Estratégias do varejo
Comerciantes varejistas vêm passando maus momentos, mesmo com a diversificação de estoques e um mix de mercadorias oferecidas aos clientes. Segundo Astênio Araujo, consultor de empresas, a problemática no varejo foi uma previsão que ele mesmo fez, mas não desejava que acontecesse e vem acontecendo (Revista Ideias & Negócios, Natal/RN, Ano 3, N° 08). O mercado varejista tem passado dificuldades e busca soluções para adversidades. O varejo investiu em mix de mercadorias, aumentou seus estoques e não alcançou os resultados esperados.
Consultores e comerciantes perguntam-se onde estaria o erro. Existe erro? É possível identificar o erro? Fazendo uma análise tal como um médico, ele o médico vai investigar sinais e sintomas, não encontrando respostas vai pedir alguns exames simples. Não encontrando respostas pelos exames iniciais vai pedir exames mais específicos, até que a causa seja encontrada e procedimentos possam ser feitos. O médico a muito tempo já pratica com o paciente o modelo PDCA, seja na urgência ou na emergência, e na consulta ambulatorial, identificando causas e atacando os sintomas.
O mundo mudou, a internet e a globalização tende a tornar o mundo unificado e uniformizado, padronizado. A administração deixou de ser heurística para ser holística. Diversos fatores estão relacionados, desde o concorrente ao lado ao concorrente do outro lado do mundo, passando por uma cadeia logística de mercadorias e serviços. Novamente com um olhar médico, ter saúde é muito mais que não estar se sentindo mal. E a saúde de uma empresa vai pelo mesmo caminho, não é estar fora do vermelho.
Cada empresa precisa de uma engenharia de qualidade, que proporcione um Branding, um conjunto de ações para construir uma personalidade da empresa, e como um Home Care, um monitoramento in loco com ações e resultados, ações de planejamento, desenvolvimento de ideias, e controle das ideias e inovações implantadas com análises dos resultados obtidos, um PDCA contínuo, do planejamento á análise dos resultados.
Com um mundo globalizado, as pessoas tornam-se iguais e o que pode atrair novos clientes é ser diferenciado. Algo que o distinguir da mesmice. Sempre existiram produtos piratas e contrabandeados, onde pessoas de menor poder aquisitivo despertam o desejo de ser tal como as pessoas que podem pagar por um produto de grife. O ato de pirataria populariza e vulgariza as marcas, que devem cada vez mais procurar uma diferenciação do popular, valorizando seu produto e seu nicho.
Não se trata de oferecer um mix maior de produtos, mas de fidelizar a clientela, tornando-a única e diferenciado-a dos demais consumidores. Uma clientela fidelizada consome mais e participa com opiniões de novos produtos e novas instalações. E um novo consumidor fidelizado procura não um produto, mas um conceito.
A globalização com o uso da internet acelerou os processos, não só de produção, mas de consumo também. Consequentemente o comerciante se vê obrigado a acelerar seus processos mercadológicos, a fim de acompanhar o ritmo desenfreado.
Revista IDEIAS
Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 22/08/2013 Roberto Cardoso (Maracajá)