O Banco Islâmico de Desenvolvimento financia o projeto do gasoduto nigeriano-marroquino
O Banco Islâmico de Desenvolvimento, segundo o Ministério da Economia e Finanças, do Escritório Nacional de Hidrocarbonetos e Minerais tem assinado um acordo de financiamento do Projeto de Engenharia de Frente (FEED), ligado ao Gasoduto Nigéria-Marrocos.
A cerimónia de assinatura do acordo foi, segunda-feira passada, na presença da ministra da Economia e Finanças, Nadia Fattah Alaoui, além do sr Mansour Mokhtar, do Banco Islâmico de Desenvolvimento, e Amina Benkhadra, diretora do Gabinete de Hidrocarbonetos.
O comunicado do Banco Islâmico de Desenvolvimento considerou que o projeto do gasoduto vai desempenhar um papel importante e estratégico, possibilitando um aumento da segurança energética para a região, além do projeto permitir um desenvolvimento econômico e social para os países que atravessa gasoduto passa.
Tal mega projeto vai também apoiar a integração econômica regional, melhorando o comércio interno global e as exportações do continente africano.
Este projeto objeto de engenharia de ponta é fundamental para esta região, estratégica, necessitando de uma decisão definitiva para atrair investimento até 2023.
Tal projeto vai também preocupar-se com o impacto ambiental e social, e que esteja em conformidade com todos os padrões ambientais e sociais locais e internacionais, respeitando o desenvolvimento das localidades e regiões onde passa, atendendo aos interessados e a sua implementação.
De acordo com o acordo entre Marrocos e Nigéria, os dois países vão dividir igualmente o custo do projeto de estudo, estimado em $ 90,1 milhões.
O Banco Islâmico de Desenvolvimento ia apoiar a contribuição marroquina com um montante de até $ 15,45 milhões no âmbito do “Serviço Ijarah”; em relação a contribuição da Nigéria, o Banco Mundial aprova um financiamento no valor de 29,75 milhões de dolares, elevando a sua contribuição a 50 por cento do custo total do projeto objeto da engenharia.
Marrocos e Nigéria declaram este grande projeto em 2016, ligando poços de gás natural da Nigéria, e de outros países junto a Marrocos. Em 2018, este projeto entrou em uma nova fase com a assinatura de acordos de cooperação bilateral.
De acordo com os detalhes do projeto, os países que possuem campos de gás irão bombear sua produção para o gasoduto; enquanto outros países não produtores de gás podem beneficiar de uma renda para fins de desenvolvimento.
Tal gasoduto estende-se a cerca de 5.660 km.
Lahcen EL MOUTAQI
Professor universitário - Marrocos