TRÊS POTÊNCIAS ECONÔMICAS E UM REINO DIVIDIDO

 

 

O que pretendemos demonstrar tem como ponto de fulcro o PIB (Produto Interno Bruto), em especial o dos dez países que mais se destacaram no ano 2023.

PIB - o que é e como calcular:

É o somatório anual de todos os bens e serviços produzidos por um país.

Cálculo:

PIB = Consumo das famílias + Invest. privados + Gastos do governo + (Exportações - Importações).

Dez maiores PIBs do ano 2023 (em trilhões de dólares):

Estados Unidos  (US$     26,9);     China  (US$     17,7);     Alemanha   (US$        4,4);

Japão   (US$     4,2);     Índia   (US$     3,7);     Reino Unido   (US$     3,3);

França   (US$     3,00);     Itália   (US$     2,18);     Brasil   (US$     2,17);

Canadá   (US$     2,11).

 

Prevê-se que, no ano 2027, o PIB da China supere o dos Estados Unidos. 

Razões:  a China investe pesado em tecnologia, educação e não se intromete em guerras desde o ano de 1978.  Além do mais, faz uma política de cooperação com o resto do mundo, já tendo investido, econômica e financeiramente, em cerca de sessenta países.  Seu atual líder, Xi Jinping, tem destacado a importância de uma "Sociedade mundial com destino comum", ao se contrapor às investidas divisionistas do "fascismo" a nível internacional.

 

Por outro lado, a União Europeia, hoje com 27 países, constituída inicialmente com doze, logo no pós-guerra, tinha como objetivo primordial a prevenção de novos conflitos entre seus participantes (arrasados que foram nas duas Guerras Mundiais).  Visava, simplesmente, promover a paz entre os países membros e a livre circulação de pessoas, mercadorias e capitais.  Mas o conjunto tomou a aparência de um só país, que busca, em suma, melhorar a qualidade de vida, saúde e trabalho das pessoas.  A adesão maior à União Europeia somente ocorreu quando seus gestores encetaram projetos que objetivavam o desenvolvimento conjunto de um mercado econômico-financeiro europeu.  Evidenciou-se, no caso, que a soma dos PIB de todos os países membros da União Europeia é superior ao PIB dos EUA e da China.  Situa-se, portanto, como uma potência mundial de grande relevo perante as outras duas ditas ainda polarizadas.  Ressalte-se  que, até o momento, somente 19 países aderiram à euro-moeda.  Também uma questão de tempo.

"É de se supor" que a ultradireita tenha influenciado para o enfraquecimento da União Europeia, quando, beneficiada pelo poderio das redes sociais, contribuiu intensamente para que o resultado de um referendo, realizado em 23/jun/2016, fosse favorável ao afastamento do Reino Unido daquela comunidade.  Com o baque, a União Europeia ficou diminuída desde 31/jan/2020, após a aprovação do Brexit (apelido derivado de British + exit). 

 

E a América Latina?

De nada vale o crescimento do PIB do Brasil, se os demais países latino-americanos tentam sobreviver isoladamente.  Unidos, todos cresceremos, mas, na verdade, estamos mesmo é divididos.  Tanto que ainda há países do Cone Sul da América dando golpes, quais republiquetas de bananas.  Carecem de uma liderança que enxergue principalmente os sérios problemas sociais latino-americanos como um todo e busque soluções e/ou atitudes coletivas. Onde poucos têm, muitos nada têm.

Apenas com intuito comparativo:

Enquanto o PIB PER CAPTA de Luxemburgo, Suíça, Irlanda, Noruega e Dinamarca se situa, em média, em US$ 83 mil/ano, o PIB PER CAPTA brasileiro, por exemplo, é de apenas US$ 6.783,00  (86º do ranking mundial).  Muito pequeno em relação aos europeus mas, com certeza, maior do que o dos demais países vizinhos, ainda propensos a quedas maiores. 

Assim, continuamos pobres, enquanto nos posicionamos no singular, subservientes aos ditames de colonizadores e, por isso, divididos política e ideologicamente. 

Bem que poderíamos ter uma bandeira e um hino nacional comuns, a exemplo da União Europeia que, num repente, se descobriu potência. 

Por sinal - é bom lembrar - o Hino Nacional da União Europeia é "Ode à Alegria", de Beethoven, aquele hinozinho de acordes fáceis que todo novel pianista aprende a tocar logo em suas primeiras aulas... Podemos ser tão grandes quanto aquele grupo unido, sim, sob a batuta de Beethoven, mas sem o "Brexit"

A unidade é importante para a sobrevivência e dignidade dos países latino-americanos, sobretudo para não nos distanciarmos das três grandes potências econômicas que ora se destacam no mundo.

 

"TODO REINO DIVIDIDO CONTRA SI MESMO, DESMORONA" (Mateus 12:25)

"Soy loco por ti America!"...  Oremos!   

                          

 

 

 

Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 05/03/2024
Reeditado em 07/03/2024
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