Memória da Economia Brasileira
Antes do Plano Cruzado lançado pelo Presidente Sarney, tivemos o cruzeiro e o cruzeiro novo. O cruzado envelheceu tão rápido, que logo foi lançado o cruzado novo. A cada uma dessas duas mudanças o valor era dividido por mil, apenas por questões numéricas, sem alteração no poder aquisitivo. Depois veio o cruzeiro real, que chegou a ser tão desvalorizado, a ponto de o salário mínimo em julho de 1993 ser de 4.639.800,00, conforme série histórica, facilmente encontrada no Google.
Em julho de 1994, com o lançamento do Plano Real, o salário mínimo era de 64,79 reais. Como naquela epóca o dólar chegou a custar R$ 0,80, o salário mínimo correspondia a 80,99 dólares.
Agora lembremos a meta do Presidente Fernando Collor, que era de atingir 100 dólares. Assim, se ele deixou o governo em 1992, não alcançou sua meta.
Se o dólar hoje está a 5,13 significa que o salário mínimo corresponde a 236,26 dólares, mais que o dobro da meta de Collor.
Mesmo assim, não se pode atribuir a nenhum dos últimos presidentes essa atual situação. A economia é algo tão complexo que depende de fatores mundiais.
Mas, sem nenhuma análise , a culpa é jogada no governante vigente.
Será?
Então volto para meu interior, quando um determinado candidato em campanha, parodiando uma música de Roberto Carlos, dizia: "você vai votar / não eleição que vem / em fulano para prefeiro / que ele é homem de bem!"
O homem ganhou a eleição, mas já no mês seguinte à posse, alguém já dizia: "Tá vendo, enganou a gente com aquele música bonita, mas as coisas continuam caras."
Há gente tão inocente, que imagina que com um decreto pode-se controlar a infflação. Presidente não pode, imagine Prefeito.