Assuma a sua negritude!SEMINÁRIO "Afrodescendentes e o Censo 2010 - A educação contribuindo para a autoidentificação.
Socializo com os amigos e amigas , artigo publicado no site da Secretaria estadual de educação http://www.educacao.al.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/ por ocasião do lançamento, na rede estadual de ensino de Alagoas, do Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana.
O plano é o documento pedagógico que deve orientar e balizar os sistemas de ensino e as instituições educacionais na implementação das Leis 10639/2003 e 11645/2008 e coube a mim apresentá-lo para o conjunto dos educadores e representantes de instituições que lá estiveram.
Com o objetivo de acelerar o processo de institucionalização das leis nos sistemas de ensino, detalhando os papéis de pessoas e instituições envolvidas na implementação das mesmas, o Plano é a possibilidade concreta de atuação qualificada tanto para os profissionais envolvidos, quanto para as instituições.
Para além do plano, Alagoas tem o desafio de ampliar o campo de atuação da implementação da lei 10639/2003 para além dos Espaços Educativos não convencionais de ensino a exemplo dos assentamentos, dos acampamentos, do Sistema Prisional, dos espaços de atendimento às pessoas com deficiência. O desafio também está na articulação interinstitucional, promovendo ações que garantam a Intersetorialidade com a Saúde, a Assistência Social, o Trabalho, entre outros.
Outro destaque do seminário foi o lançamento da campanha Assuma a sua negritude! Uma iniciativa da COJIRA e da Ong AnaJô, reafirmando que cada morador deste estado deve assumir sua negritude. Se auto declarar negro ou negra no censo 2010 que se inicia em agosto é contribuir sobremaneira para desmascarar a invisibilidade e o silenciamento imposto ao povo negro, continuadamente alijado das políticas públicas que lhes garantem o usufruto de uma cidadania plena.
A campanha vai se intensificar esperando que as pessoas tomem consciência da questão por meio de documentários televisivos e campanhas publicitárias incentivando que façam sua autodeclaração em relação à cor, etnia, religião e opção sexual.
Abaixo, um pouco da compreensão do momento e o link que registra, ao meu olhar o que aconteceu por lá. Destaque especial para a dança do bailarino Edu Passos, que nos encantou com sua performance. Edu é um dos ganhadores do 1° Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afrobrasileiras com o projeto Dança Afrobrasileiras nas Escolas.
O link
http://picasaweb.google.com.br/112000947846193997776/AfrodescendentesEOCenso2010#
EDUCAÇÃO, ETNIA E ÉTICA
Alexandre Cavalcante
A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE) recebeu hoje, quinta-feira (9), entidades comprometidas com questões sobre diversidade étnica. Segundo Irani Neves, gestora de educação racial da SEE, o Plano para Educação Étnico Racial não é novo, apenas trata de pôr em prática a lei de 2003. “O ensino de história e cultura afro-brasileira e africana e a garantia de alunos negros em Alagoas é prioridade na Educação em Alagoas”, afirmou o secretário Rogério Teófilo à gerente Irani Neves. “A celeridade do cumprimento da lei é a chave para seu perfeito funcionamento”, explicou o secretario.
Ainda segundo a gerente Irani Neves, é necessário que a lei 10.639/03 seja de fato cumprida, pois é clara: A lei institui diretrizes curriculares nacionais para a Educação dos afrodescendentes. “É necessário que nossas políticas educacionais contenham formações, avaliações, materiais didático e financiamento para pesquisas”, acrescentou Irani.
A socióloga Nanci Helena Rebouças, professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), fez questão de enfatizar que é lento o processo de desconstrução da arcaica idéia de um Brasil branco. Segundo a doutora Helena Rebouças, existe pouco conhecimento sobre as origens brasileiras. “Nossa matriz africana cumpriu e cumpre papel de resistência de forma pacífica e inteligente durante há séculos, no entanto, ainda somos relacionados a uma imagem negativa. Já fui testemunha de preconceito explícito em escolas”, afirmou.
“O preconceito existe quando se alimenta um contexto de instituições preconceituosas”, afirmou a gerente de programa regional de gênero, raça, etnia e pobreza do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), Brasil e Cone Sul, Ana Carolina Querino. “Uma ideologia que exclui cidadãos é que precisa ser excluída e mais, toda omissão caracteriza crime. A reprodução da imagem do negro como raça inferior é estúpido”, garantiu a cientista social, Carolina Querino.
A coordenadora da União dos Conselhos Municipais de Educação, Edna Lopes, declarou que a marca da sociedade brasileira é sua pluralidade racial e que isto deve ser trabalhado nas escolas. Segundo a coordenadora, é necessário materializar o plano de inclusão étnico-racial na Educação.
A representante da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Sindicato dos Jornalistas Alagoanos (Cojira/Sindjornal-AL), Waldice Gomes, também presidente da entidade sindical, falou sobre a importância do acompanhamento dos debates e das ações sobre a questão do negro. “O assunto é pauta contínua no Brasil e no mundo, esta etnia é sinônimo de participação, arte e força. Não devemos deixar que pareça o contrário”, disse a representante da Cojira/AL.
Socializo com os amigos e amigas , artigo publicado no site da Secretaria estadual de educação http://www.educacao.al.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/ por ocasião do lançamento, na rede estadual de ensino de Alagoas, do Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana.
O plano é o documento pedagógico que deve orientar e balizar os sistemas de ensino e as instituições educacionais na implementação das Leis 10639/2003 e 11645/2008 e coube a mim apresentá-lo para o conjunto dos educadores e representantes de instituições que lá estiveram.
Com o objetivo de acelerar o processo de institucionalização das leis nos sistemas de ensino, detalhando os papéis de pessoas e instituições envolvidas na implementação das mesmas, o Plano é a possibilidade concreta de atuação qualificada tanto para os profissionais envolvidos, quanto para as instituições.
Para além do plano, Alagoas tem o desafio de ampliar o campo de atuação da implementação da lei 10639/2003 para além dos Espaços Educativos não convencionais de ensino a exemplo dos assentamentos, dos acampamentos, do Sistema Prisional, dos espaços de atendimento às pessoas com deficiência. O desafio também está na articulação interinstitucional, promovendo ações que garantam a Intersetorialidade com a Saúde, a Assistência Social, o Trabalho, entre outros.
Outro destaque do seminário foi o lançamento da campanha Assuma a sua negritude! Uma iniciativa da COJIRA e da Ong AnaJô, reafirmando que cada morador deste estado deve assumir sua negritude. Se auto declarar negro ou negra no censo 2010 que se inicia em agosto é contribuir sobremaneira para desmascarar a invisibilidade e o silenciamento imposto ao povo negro, continuadamente alijado das políticas públicas que lhes garantem o usufruto de uma cidadania plena.
A campanha vai se intensificar esperando que as pessoas tomem consciência da questão por meio de documentários televisivos e campanhas publicitárias incentivando que façam sua autodeclaração em relação à cor, etnia, religião e opção sexual.
Abaixo, um pouco da compreensão do momento e o link que registra, ao meu olhar o que aconteceu por lá. Destaque especial para a dança do bailarino Edu Passos, que nos encantou com sua performance. Edu é um dos ganhadores do 1° Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afrobrasileiras com o projeto Dança Afrobrasileiras nas Escolas.
O link
http://picasaweb.google.com.br/112000947846193997776/AfrodescendentesEOCenso2010#
EDUCAÇÃO, ETNIA E ÉTICA
Alexandre Cavalcante
A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE) recebeu hoje, quinta-feira (9), entidades comprometidas com questões sobre diversidade étnica. Segundo Irani Neves, gestora de educação racial da SEE, o Plano para Educação Étnico Racial não é novo, apenas trata de pôr em prática a lei de 2003. “O ensino de história e cultura afro-brasileira e africana e a garantia de alunos negros em Alagoas é prioridade na Educação em Alagoas”, afirmou o secretário Rogério Teófilo à gerente Irani Neves. “A celeridade do cumprimento da lei é a chave para seu perfeito funcionamento”, explicou o secretario.
Ainda segundo a gerente Irani Neves, é necessário que a lei 10.639/03 seja de fato cumprida, pois é clara: A lei institui diretrizes curriculares nacionais para a Educação dos afrodescendentes. “É necessário que nossas políticas educacionais contenham formações, avaliações, materiais didático e financiamento para pesquisas”, acrescentou Irani.
A socióloga Nanci Helena Rebouças, professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), fez questão de enfatizar que é lento o processo de desconstrução da arcaica idéia de um Brasil branco. Segundo a doutora Helena Rebouças, existe pouco conhecimento sobre as origens brasileiras. “Nossa matriz africana cumpriu e cumpre papel de resistência de forma pacífica e inteligente durante há séculos, no entanto, ainda somos relacionados a uma imagem negativa. Já fui testemunha de preconceito explícito em escolas”, afirmou.
“O preconceito existe quando se alimenta um contexto de instituições preconceituosas”, afirmou a gerente de programa regional de gênero, raça, etnia e pobreza do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), Brasil e Cone Sul, Ana Carolina Querino. “Uma ideologia que exclui cidadãos é que precisa ser excluída e mais, toda omissão caracteriza crime. A reprodução da imagem do negro como raça inferior é estúpido”, garantiu a cientista social, Carolina Querino.
A coordenadora da União dos Conselhos Municipais de Educação, Edna Lopes, declarou que a marca da sociedade brasileira é sua pluralidade racial e que isto deve ser trabalhado nas escolas. Segundo a coordenadora, é necessário materializar o plano de inclusão étnico-racial na Educação.
A representante da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Sindicato dos Jornalistas Alagoanos (Cojira/Sindjornal-AL), Waldice Gomes, também presidente da entidade sindical, falou sobre a importância do acompanhamento dos debates e das ações sobre a questão do negro. “O assunto é pauta contínua no Brasil e no mundo, esta etnia é sinônimo de participação, arte e força. Não devemos deixar que pareça o contrário”, disse a representante da Cojira/AL.