DO HOMEM RURAL AO HOMEM URBANO
Apezar de já estar acostumado a uma constante vida de convivência, pois o homem rural desde a muito tempo vem defrontando e solucionando mais ou menos pacificamente seus problemas de limites. Onde as cêrcas fixam limites de propriedades, e as marcas a ferro quente determinam a posse dos animais.
Mas mesmo esse homem bem experiente na arte de conviver enfrenta sérios problemas quando colocado no reduzido espaço urbano.Existe uma série de contravenções que é fruto imediato desta inadequação do homem rural perante a vida urbana: para entendermos mais ou menos o fenômeno iremos explicá-lo assim: se trancarmos uma quantidade exagerada de bovinos num curral pequeno logo estes animais começarão a se agredirem mutuamente.O homem parece estar sujeito ao mesmo fenômeno . Nesse crucial momento de transição há uma inevitável exacerbação de instintos. Como animal que é, o homem sempre teve o natural sentimento de posse com relação ao seu território pessoal. É muito natural portanto que ele fique melindrado quando ocorre qualquer invasão contra este território.
Concluimos que a convivência entre as pessoas moradoras, e principalmente aquelas que possuem edificações que servem de moradas ou qualquer outro fim para o qual este edifício foi destinado é algo que demanda sérios estudos de planejamento urbano calcado num estudo socioeconômico onde o bem estar humano seja o motivo primordial.