Marrocos aposta na recuperação dos setores automotivo e aviação para sair da "crise Corona 19"

Marrocos tem elegido o novo governo, aprovado pelo Rei no mês passado, hoje tem enormes dificuldades na sua frente face ao setor sanitário, complicando o processo político e econômico.

Diante de tudo isso, o novo governo aposta, depois de apresentar no parlamento semana passada e voltado o budget do ano 2022, cujo sector automóvel e aeronáutico, um dois setores que podem absorver a mão de obra e por consequência, uma saída da crise sanitária ligada a “Corona” e suas repercussões negativas, afectando a actividade económica, com fortes perdas, nomeadamente a nível das exportações e custo de produção.

O setor do mercado automotivo tem sido afetado pela eclosão da pandemia Corona, em decorrência da suspensão temporária da parte de contratação, antes da retomada das atividades, afetando negativamente o poder de compra dos consumidores.

Tal impacto da pandemia não afetou somente a atividade de importação de automóveis, mas também estendeu-se ao setor de importação de peças de reposição e de veículos, diminuído cerca de 16%.

O valor das importações de autopeças tem diminuído de 18,76 bilhões de dirhams em 2019 para 15,9 bilhões de dirhams no ano passado.

Criar oportunidades de emprego

Todos os indicadores em termos políticos e econômicos, indicam que o Marrocos detém meios para atrair investimentos externos e desenvolver a cadeia de produção e instalação de automóveis e fuselagem, tal sector parece muito importante para absorver e dar oportunidades de emprego, bem como constitui uma fonte de divisas para o governo.

É importante ainda para o Marrocos pensar como diversificar sua atividade econômica, abrindo-se sobre outros setores industriais sem se contentar com os setores tradicionais da pesca e agricultura.

O Marrocos tem acumulado uma certa experiência na instalação de automóveis e diversificação da atividade económica, mas todavia não tem atingido o nível de um país industrial como a França ou Espanha, considerando que o sector automóvel tem criado oportunidades de emprego, mas não pode continuar cobrindo todas as necessidades, bem como da demanda das empregos.

Assim o Marrocos enfrenta desafios que o obrigam a trabalhar no desenvolvimento das suas indústrias locais, como o fabrico de electrodomésticos, orientadas para as exportações de forma a equilibrar a balança comercial, que estruturalmente revela as falhas de investimentos.

Tal setor automotivo que experimenta um grande processo de desenvolvimento, cuja tendência é de desenvolver algum tipo de carros elétricos, numa área de transformação e fabricação que o Reino de Marrocos pretende na sua transição política e econômica.

Plataforma de investimento

O Reino de Marrocos durante décadas, sua economia tem resistido às flutuações e concorrências internacionais, visando a estabelecer uma estrutura que permite abrir sobre o ocidente, apostando numa posição que exige cada vez mais melhorar os mais de vinte anos do setor automotivo.

Uma vez que o direcionamento estratégico para atrair fabricantes e empresas internacionais, bem como os investimentos para o Marrocos, fortalecendo o pólo mundial de produção de automóveis ”.

Neste sentido, o Reino pode exportar automóveis mais do que fosfatos, transformando num país consumidor a um país industrial, atraindo empresas internacionais como a Renault e a Peugeot, uma vez que o Marrocos investe no clima, vantagem da estabilidade e desenvolvimento.

Marrocos detém trabalhadores qualificados, formados capazes de criar um ambiente de competição e inovação, cujo espaço aberto visa as empresas que investem na instalação de aeronaves.

Finalmente a posição de Marrocos a nível do continente africano oferece, segundo a política do novo governo, uma vantagem competitiva em termos de abertura e parceria, como uma verdadeira plataforma de investimento, visando as novas empresas de produção nacional, regional e internacional.

Lahcen EL MOUTAQI