Coisa de Militar
A experiência do desenvolvimento através da atração de empresas estrangeiras foi uma tentativa utilizada por muitos países, inclusive, por alguns aqui na América do Sul. No Brasil em 1967, os Militares criaram a Zona Franca de Manaus que enquanto esteve sob o comando dos Generais se desenvolveu tanto que o Brasil chegou a produzir lá quase setenta por centos de seus eletro domésticos e eletro eletrônicos.
O Programa Pró Álcool criado em 1975, também pelos Militares, praticamente eliminou a importação de petróleo para combustível. O álcool produzido no Brasil e usado, como combustível, custava a metade do preço da gasolina. Isso incentivou a indústria automotiva nacional, a fabricar em série os automóveis movidos a álcool.
Muitos veículos que eram originalmente movidos a gasolina, foram convertidos para usar álcool. Essa conversão era tão fácil que se fazia até na garagem de casa. Aproveitando o embalo, pequenos produtores de cana também fabricavam artesanalmente o combustível verde para uso em seus veículos.
Dessa forma, quase 90% dos automóveis, no Brasil, rodavam com álcool no tanque. Foi depois dessa experiência de sucesso, dos Militares, na redução da importação de petróleo e da redução da poluição, o álcool não polui, que , a maioria, dos veículos nacionais começaram a sair de fábrica com o recurso flex. Isto é usar gasolina ou álcool.
Com a ascensão dos civis ao poder, para abastecer a roubalheira foram tirados quase todos os incentivos, a Zona Franca se transformou em polo industrial e hoje produz pouco mais de 5% de eletro eletrônicos.
Por motivos políticos o Proálcool foi desestimulado para dar lugar as importações e distribuição de petróleo favorecendo os atravessadores na máfia dos combustíveis.