ATIVIDADES FÍSICAS ATUAM EM NÍVEL MOLECULAR
ATIVIDADES FÍSICAS ATUAM EM NÍVEL MOLECULAR
William Pereira da Silva
Estudos recentes afirmam que as atividades físicas são muito mais importantes do que se imaginava para o funcionamento do nosso organismo, segundo Raquel Costa em seu artigo publicado no Portal educação Física, Notícias, 21/06/2010, caderno Fisiologia, relata que a ciência descobriu que a atividade física atua em nível molecular, interfere na produção de mais de 20 substâncias importantes para o metabolismo e protege o DNA.
Dentre as estruturas estudadas temos os Telômeros, metabólitos e íons cálcio que foram mapeados seus efeitos moleculares nos exercícios físicos. Os Telômeros são estruturas de DNA que formam as extremidades dos cromossomos, a redução do telômero é um indicativo de envelhecimento da célula, a ação da atividade física inibem a ação do envelhecimento destas células. Os Metabólitos são substâncias produzidas pelo organismo durante o metabolismo dos alimentos ingeridos e pelos exercícios físicos vinte metabólitos tem sua síntese modificada. A intensidade na transformação dessas substancias, incluindo o consumo de gordura, é maior em quem é mais atlético. ÍON CÁLCIO - O cálcio é o quinto elemento mais abundante no organismo, os íons de cálcio da célula cardíaca estão abrigados dentro das células do músculo. Por meio da sua movimentação, determinam a contração do coração e ao se exercitar fisicamente proporcionam uma melhor circulação intracelular dos íons. Isso garante mais eficiência na contração das células do músculo cardíaco. Já a Mitrocôndia é responsável pela respiração celular, processo que transforma os elementos químicos presente no organismo em energia, que é armazenada sob a forma de ATP (trifosfato de adenosina), quando realizamos exercícios aeróbico eles agem sobre a mitrocôndia melhorando a síntese da ATP, usado pelo organismo sempre que um músculo é posto em ação. Quanto mais eficiente for esse processo, melhor é o rendimento físico.
As pesquisas foram realizadas por pesquisadores do Massachusetts General Hospital (EUA) e um dos autores da pesquisa foi o médico Robert Gerszten que afirmou: "A partir dos resultados, podemos ajudar na melhoria do desempenho e na redução de riscos de diabetes por meio de intervenções, pelos exercícios, sobre o metabolismo do paciente"
No Brasil a Universidade de São Paulo, a pesquisadora Patrícia Brum investiga como a prática esportiva ajuda no tratamento da insuficiência cardíaca (incapacidade de o coração bombear sangue para o corpo). "Acreditava-se que o paciente não podia ter um gasto energético maior, já que seu coração bombeava mal", lembra Patrícia. "Por isso os exercícios eram proscritos." O mito caiu depois que se descobriu o papel dos íons cálcio na célula cardíaca e o modo como se alteram mediante a atividade física. "Esses íons são um dos responsáveis pela contração da célula cardíaca e, quando estimulados por exercícios, trabalham melhor", diz.