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A MELECA DA VENTA DO TÉCNICO DA ALEMANHA.

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A MELECA DA VENTA DO TÉCNICO DA ALEMANHA.

O Técnico da seleção de futebol da ALEMANHA foi flagrado retirando uma meleca do seu nariz. Depois de retirar, amassou, fez bolinha e colocou na boa. A imprensa viu, filmou, publicou e "bum", o mundo inteiro ficou sabendo daquele ato "nojento". A reportagem contextualizou em função de que ele, bonitão (os machões dizem "presença", "boa pinta") teria surpreendido as mulheres com seu charme - elas suspiravam fundo diante de sua beleza e elegância.
Naturalmente que não é nenhum espetáculo de estética, mas o fim do mundo não é. Talvez seja um caso de entender tudo na lógica do tempo e do local. Ou, se quiserem, na ótica da educação doméstica em seu melhor estilo. No sentido geral dos processos educacionais, há controvérsias, mas neste, bem que pode ser aplicado. Prefiro o entendimento de que tirar meleca, “catota” (na minha terra falam assim) todos fazem. Isto segue um pouco na trilha do “peido” (pum) que, nalguns casos dependem mais de quem os dá do que de quem o aspira. Se uma famosidade dá um peido estereofônico, há quem veja nisto excentricidade! Os argumentos poderiam ser aqueles que defendem esse pum em função de que "podem dar um nó nas tripas" e a pessoa morre. Mas quando o “peidador” é uma pessoa simples, logo a retórica muda: "vai cagar no banheiro"! Contudo, peidar no próprio banheiro causa olhares alhures, senão peidem pra ver. Logo a gente fica sem entender a melhor forma, embora a gente compreenda que uma bufa (outro termo concorrente do pum) parece só ser boa pra quem é o dono dela. Falso moralismo? Talvez, considerando que ninguém foge do pum, haja vista ser orgânico e fisiológico. Contudo, mesmo os mais "treinados" às vezes são traídos em suas práticas. E agora? Será que a “sabidona”da Danuza Leão não teria umas dicas para nos dar? Ela fala muito bem dos palitos de dentes! Quero dizer, contra eles, mas eu nunca vi, mesmo nos restaurantes chamados requintados, os danadinhos não aparecerem! Eu, particularmente, não os dispenso. Nem vou ao banheiro palitar.  Mas peidar, bufar, tirar meleca, escarrar, espirrar, não sei se devo. Melhor: sei. Não espirro nem escarro na frente de ninguém porque transmitem doenças e, sempre que posso, controlo meus puns, principalmente os estereofônicos. Os silenciosos às vezes nos traem, então temos que apelar para o "olhar de paisagem"...
O mundo da etiqueta tem lá suas regras e muitos as chamam de frescuras. Não concordo, mas algumas delas são sim! Palitar os dentes, nem no banheiro e com a luz apagada, eis uma frescura. Certamente que do ponto de vista odontológico é condenável. Mas é igualmente condenável o uso dos cotonetes pelos otorrinolaringologistas e, mesmo assim, não se pode pensar em limpar ouvidos sem uso deles. Evidente que os exageros perfuram os tímpanos e vão render consultas médicas e remédios caros, mas esta parte é de cada um. Entendendo que eu possa estar equivocado no geral, mas no particular eu estou tranqüilo. Tenho consciência dos males que tanto o cotonete quanto o palito podem trazer. Assumo e pronto. Se alguém que me vir com esta prática condenar, o problema deixou de seu meu.
Retornando a meleca do técnico, eu vi a matéria e dei boas gargalhadas. Exatamente em função do que eu sabia que proporcionariam especialmente aos pudicos, àqueles para quem a educação se confunde com adestramento. A diferença é que todos tiram meleca da venta, mas poucos têm a oportunidade de serem filmados para o mundo.
Vi, quando residia em Brasília, em pela Esplanada dos Ministérios, várias madames e altos executivos se lambrecando com suas melecas. Eles apenas achavam que estavam protegidos pelos vidros fumês dos seus carrões, mas eram traídos por eles que nem sempre estavam fechados. Na mesma linha, sei de muita gente que vai peidar debaixo dos cobertores e ficar cheirando sozinho, tomando porre de gás fétido, egoísticamente. Quando é um pobre que faça isto, talvez seja mesmo nojento? Quando é um rico, excentricidade? 
Não podemos ignorar a natureza das coisas tipo: um cabelinho em nossa boca na hora do amor, a gente tira com muito charme. Mas um cabelinho na macarronada a gente se arreta e pode até vomitar. Cada coisa em seu tempo e cada tempo tem seu tempero e cada tempero depende da pitada do usuário.
Desde que o mundo é mundo que deve ser assim. Afinal, somos frágeis em nossa compleição física e fisiológica e, se não deglutimos flores, não podemos peitar perfume. O filtro do nosso pulmão passa pelas nossas narinas. Elas precisam ser limpas porque os resíduos retidos se convertem na nossa "MELECA", "CATOTA". Neste caso, cada um faz a "faxina" do seu jeito. Só que esse jeito não é igual pra todos. Pra todos deve ser a noção de higiene, mas a gente também não deve assassinar o semelhante, mas o fazemos. Então, cada um que se vire omo pode, mas não deve desconhecer suas fragilidades e limites. O pior de tudo isto é que a natureza humana é julgadora, o que leva muitos a se sentirem superiores aos demais, inclusive parecendo que não peidam, nem tiram leleca da venta.
A ALEMANHA não jogou com o Brasil, cujo técnico tirou meleca da venta, pois estavam em grupos diferentes. A nossa, perdeu feio, mesmo com nosso técnico meio almofadinha, trombudo e metido a moralista.
Mal chegou ao Brasil, no amargro regresso, a CBF lhe dava o cartão vermelho via internet - gesto pobre e desprovido de respeito, pois essa demissão não tem sentido no calor da derrota.