RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO: DESAFIOS E PERSPECTIVAS ATUAIS PARA O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO
RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO: DESAFIOS E PERSPECTIVAS ATUAIS PARA O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO
Railson de Jesus Souza
Especialização em Docência do Ensino Superior
Orientador: Profº M. Sc. Claudomi Lisboa2
RESUMO
O presente artigo apresenta uma discussão sobre o relacionamento interpessoal entre os profissionais de educação, como também mostra a importância desse mecanismo como ferramenta primordial para o sucesso do docente. Ainda apresenta uma analise sobre a importância das relações humanas no desenvolvimento do trabalho do professor frente às novas convergências e as dificuldades decorrentes da ausência do relacionamento.
PALAVRAS - CHAVE: Escola. Profissional. Relacionamento. Sociedade. Trabalho.
ABSTRACT
The present article presents a quarrel on the interpersonal relationship enters the education professionals, as well as shows the importance of this mechanism as primordial tool for the success of the professor. Still presented one it analyzes on the importance of the relations human beings in the development of the work of the professor front to the new convergences and the decurrent difficulties of the absence of the relationship.
KEYWORDS: School, Hierarch Professional, Relationship, Society, Work
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo tem por finalidade apresentar um estudo sobre a questão do relacionamento entre os profissionais de educação, pois diante das inovações o professor assume uma grande responsabilidade frente à sociedade, agora o professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento através da absorção de informações, mas também pelo processo de construção da cidadania do aluno. Para que isto ocorra, é necessária a conscientização do professor de que seu papel é de facilitador de aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando compreender, numa relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar levá-los à autorrealização.
Por essa razão tem-se a finalidade de analisar a importância das relações humanas para o desenvolvimento do professor frente às novas tendências. Dando ênfase a questão do relacionamento entre os profissionais de educação. Do ponto de vista das inovações é fundamental a construção de novas pontes de relacionamento, pois com a ausência da mesma tem gerado não apenas o distanciamento entre as gerações, como também o esfriamento nas relações humanas.
Segundo Umberto Eco, a sociedade atual não é mais como uma praça onde os indivíduos se encontravam para comerciar, para trocar idéias, relacionarem, informarem e compartilhar experiências. A sociedade hoje é como uma avenida, onde os cidadãos transitam uns pelos outros sem se verem ou se falarem, apenas observam às vitrines.
Outrossim, o relacionamento é um mecanismo que proporciona ao sujeito a troca de idéias e informações em geral, ou seja, permite que o indivíduo envolva-se socialmente e fique envolto aos acontecimentos, dessa maneira é indispensável o relacionamento entre os cidadãos principalmente entre os profissionais de modo geral com evidência nos da educação, já que são os responsáveis em informar à sociedade sobre as inovações e conquistas.
Neste sentido, é primordial que o relacionamento entre diretor/professor/aluno seja movido por interesses e intenções, sendo esta interação o expoente das consequências, pois a educação é uma das fontes mais importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores nos membros da espécie humana.
Então, frente a essa temática, e tendo em vista os avanços significativos da sociedade e em vários setores dentre eles está inserido o sistema educacional, em que o professor passa a assumir um papel de suma importância, pois agora ele não deve apenas preocupar-se com o conhecimento através da absorção de informações, mas também pelo processo de construção da cidadania do aluno.
Com isso, trazermos a para o seio da discussão a seguinte temática: RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO: DESAFIOS E PERSPECTIVAS ATUAIS PARA O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO. Tendo como pretensão dá destaque a relação interpessoal, pois a relação entre professor e aluno depende do clima estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu conhecimento e o deles.
As relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na realização comportamental e profissional de um indivíduo. Além disso, a análise dos relacionamentos entre professor/aluno envolve interesses e intenções, sendo esta interação o expoente dos resultados, pois a educação é uma das fontes mais importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores nos membros da espécie humana.
Com isso, a interação estabelecida caracteriza-se pela seleção de conteúdos, organização, sistematização didática para facilitar o aprendizado dos alunos e exposição onde o professor demonstrará seus conteúdos.
Dento em vista a possibilidade de apresentar métodos para facilitar o progresso do professor acreditamos que este trabalho apresentará sugestões que com certeza contribuirão para o que profissional adquira estratégias para enfrentar às novas tendências. Em síntese, o profissional independentemente do ramo que atua tem que ser disciplinado e saber relacionar-se consigo mesmo e com os outros. Assim como afirma Pierre Lévy, “cada vez que um ser humano organiza ou reorganiza sua relação consigo mesmo, com seus semelhantes, com as coisas, com os signos, com o cosmo, ele se envolve em uma atividade de conhecimento, de aprendizado”. (LÉVY, 2003, p.121)
Com o exposto, reafirmamos que esta pesquisa será de grande importância, extremamente de caráter bibliográfica com o objetivo de elencar a importância da relação interpessoal no ambiente de trabalho, especificamente entre os profissionais de educação. Tendo em vista que a escola assim como outra instituição é uma empresa, e para o bom funcionamento é necessário que haja um intercâmbio entre os profissionais, e assim permitir que as atividades sejam realizadas com êxito.
Para isso, os instrumentos utilizados serão leituras reflexivas de livros, artigos revista e consulta a internet, com o intuito de fundamentar as causas que irão ser apresentadas no desenrolar do artigo.
2. O HOMEM: SER NÃO INDIVUDALIZADO
Desde sua origem o homem procurou viver em grupo, e paralelamente a desenvolver suas habilidades, por exemplo, aprendeu a plantar e a colher no período Neolítico, ou nova Idade da Pedra. A descoberta do ciclo das colheitas fez com que a vida do homem mudasse bastante o seu comportamento.
Assim com a familiaridade com a agricultura fez com que ele abandonasse a vida nômade e se tornasse sedentário, domesticou animais e começou a criar rebanhos de cabras, carneiros, bois e cavalos. Por causa disso, já não dependia tanto da caça, da pesca e da coleta de frutos.
Outro fator muito importante que contribui para diferenciar esses homens é que eles começaram a viver em grupos. Foi assim que surgiram as primeiras tribos. Podemos ver, então, que o homem do Neolítico, além de se tornar sedentário, começou a viver em sociedade, junto com outros homens.
No período Neolítico, as relações familiares foram se tornando cada vez mais complexas ao mesmo tempo em que se desenvolvia a noção de propriedade. Os homens deixaram de viver em cavernas e passaram a construir suas próprias habitações – palafitas, cabanas de madeira, de barro, ou, ainda, tendas de couro. (Vicentino, 1997, p. 15)
Esse fato evidencia que o homem é desde sua existência um ser social, ou seja, vive em grupos, os quais por sua vez, constituem as comunidades. De acordo com Chiavento (1989, p. 18) “[...] é difícil separar as pessoas das organizações, e vice-versa [...]” As organizações fazem-se presentes na sociedade e na singularidade de cada pessoa; estão na escola, no trabalho, na igreja e na vida social, tendo em vista que o homem depende diretamente ou indiretamente delas.
Esse grupo de origem a “sociedade” que constitui em é um grupo de indivíduos que compõem um sistema semiaberto, no qual a maior parte das interações é feita com outros indivíduos pertencentes ao mesmo grupo, pode ser entendida ainda como uma rede de relacionamentos entre pessoas. Uma sociedade é uma comunidade interdependente. O significado geral de sociedade refere-se simplesmente a um grupo de pessoas vivendo juntas numa comunidade organizada.
Então dessa forma entende-se que viver é algo que os seres humanos fazem juntos, e jamais sozinhos, os sujeitos possuem um ser em relacionamento tanto quando um ser individual e por isso alargam um estilo interpessoal como um pessoal. Com isso, a vida toda se passa dentro de uma rede de relacionamentos, em cujo interior os indivíduos aprendem a comunicar-se uns com os outros. Ao mesmo tempo, descobrem mais sobre si mesmo dividindo experiências e enfrentando conflitos com os que os cercam.
Por ser o homem completamente social ele não vive isolado, mas sim em continua interação com seus semelhantes: colegas, filhos, pai, mãe, tios, avós, bisavós e com estranhos. Assim alguns atributos dessa conviviologia devem ser constantemente lembrados e postos em práticas em todas as relações humanas. Par isso, ambas as partes envolvem-se mutuamente, uma influenciando a atitude da outra irá tornar, ou seja, é o que se entende por convivência.
Convier é viver com. Consiste em partilhar à vida as atividades com os outros. São encontros para conviver, para buscar juntos um objetivo, e onde se partilha a vida, as experiências e se busca uma projeção futura. É um momento extraordinário de vida, principalmente em se tratando de viver princípios evangélicos essenciais: a partilha dos bens materiais e espirituais, o respeito e a ajuda mútuos, a alegria, a disponibilidade, a caridade. (Ibidem, p. 18)
O que mais dificulta a convivência é o mau relacionamento entre os indivíduos, pois são várias as condições pessoais necessárias para que o indivíduo a fim de o grupo venha a conseguir a ter êxito no seu relacionamento. Segundo (Weil e Tompakow, 2008, p. 39) afirmam que para isso existem alguns a serem enfrentados são: a simpatia, preparo do indivíduo e o interesse pela atividade de grupo.
O que se aborda neste trabalho sobre a individualização e que o homem não pode viver sem manter contato com os outros, o que é difere do “individualismo”, que imperou no período do Estado Liberal, foi substituído pela idéia de socialização, no sentido de preocupação com o bem comum, com o interesse público. Isto não significa que os direitos individuais deixassem de ser reconhecidos e protegidos; pelo contrário, estenderam o seu campo, de modo a abranger direitos sociais e econômicos
Ressalta-se deste modo que o individuo possui sua individualidade e que esta tem que ser respeitada, uma vez que quando se fala em ser humano, em individualidade e em sociedade, não se permite deixar de falar, também, no lema "Liberté, Egalité, Fraternité", ou seja, "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" usado na Revolução Francesa, em 1784, o qual retratava o seguinte:
• Liberdade – os homens nascem e permanecem livres e iguais nos direitos. A liberdade é considerada um direito natural;
• Igualdade – a lei é a mesma para todos, profissões e funções públicas são acessíveis a todos, sem distinção por nascimento. Os cidadãos são iguais perante a lei, o que significa que privilégios são condenados;
• Fraternidade – auxiliar os povos da Europa a se tornarem Estados livres como o francês.
Frente ao exposto, as conquistas para que a “indivualidade” do homem fosse preservada e tais direitos foram adquiridos com bastante esfeso numa união, provando assim que jamais será possivel que ninguém consiga vencer ou superar algo sem o axilio do outro, traçando metas e opiniões juntos estabelecem uma sociedade e prodrigem.
3. O RELACIONAMENTO NOS GRUPOS SOCIAIS
O funcionamento de uma escola é semelhante à de uma empresa, e para obter sucesso é necessário dedicação por parte da equipe que dela faz parte: diretor, professores, técnicos e auxiliares compreendidos como funcionários.
As empresas têm como alicerce de sustentação: os objetivos, que condiciona a existência das mesmas que por sua vez são movidas por ela metas, um alvo ou pretensão. Quando um objetivo é conquistado deixa de ser uma situação almejada para tornar-se uma situação real. Para isso, é preciso um clima organizacional favorável.
Nas intuições de ensino presume-se a mesma situação e para ser aspirado à meta é relevante desenvolver métodos para facilitar o trabalho, e um desses fatores que contribuem bastante para o êxito dos educadores como de toda a equipe é através do relacionamento interpessoal.
Esse processo viabiliza o desenvolvimento do profissional, haja vista que o homem é um ser social e não consegue viver individualmente. Daí a necessidade de comunicação e essa tem que ser freqüente de forma transversal, ou seja, que englobe todos independentemente do cargo que ocupe na escola.
Sabe-se, porém, que para manter o relacionamento interpessoal seja na família, nos grupos sociais ou no ambiente de trabalho não é fácil, é um tanto muito complexo e que tem que ser visto como algo muito importante, pois já que a escola tem as mesmas características de uma empresa, esta tem que manter o mesmo propósito e um dos facilitadores para tal e o relacionamento interpessoal.
É de suma importância manter um bom relacionamento no ambiente de trabalho, fato esse que se bem trabalhado pode tornar-se descomplicado, tendo em vista que os seres humanos são basicamente seres sociais, e motivados por uma necessidade de se relacionar foram criados para viver juntos e interagindo com os outros. Por meio dessa interação é que se permite descobrirem suas próprias capacidades e as exercitam, ou seja, há uma troca de energias interiores fluindo permanentemente para a vida dos seus semelhantes.
Na maior parte, viver é algo que os seres humanos fazem juntos, não sozinhos. Desde a sua origem, as pessoas têm um ser em relacionamento tanto quanto um ser individual e desenvolvem tanto um estilo interpessoal como um pessoal. A vida inteira se passa dentro de uma rede de relacionamentos, em cujo interior os indivíduos aprendem a comunicarem-se uns com os outros. Simultaneamente, descobrem mais sobre si mesmos partilhando experiências e enfrentando conflitos com os que cercam. (Carvalho, 2009, p. 72)
Então se entende a importância de manter um relacionamento interpessoal como ferramenta indispensável no ambiente de trabalho, esse veiculo possibilita uma intermediação entre os profissionais e assim ter-se um espaço em que a convivência, a disciplina e solidariedade sejam reconhecidas como a base de uma relação harmoniosa.
Uma vez que não havendo compreensão os indivíduos ficam estressados, ansiosos e posteriormente com raiva, e tais fatores impedem o desenvolvimento dos trabalhos. Para compartilhar o ambiente de trabalho é necessário postura consciente de rever condutas pessoais e ter a coragem de aprender com o outro. Se o ambiente for competitivo jamais irá estimular tal postura, pelo contrario, às vezes nos achamos diante de organizações que estimulam o individualismo, despertam a inveja e impedem a aprendizagem em grupo.
Segundo (MINICUCCIO, 2008, p. 23) “grupo é um meio em que os indivíduos reúnem-se com um objetivo comum” e pode ser formado espontaneamente, como é o casado das crianças num parque de jogo, como também de alguns homens que se reúnem no campo para apagar o fogo da casa de um vizinho, ajudar em outra situação ou para obter da direção superior aumento de salário.
Schutz, autor da teoria das necessidades interpessoais, diz que os membros de um grupo não consentem em integrar-se, senão a partir do momento em que certas necessidades fundamentais são satisfeitas pelo grupo. Essas necessidades, para Shutz, são fundamentais porque todo ser humano que se reúne, em um grupo qualquer, as experimenta, ainda que em graus diversos. Por outro lado, essas necessidades são interpessoais no sentido de que somente em grupo e pelo grupo podem ser satisfeitas adequadamente. (Fritzen, 2008, p.11)
Cada um deve sentir o compromisso com o grupo, a convenção interpessoal que obriga a comunicação, a auto-regelação da personalidade, de suas riquezas e restrições, perspectivas e realidades. Ainda em consonância com FRITZEN, p. 64, 2008) “Os níveis de comunicação permanecem a critério do indivíduo, mas é preciso igualmente medir o grau de expectativa do próprio grupo”... Na verdade, um relacionamento EU-GRUPO, depende primordialmente de um bom laço de comunicação.
Participar de um grupo de trabalho ou de qualquer outra é um processo bastante complexo, pois nem sempre é fácil conviver com o outro, principalmente trabalhar com pessoas que muita das vezes é estranha. Para tanto, a comunicação permite que haja uma integração e um coletivismo entre os sujeitos permitindo entregar-se ao grupo de modo que ele se perde a própria responsabilidade pelo consentimento de seus critérios, decisões e crenças.
4. SUBDIVISÕES DO AMBIENTE ESCOLAR
A escola é regida por uma estrutura administrativa onde a sua organização no plano consciente corresponde a uma ordenação racional, deliberada pelo poder público. A estrutura total de uma escola é, todavia algo mais amplo, compreendendo não apenas as relações ordenadas conscientes, mas, ainda, todas as que derivam da sua existência enquanto grupo social.
A escola assim como qualquer empresa obedece a uma estrutura, essa exige uma hierarquia. Geralmente a estrutura de uma escola é a seguinte: sala do diretor, sala do coordenador, secretaria, sala dos professores, sala especificas, sala dos alunos, banheiro e cozinha. Todos esses compartimentos são relevantes para o funcionamento de quaisquer instituições de ensino, e os mesmos devem ser harmônicos entre si.
O espaço deve ser visto como algo útil e funcional, a escola deve ser dividida através de séries e classes e as mesmas individualizarem os alunos através da disposição em filas o que facilita a vigilância e o controle. O professor visualiza os alunos, pois cada um se define pela sua posição na classe, nesse sentido “(...) a sala de aula formaria um grande quadro único, com entradas múltiplas, sob o olhar cuidadosamente ‘classificador’ do professor” (FOUCAULT, 1977, p. 135).
Ressalta-se com isso que, não é necessário haver uma grande quantidade de salas de aula na escola, mas sim um espaço para aulas teóricas, que seja adequado à exposição e à fala (por exemplo, com boa acústica e equipamentos de projeção), e espaço para aulas práticas e para pesquisa, são estratégias necessárias para dar conforto ao aluno e consequentemente haverá aquisição do conhecimento.
Dessa forma, existem os profissionais adaptados para realizar as funções necessárias para o bom andamento da escola, sendo assim é fundamental a divisão de tarefas para que cada um assuma seu papel. Sendo assim pode-se enumerar da seguinte forma:
FUNCIONÁRIOS SUPERIORES - fazem parte desse grupo os diretores ou gestores e coordenadores. O primeiro tem O papel do diretor de uma escola é melhorar o desempenho dos alunos, além de exercer o tipo de liderança que promova essa finalidade.
De acordo GUIA (2002) a prioridade do diretor e o estilo adequado de liderança são:
• Definir claramente o foco da escola;
• Promover a criação e o melhoramento contínuo de sistemas eficientes de trabalho;
• Integrar a escola com as classes e com cada aluno;
• Instituir o uso regular de sistemas de informação e análise;
• Atuar como modelo, dando o exemplo pessoal e visível das novas práticas.
O COORDENADOR – fica responsável pela elaboração do calendário escolar, indicação de programas seleção de professores, capacitação de convênio de programa anual, bem como elaborar relatórios e acompanhar a execução da proposta da escola.
PROFESSORES - é sobre quem pesa a grande responsabilidade para a construção de uma educação cidadã. Por mais que o diretor ou o coordenador pedagógico tenham boa intenção, nenhum projeto será eficiente se não for aceito, abraçado pelos professores porque é com eles que os alunos têm maior contato. Sobre essa temática o artigo 13 da LDB esboça o seguinte a respeito das funções dos professores.
Artigo 13 - Os docentes incumbir-se-ão de:
I Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II. elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
III. zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV. estabelecer estratégias de recuperação dos alunos de menor rendimento;
V. ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
VI. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.
Funcionários Menores – consideram-se funcionários menores os faxineiros, recepcionistas, porteiros são responsáveis em manter a ordem e decência no estabelecimento de ensino deixando confortável e aconchegante.
Alunos – indivíduo que vai a escola para adquiri conhecimento, de seus professores, principal agente no funcionamento das instituições de ensino, e que usufruem de todo o espaço e dos instrumentos disponíveis na escola para adquirir o conhecimento.
5. O RELACIONAMENTO ENTRE OS PROFISSIONAIS
Entende-se por relacionamento a forma como os sujeitos se tratam e se comunicam. Quando os indivíduos se comunicam bem, e o gostam de fazer, diz-se que há um bom relacionamento entre as partes, agora quando os indivíduos se tratam mal, e pelo menos um deles não gosta de entrar em contacto com os restantes, diz-se que há um mal relacionamento.
O problema de relacionamento começa quando um indivíduo se sente desmoralizado por outro, e procura evitá-lo. Quando dois indivíduos se antagonizam, por muitas vezes a sociedade não sabe quem é o responsável pela inimizade, uma vez que não acompanha por completo a vida dos dois, e talvez não tem conhecimento do incidente.
O relacionamento em si pode ser analisado porque possui uma realidade própria, embora ela não exista se não existirem as pessoas em relacionamento. Um casamento, ou amizade intima, relações sociais e de trabalho têm uma data de aniversário que é diferente das datas de aniversário das pessoas que se relacionam. Um relacionamento pode continuar a florescer ainda um dos parceiros mergulhe num período difícil da vida. Um relacionamento possui vida própria. Por outro lado, um relacionamento não tem existência de carne e osso. Ninguém pode dizer: “aqui está ele”... ou “lá está ele”... ; embora ele possa crescer, não obedece às regras de crescimento da personalidade individual. Tudo acontece num contexto de intermediação. (CARVALHO, p. 73, 2009)
As vertentes dos relacionamentos são amplas, têm-se várias formas de relacionamento, por exemplo: relacionamento na família, relacionamento entre amigos, relacionamento no trabalho entre outros, todos esses tipos e relacionamento possuem muita importância para os sujeitos, e devem ser mesclado de muita interação para assim proporcionar um bom companheirismo entre os sujeitos.
Os primeiros registros de trabalho em grupo aconteceram após a Revolução Industrial momento em que há a substituição das ferramentas pelas máquinas, da potência humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico pelo sistema fabril constituiu a Revolução Industrial; revolução, em função do enorme impacto sobre a estrutura da sociedade, num processo de transformação acompanhado por notável evolução tecnológica.
A Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e encerrou a transição entre feudalismo e capitalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção. Completou ainda o movimento da revolução burguesa iniciada na Inglaterra no século XVII.
Pode-se afirmar também que a Revolução Industrial também ocasionou ao mesmo tempo a Revolução Social, ou seja, foi por meio dela que houve a concentração dos trabalhadores em fábricas, o aspecto mais importante que trouxe radical transformação no caráter do trabalho, foi esta separação: de um lado, capital e meios de produção (instalações, máquinas, matéria-prima); de outro, o trabalho. Os operários passaram a ser assalariados dos capitalistas (donos do capital).
Com isso a relação entre os sujeitos passaram a ter muita importância, uma vez que grande parte do tempo os indivíduos passaram conviver no mesmo em ambientes desempenhando suas funções e estabelecendo um laço de companheirismo, fato esse que ocorreu somente pela relação que era estabelecida, mesmo contra a vontade o homem tinha que obedecer às novas regras para sua própria subsistência.
A Revolução Industrial permanece ainda em nosso meio, agora com outra roupagem, mas com os mesmo ideais, exigindo mão de obra cada vez mais qualificada, embora estejamos no século XXI, o homem continua restrito as condições que lhe são atribuídas, com uma inovação em alguns caso ele tem liberdade de expressão para questionar maneiras para tornar o espaço mais prazeroso que consequentemente a produção vai ser mais rica. Isso só acontece por meio da interação – o relacionamento interpessoal assume um lugar de suma relevância nesse processo.
O ambiente físico de trabalho, a máquina, as instalações em geral, têm de ser adaptados ao homem. Sabe-se, hoje, por exemplo, que a produção aumenta com paredes pintadas de cor verde ou amarela. A cor cinza ou escura, ao contrario, deprime e provoca diminuição do rendimento. A cor vermelha é mais estimulante que a primeira, porém provoca, ao longo do tempo, cansaço e irritação. Outro exemplo, já clássico, é a adaptação dos assentos à fisiologia de cada pessoa. Leon Walther conseguiu aumentar o rendimento de uma relojoaria na Suíça simplesmente colocando o operário à vontade em uma cadeira, na qual as costas têm o seu devido apoio, diminuindo, assim, o desgaste de energia. (WEIL e TOMPAKOW, 2008. p. 29)
Com isso exposto, verifica-se o valor da comunicação no ambiente de trabalho, que doravante autoriza avaliações que servem para discussão e melhorias das condições de trabalho.
Desse modo, esse fato não deve ocorrer somente nas indústrias, as escolas como já foi mencionado têm características de uma indústria e para tal deve ofertar boas condições de trabalhos, para que os docentes tenham uma meta na produção, ou melhor, contribuir com a formação dos cidadãos.
O local de trabalho deve ser um espaço democrático aberto ao dialogo, os profissionais seja quaisquer áreas deve ter convicção da importância de manter um relacionamento ente si, só assim será possível saber diagnosticar aos problemas e as falhas para chegar a uma solução. Para alcançar êxito nesse processo WEIL e TOMPAKOW estabelecem alguns itens vejamos:
• Conheça a si mesmo;
• Conheça os seus chefes;
• Conheça os seus colegas;
• Conheça a si mesmo.
Diante disso, para desenvolver um trabalho em equipe devem ser observados esses itens para alcançar o objetivo assim sendo, o time de futebol tem o objetivo em comum marcar gols e ganhar a partida, a orquestra sinfônica com o intuito de executar sinfonias, e têm conhecimentos e habilidades diferentes, mas todos em um só pensamento realizam suas atribuições, uma equipe pedagógica também deve caminhar no mesmo padrão mantendo o trocando idéias relacionando-se para alcançar o melhor.
Um ponto negativo para que seja formada uma barreira entre os profissionais é o totalitarismo, quando se tomam decisões em grupos menores é um fator péssimo para o sucesso dos trabalhos. Partindo desse princípio afirma Peter Sengue et CARVALHO “Talvez a democracia nas organizações não seja uma idéia tão absurda assim”.
Outra questão que deve ser adota pelos profissionais é a motivação, pois ela torna-se o combustível, ou seja, a base energética para contornar os obstáculos, que jamais irão estarem ausentes de quaisquer empresas, escolas ou indústrias.
Para conseguirmos trabalhar em equipe é indispensável desenvolver esse tipo e percepção, pois só assim a energia pode fluir para alcançar determinado objetivo. O grande problemas da equipe é lidar com o mal-amado, o descrente e o desanimando. Certamente são esses indivíduos que mais necessitam de um compreensão empática. (CARVALHO, 2009, p. 104)
Por outro lado, o profissional deve manter a consciência profissional para assim deixar fluir o trabalho, pois ela alude ampliar nos membros da equipe de trabalho uma visão mais direcionada ao objetivo final deixando de lado desavenças pessoais.
Na verdade relacionamento pessoal e relacionamento profissional têm suas diferenças, mas sua interrelação é positiva, uma vez que permite a influência dos valores pessoais no exercício profissional, bem como a agregação dos aprendizados corporativas à vida pessoal. Afinal, o ser humano se define a partir das trocas de experiências que professa com o próximo.
Para o sucesso do fato mencionado tem que se observar o comportamento do sujeito, que reflete no ato de comunicar-se e conseqüentemente de manter um bom relacionamento, para isso existem algumas modalidades de comportamento as quais devem ser analisadas: comportamento não-assertivo, comportamento agressivo e comportamento assertivo
O relacionamento humano não é fácil de administrar, principalmente quando envolve fofocas e críticas de uma pessoa à outra e você fica justamente no meio da linha de tiro. É preciso muito jogo de cintura para não magoar ninguém e muito cuidado ao dar opiniões ou palpites.
Como forma de contribuição para um bom relacionamento interpessoal dos profissionais Jonas Comin apresenta alguns itens para conduzir os cidadãos a manter um relacionamento vejamos:
1 – Fale com todos, cumprimente todos na empresa. Nada mais antipático do que aquele profissional que ignora os subordinados e só cumprimenta os superiores. As palavrinhas mágicas - "bom dia", "por favor" e "obrigado" - são obrigatórias no relacionamento diário com todos os colegas de trabalho, do faxineiro ao presidente da empresa.
2 – Se alguém lhe pedir um favor, uma ajuda em alguma tarefa ou trabalho, e você puder atender, faça. A boa convivência no dia-a-dia de trabalho depende muito da reciprocidade entre as pessoas. Seja sempre proativo e atenda a todos com boa vontade. A retribuição virá, com certeza, quando você necessitar.
3 – Evite mentiras! Mesmo as chamadas "mentiras brancas" podem prejudicar a sua imagem profissional. Se precisar se ausentar do trabalho, por exemplo, em razão de algum motivo pessoal, conte a verdade ao seu chefe e não invente doenças ou lutos. A mentira, quando descoberta, mesmo que seja pequena, pode causar grandes estragos na sua carreira.
4 – Evite repreender ou criticar as pessoas, principalmente subordinados, na frente dos outros. Se precisar fazê-lo, que seja em particular. Chame a pessoa para um lugar reservado ou uma sala privada e converse objetivamente sobre a questão. Não misture críticas profissionais com pessoais.
5 – Não agrida ou insulte o interlocutor com palavras grosseiras ou rudes.
E ressalta-se que a regra universal: elogios públicos, críticas privadas. Tais artefatos se forem analisados e colocados em prática será possível melhorar o relacionamento dos profissionais em todos os segmentos.
Compreender o homem próximo na sua totalidade, jamais será possível o que temos são apenas mecanismos para facilitar a convivência de modo que um possa sempre estar ao lado do outro por uma sintonia harmônica cada um dentro de sua limitação sem agredir ou invadir o espaço de outrem.
6. CONCLUSÃO
O que pretendemos com este trabalho foi fazer uma abordagem da importância do relacionamento interpessoal, ou seja, a troca de informações, experiências, prazeres e dificuldades, entre tantas e tantas outras situações que o relacionamento nos propicia. E tão pouco colocar um ponto final no assunto, sabe-se, porém que é uma grande responsabilidade conscientizar o próximo o quanto a essa temática.
Discorrer acerca desse assunto é um tanto complicado no mundo atual tendo em vista que se tornou um grande grupo social, o maior e, provavelmente, o mais contaminado. Assim requer um ou vários estudos sobre as relações humanas para dessa forma entendemos os pontos negativos que assolam para o bloqueio do relacionamento interpessoal, seja ela na família, na igreja, na escola e no trabalho.
Aqueles que conseguem manter um equilíbrio através das relações humanas compreendem quanto é importante, e estabelecer os laços de amizade e afeição. Mas para chegar a esse ponto é necessária dedicação, como foi elencado não é fácil criar ou manter um relacionamento, especificamente no trabalho, local em que também os sujeitos muitas das vezes convivem em meio à competição.
Então à medida que surgir problemas existem especialistas que podem ser consultados para estabelecer critérios de se manter um bom relacionamento são eles: o psiquiatra, o psicólogo, sociólogo, o assistente social ou educador especializado. É, justamente, uma das funções desses especialistas ajudar as pessoas na resolução dos seus problemas e ajustamento à família, ao trabalho ou a outro grupo.
O que afirmamos neste trabalho é uma proposta para que seja analisada e percebida a relevância de se manter um bom relacionamento, pois somente por meio disso é que o ser humano será capaz de entender o próximo na sua dimensão e complexidade. E que tais proposta possa ser observada e colocada em prática, uma vez que para acontecer o sujeito tem que agir e conquistar o seu patamar.
Portanto, é importante relacionar-se e conviver com o próximo para construir não apenas afetividade, mas também contribuir para a formação de um novo mundo.
REFERÊNCIAS
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F
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