O BANCO CENTRAL, EM POUCAS PALAVRAS
O Banco Central é uma autarquia federal autônoma que funciona como autoridade monetária do país.
Presta serviços ao cidadão (informação de dívidas ou créditos a receber).
Divulga estatísticas monetárias.
Controla grandes movimentações financeiras de Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas.
Acompanha a variação da taxa de inflação, buscando mantê-la dentro da meta estabelecida.
Controla a taxa SELIC - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.
SELIC - taxa básica de juros da economia. Influencia todas as outras taxas de juros do país, por ser o instrumento utilizado para controlar a inflação. É mantida ou alterada para mais ou para menos a cada 45 dias, após reunião do COPOM.
COPOM - Conselho de Política Monetária (reunião do presidente do BC com oito diretores). Analisa o cenário macroeconômico e os riscos a que o mercado esteja vulnerável. Negocia títulos públicos a fim de manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.
O B.C., portanto, controla a Taxa SELIC, garante a estabilidade do poder de compra da moeda e zela pela solidez do sistema financeiro.
O resultado do balanço anual do B.C. decorre da diferença entre receitas e despesas resultantes de todas as operações realizadas no período. A receita constituída é revertida para o Tesouro Nacional, que cobre eventuais resultados devedores.
O B.C, ainda mantém uma carteira de títulos, cujos ganhos cobrem suas despesas e o restante se reverte para pagamento da Dívida Pública.
A remuneração do Presidente do Banco Central, hoje, gira em torno de R$ 12.000,00, incompatível para a responsabilidade do cargo. Nenhum dos diretores do COPOM ganha mais do que o presidente da instituição, enquanto as gratificações complementares são proporcionais aos ganhos da carteira de títulos.
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Em suma:
Se a taxa SELIC diminui, afeta os ganhos da carteira de títulos, que afeta as gratificações do presidente e da diretoria.
Por essa razão, denota-se interesse do presidente do B.C. e dos diretores do COPOM em não diminuir a taxa SELIC.
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Sugestão:
Tornar o Banco Central do Brasil uma instituição autônoma e federal com estatutos e normas equivalentes aos do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que vem funcionando a contento e não desperta desconfiança por parte do governo ou do mercado..