impressos.
Frente a esse singelo modo de viver, eu gostava de ouvir o rádio, assistia nele assiduamente as novelas e muitos programas, porém, era pelos livros que me encantava, mesmo que fossem poucos e amarelados pelo tempo. No meu mundo “O Livro” sempre reinou... E não me importava de ler para alguém ouvir, um texto que eu já havia lido dezenas de vezes, pois naquele meio onde vivíamos, era grande o número de analfabetos, porque lá não havia escolas, e quem quisesse estudar tinha que ter muita coragem para enfrentar os mais diversos obstáculos, como, andar vários km a pé, passar o rio a nado, porque não tinha ponte, enfim, vencer tudo que nos impedia para chegar até a escola que ficava na pequena cidade. E só assim, era possível estudar...
Mas diante de tudo o que estou a contar, nenhuma dificuldade me impediu de gostar dos livros, pois ao chegar na escola, meu mundo se expandia, lá eu podia ler toda a biblioteca, que era pequena e desatualizada, mas para mim, ela era simplesmente sedutora e encantadora. E eu lia incessantemente, tudo que lá chegasse, e se não tivesse novidade, eu lia novamente o que já havia lido. Lia! Lia! Lia! E cada vez mais eu liberava energias para minhas asas terem forças e me fazer voar bem longe. E assim,de mãos dadas com os livros, terminei o ensino médio e logo cheguei a faculdade. Lugar onde me deparei com os textos acadêmicos, as vezes chatos e obrigatórios, mas as vezes encantadores. Muitos livros li por obrigação, mas li, sempre lia... destes não me lembro, porém aqueles que me fascinaram, em mim deixaram sua essência e só por isso, não morri enquanto leitora, pois ler o que não se quer ler é doloroso, porém necessário.
Antes mesmo de entrar na faculdade, ( um anos antes) Eu havia passado num concurso estadual para professora polivalente,( magistério) e os livros, companheiros inseparáveis, a cada dia me apareciam para serem meus suportes teóricos da minha pratica. E em toda a minha trajetória de vida, eles ocuparam e até hoje ocupam destaque central no espaço onde atuo, pois gosto de ler, declamar poesias e de contar histórias para meus alunos, e assim, motivá-los para conhecerem o mundo mágico da leitura. Porém, nesses últimos anos, depois que aprendi a interagir com a internet, tenho lido menos os livros impressos, pois faço uso das bibliotecas virtuais, ou pesquiso através do Google os temas que desejo estudar. E quanto a escrita também, deixei de escrever mais nos meus cadernos, pois tenho meu próprio site, meu blog e ainda outros espaços onde entro assiduamente para escrever. E a cada dia, sinto-me seduzida mais e mais, pelo mundo das palavras, seja, escrita, falada ou desenhada...
Com essa minha nova forma de interação com a leitura e a escrita, não estou querendo dizer que deixei de lado os livros, eles sempre haverão de me encantar, mas apenas ressalto que as bibliotecas virtuais são ricas e atualizadas, e como sei usá-las, busco nelas tudo que procuro para ampliar meu repertório de saberes. Mas lá na escola,o que reina na minha prática, ainda é o material impresso, porque nos falta a preparação mínima para também, se fazer uso dos recursos digitais e virtuais juntamente com os alunos.
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Natal, 25.07.2010