VI ENCONTRO REGIONAL DE EDUCAÇÃOFÍSICA E DESPORTO ESCOLAR 2010
VI ENCONTRO REGIONAL DE EDUCAÇÃOFÍSICA E DESPORTO ESCOLAR 2010
William Pereira da Silva
Participei do VI ENCONTRO REGIONAL DE EDUCAÇÃOFÍSICA E DESPORTO ESCOLAR 2010 na cidade de Mossoró, no SESI, promovido pela Secretaria de Estado da Educação e da Cultura – SEEC e Coordenadoria de Desporto – CODESP, coordenado pela 12ª Diretoria Regional de Educação da Cultura e dos Desportos – DIRED, tendo como coordenadoras local Francione Vieira e Rosilene Miguel.
Foram quatro dias de aulas expositivas e oficinas de voleibol indoor, professora Francileide C. da Costa. Dança professora Regineide Mª de S. Silva. Handebol, professor Roberto Souza e ainda como palestrante na abertura, Professor Luiz Marcos Fernandes Peixoto com o tema Planejamento Estratégico e Avaliação para Educação Física e Desporto Escolar.
O VI ENCONTRO REGIONAL DE EDUCAÇÃOFÍSICA E DESPORTO ESCOLAR 2010 deixou muito a desejar, mais uma vez, em relação aos temas desenvolvidos durante o evento. Parabenizo a todos os professores que ministraram as oficinas pelo seu bom desempenho naquilo que foi proposto, mas que não eram essas atividades desenvolvidas de handebol, voleibol e dança que deveriam ter acontecido pela magnitude do Fórum. Creio que existem temas mais relevantes e importantes para se debater num encontro que tinha 147 professores de Educação Física de Mossoró e região e que durou quatro dias. Muitos assuntos que afligem a classe de professores são esquecidos e têm-se a impressão de que há um a intenção de abordar temas que fujam da nossa verdadeira realidade. O que foi desenvolvido durante os quatro dias pareceu uma volta a Universidade onde aprendíamos o básico das modalidades esportivas e das disciplinas estudadas, foram ministradas aulas tão comuns neste evento que parecia estarmos numa revisão de conteúdos, assuntos que para quem tem trinta anos ensinando de Educação Física não significam nada.
Os encontros de Educação Física tem valido para rever velhos companheiros de Universidade, fazer novas amizades, confraternizarmos, mas nunca para debater assuntos relevantes a nossa profissão de professor e profissional de Educação física.
Na abertura o professor Luiz Marcos foi infeliz no seu discurso em enfatizar um tema irrelevante que podemos aprender numa leitura qualquer referente a avaliação e ao planejamento em Educação Física, o mesmo com seu sarcasmo parecia querer irritar aos participantes com deboches e insinuações que nós somos pessoas desinteressada e desligadas em determinados assuntos, que não temos capacidade de mudança, de inovação, permaneci alguns momentos no auditório, mas tive de sair por não suportar tamanha balela proferida pelo mesmo, e quando ele se referiu que nós professores de Educação Física temos autonomia em nossa atuação nas escolas a platéia em peso reagiu fazendo-o mudar de assunto rapidamente, sabe ele que nós sabemos que a Coordenadoria de Desporto impõe e determina nossas cargas horárias dividindo em aulas de educação física e modalidades esportivas, não temos autonomia de atuar somente em modalidades esportivas, existem critérios fictícios que a coordenadoria alega em não podermos agir desta forma. Nas escolas particulares qualquer professor pode atuar somente com modalidade s esportivas em toda sua carga horária e creio que nas escolas estadual quem deveriam tomas essa decisão seriam os diretores juntamente com os professores que conhecem a realidade de cada setor e sabem das necessidades reais da Educação Física Escolar. Não temos nenhuma orientação concreta baseada em lei das determinações da CODESP, é tudo imposto na dúvida e na camaradagem de poucos privilegiados, nossa autonomia é jogada na lata do lixo, somos tratados como crianças e subordinados de nível inferior.
Sugiro aos idealizadores dos Encontros de Educação Física que tragam temas mais importantes para a categoria assim como; debates sobre a eficácia dos Conselhos Federal e Regionais de Educação Física, CONFEF/CREF; o que é MNCREF; a interferências dos Conselhos de educação Física nas escolas e nossa relação com os Conselhos federal e estadual de Educação; a inserção do professor no mercado de trabalho; a Educação Física na Internet, Portais de Educação Física, site e blogs, como criar um blog com conteúdos de Educação física; modalidades esportivas atuais e sua implementação nas escolas; mudanças nas nomenclaturas do professor como educador físico, profissional de educação física, monitor físico, agente de esporte e lazer; criação de agentes e monitores de educação física sem nenhum critério por alguns Estados brasileiro; novas tendências na área de Educação física, fitness, pilates; autonomia dos professores nas escolas; defasagem salarial; violência nas escolas; e centenas de outra temas relevantes a nossa profissão.
Um destaque que percebi de alguns professores que ministraram as oficinas no encontro foi o enfoque para nós professores procurarmos inovar, realizar mudanças na nossa forma de ensinar, de atuar nas escolas, mas não entende eles que quem deve mudar é a maneira como o Governo trata a educação e a nós professores, as mudanças mais significativas que acontecem em qualquer realidade deve vir dos poderes constituídos, dos governantes que tem o poder de realizá-las.