O LIMITE DOS ILIMITADOS

Prólogo

Todos já ouvimos ou lemos, em alguma publicação, a frase que diz: “O céu é o limite”, mas como determinar esse limite?

No caso das instituições financeiras, os bancos calculam quanto você consegue pagar todo mês, estudam seu histórico financeiro e calculam qual valor seria vantajoso (para o banco). Isto é, qual o maior valor que podem liberar com uma chance razoável de que você consiga pagar. – (Nota deste Autor).

ESBANJADORES NÃO TÊM LIMITES

Os esbanjadores, também conhecidos por perdulários, são doentes financeiros que não sabem, e tampouco querem saber seus limites, pois para eles “O céu é o limite”.

O usuário de um cartão de crédito não deveria gastar indefinidamente. O crédito disponibilizado para o cliente tem um valor máximo para ser usado. Esse valor é o limite, mas o perdulário, de forma irresponsável, entende que, para ele, “O céu é o limite”. Ledo engano!

Os cartões de créditos funcionam como um empréstimo, um dinheiro que o banco ou financeira adianta para seus clientes. O crédito não é “dado”, pois é necessário pagar a fatura.

Ah! E quando essa fatura chega, caso o cliente resolva pagar apenas o valor mínimo... Arre! Tudo se complicará dia após dia.

VOU ESCREVER O MEU EXEMPLO

Optei por receber meus dois cartões de créditos (CEF e BB) nas respectivas agências bancárias onde tenho contas para minhas transações financeiras. No cartão do BB recebi um limite de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais) e no cartão da CEF R$ 30.000,00 (trinta mil reais).

Ambos os cartões funcionavam por aproximação. Cartão por aproximação é o meio de pagamento que permite efetivar uma compra por meio da aproximação do cartão com uma máquina.

Desta forma, o comprador só precisa tocar ou aproximar o cartão da maquininha para realizar a ação, sem a necessidade de inseri-lo ou deslizá-lo e nem mesmo usar uma senha a depender do limite de crédito concedido pela instituição financeira.

Essa facilidade, pagamento por aproximação do cartão, é um “prato cheio” para os criminosos de plantão.

EU ME ACAUTELEI

Portanto, ao receber meus cartões de créditos na CEF e no BB, além de reduzir os limites drasticamente, determinei a retirada da facilidade (armadilha) do pagamento por aproximação.

Ora, em algumas situações, o cliente simplesmente não está ciente da tecnologia e não se preocupa em bloquear o cartão em caso de perda ou roubo, por exemplo, ficando à mercê de quem tem o objeto (cartão) em mãos.

CONSELHOS PARA QUEM USA CARTÕES

Algumas ações recomendadas para evitar as fraudes com o cartão por aproximação são:

1. Ativação das notificações automáticas dos aplicativos de bancos e carteiras digitais;

2. Conferência do valor cobrado no momento do pagamento;

3. Acompanhamento regular do extrato e da fatura;

4. Bloqueio imediato do cartão em caso de perda ou roubo;

5. Reportar ao banco compras não reconhecidas.

E, caso seja desejo do consumidor (esse foi o meu caso), ele pode solicitar a desativação do pagamento por aproximação, quando o emissor (instituição bancária) assim o permitir.

O cartão por aproximação pode trazer muitos benefícios ao consumidor, mormente para os que, desatentos, perdem seus óculos estando com eles no rosto. Apesar disso, é preciso manter-se atento para evitar os golpes e fraudes aplicados por meio dessa tecnologia.

CONCLUSÃO

O cartão por aproximação pode ser físico ou digital. Isso quer dizer que é possível utilizar carteiras virtuais, disponíveis nos smartphones, “smartwatches” e outros dispositivos eletrônicos, dispensando um dos itens, antes essenciais, para o consumidor: a carteira de dinheiro.

E por escrever a palavra dinheiro é fácil fazer essa profecia: Assim como o cheque (moeda escritural) já é coisa do passado, raramente alguém utiliza, o dinheiro em espécie um dia deixará de ser usado.

Tudo será virtual... Até que falte energia elétrica e a internet pare de funcionar. Neste momento estou me lembrando do inesquecível filme: "O Dia em Que a Terra Parou"! Trata-se de um filme americano de 1951, do gênero ficção científica.

Ora, eu já escrevi que a ficção se baseia na realidade e vice-versa. "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.": Eclesiastes 3.

Enfim, seja o leitor(a) esbanjador(a) ou comedido(a) encerro esse texto com uma dica que considero de interesse público:

A Febraban lançou campanha de conscientização que mostra as fraudes mais comuns e como fugir delas. É só acessar e ficar esperto(a).

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NOTAS REFERENCIADAS

– Textos livres para consulta da Imprensa Brasileira e “web”;

– Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstanciais e imparciais.