MARCO POLO I Rumo a aventura
Estamos em Veneza no ano de 1250, a Itália ainda não era unificada e na cidade havia uma família que sobressaía aos olhos dos moradores por suas riquezas: a família Polo, que tinha como patriarca Andrea Polo, que teve dois filhos Niccolo e Maffeu. Veneza era a região mais próspera da Europa, as Américas ainda estavam à espera de serem descobertas, a África de ser desbravada e a Ásia cheia de lendas e mistérios de onde descendem os maometanos, causadores dos grandes conflitos da época por suas ocupações na Europa. É nesse cenário que nasce Marco, filho de Niccolo e uma nobre veneziana, deixada com um menino no ventre por seu marido em troca de uma expedição, só voltariam a se ver dezessete anos depois, quando Marco conhece seu pai e o segue a caminho de retorno a Ásia, rumo ao império de Kublai Khan. Lá na Ásia, Niccolo prometera ao imperador que retornaria com padres católicos para apresentá-los.
Podemos extrair desse capítulo a motivação inicial do empreendedor, um jovem cheio de sonhos e esperanças, vendo a sua frente muitas possibilidades de novas conquistas e realizações, sem a menor preocupação no que poderia dar errado. Nesse turbilhão motivacional, há pouco espaço para dúvidas e medos, aumentando com isso os riscos de falha, é nesse ponto entre a motivação e o erro que devemos procurar agir com cautela. A cautela é a ponderação de que existe a possibilidade de errar e que precisamos considerar isso em nossas decisões, buscando sempre procurar a realidade escondida por nossas vontades exageradas.