AGRONEGÓCIO - Café brasileiro: Uma aliança de autenticidade e tradição

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Há quem acredite que o Brasil não seria tão reconhecido mundialmente em seu agronegócio se não fosse a presença marcante do tradicional café. Mas o que nem todos sabem é que por trás dessa popular bebida há um grande complexo chamado cadeia produtiva, que gera emprego, renda e desenvolvimento social, além de credibilidade de comércio internacional e outros fatores mercadológicos.

A legião de amantes de café brasileiro está espalhada por todo o mundo. Só o Brasil exporta essa commodity para mais de uma centena de países, dos quais podemos destacar a França, Itália, Estados Unidos, Alemanha, Japão e China. Pode-se dizer que o relacionamento entre o fornecedor e seus clientes, neste caso, é sadio e está em ascensão.

Há, porém, evidências na cadeia produtiva cafeeira que apontam problemas que o Brasil enfrenta há décadas e tem dificuldade para reverter: a alta oferta do café como commodity, ou seja, in natura. Isso quer dizer que não há, ainda, um expressivo investimento em agregação de valor ao cultivar. A diferenciação do produto, ao ser confrontado com um concorrente, é o que determina a conquista do cliente e o maior sucesso das vendas.

A inovação de empacotamento a vácuo deve estar explícita na embalagem, pois convence o consumidor de estar adquirindo um alimento de sabor e outras características fielmente preservados. Aproveitando-se dessas e outras tantas técnicas, é provável que a aceitação do produto seja mais elevada e que atinja um maior nível de popularidade e estabilidade em meio às empresas concorrentes diretas.

Bem se sabe que a produção agropecuária é o primeiro elo da cadeia cafeicultora, mas pouco se reconhece o poder de decisão e influência que dispõe o cafeicultor em todo o processo. Os produtores de café estão, há séculos, habituados a realizar o trabalho convencional de conduzir as safras e dar vazão às sacas para os mercados com o mais alto preço possível, sem se preocupar tanto com beneficiamento do produto e os demais elos da cadeia produtiva.

É justamente nessa problemática que o Gestor de Agronegócios pode atuar, fazendo com que o produtor rural entenda a necessidade de produção de café de alta qualidade para confecção de produtos gourmet e sua adequação às mais variadas exigências dos clientes. Não se pode deixar de lado, também, a tendência pelos solúveis, que ganham cada vez mais a preferência dos consumidores devido ao sabor diferenciado e ao requinte.

Ao se analisar o papel do produtor rural de café na agregação de valor no produto, descobre-se um grande desafio: o despertar dos produtores da commodity café sobre as oportunidades de negócios que eles podem realizar se voltarem a atenção à gama de produtos que a sua matéria-prima pode criar. O café produz muito além de bebidas. Com ele, se cria também variados cosméticos, itens de perfumaria, essências, entre outros.

A Kapeh, cujo nome significa "café", no dialeto Maia, é hoje a única marca de cosméticos feitos exclusivamente à base de café e procura divulgar toda a potencialidade deste fruto para a cosmética, de modo a agregar valor ao café brasileiro, unindo tecnologia e qualidade em excêntricas formulações.

Cientes da amplitude do mercado, os produtores rurais, aliados aos gestores de agronegócios, poderiam recorrer a associações e cooperativas para atingir um maior número de clientes ou ainda potenciais clientes com engajamento para diferentes projetos de aproveitamento do café. Saber sobre a destinação do produto é de extrema importância para o planejamento de estratégias dos parâmetros de produção e atendimento das características dadas como desejáveis pelas indústrias de beneficiamento e/ou clientes.

Depois de discutidas e levadas em consideração essas e outras sugestões benéficas à cadeia de produção, se garante o atual domínio do Brasil na oferta do café para todo o mundo. O que pode ser incrementado, portanto, é um maior nível de conhecimento aos envolvidos e, consequentemente, maior garantia da conquista do cliente brasileiro e estrangeiro, aos quais já costuma agradar a qualidade do café do país expert no assunto.

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Nome do aluno e autor: Renadson A. R. Moreira

Cidade/Polo: Foz do Iguaçu - Paraná

Data de envio do trabalho: 16/03/2018

Curso: Tecnólogo Superior em Gestão de Agronegócios

Disciplina: Cadeias produtivas de café e produtos orgânicos

Professor: Diogo Zuliani

Renadson Augusto
Enviado por Renadson Augusto em 21/05/2020
Reeditado em 28/05/2020
Código do texto: T6953576
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