A SITUAÇÃO DO PAÍS NÃO VAI BEM, NEM OBRIGADA !...
A fome no Brasil avança na mesma velocidade das "fake news" divulgadas pelo governo.
Conforme dados divulgados, em 06/06/2022, pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), o Brasil soma cerca de 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer diariamente. Isto significa o dobro do contingente em situação de fome estimado em 2020 (14 milhões de pessoas a mais).
No levantamento feito pela mesma Rede, em 2020, havia cerca de 9 milhões a mais em situação de fome, em relação aos dados de junho/2018.
Para governos genocidas, essa situação lhes é favorável. Na medida em que a população de miseráveis vai desaparecendo (tendo como "causa mortis" a fome), diminui a população mundial e, em consequência, todos os problemas sociais que atrapalham os seus planos de poder.
Esse quadro perverso ora apontado fez o Brasil regredir aos "horrendos" patamares da década de 1990.
Razões apontadas pela Rede PENSSAN:
a) desmonte contínuo das políticas públicas (sociais);
b) piora nos cenários econômicos mundial e nacional;
c) acirramento das desigualdades sociais;
d) elevada concentração de renda;
e) verbas em excesso distribuídas sem transparência e com destino eleitoreiro (somente o "orçamento secreto", além do fundo eleitoral, abocanhou verba equivalente ao orçamento de seis ministérios);
f) insegurança alimentar considerada "grave";
g) guerra na Ucrânia afetando a economia mundial, embora favorecendo a exportação de nossas comodities;
h) inflação desenfreada e inevitável, também em consequência da constante elevação da taxa Selic;
i) ausência completa de um plano de governo para o país (decisões pontuais e improvisadas);
j) lenta recuperação do mercado de trabalho;
l) considerável desaceleração da atividade econômica do país...
No último relatório semestral da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), divulgado em 08/06/2022, a previsão de crescimento da economia brasileira é de 1,4% (três vezes menos do que a economia mundial).
Para efeito comparativo apenas na América Latina, o Brasil está abaixo:
da Colômbia (6,1%);
da Argentina (3,6%) e
do México (1,9%).
Conforme a última previsão do Banco Mundial, o Brasil só crescerá mais do que o Haiti e o Paraguai.
No Brasil, enquanto a fome está no pódio, o crescimento econômico se arrasta na lanterna.