A Crise Econômica
A origem do termo economia significa “administração da casa.” Quem não sabe administrar a sua casa, certamente vai sofrer as consequências do endividamento, o que corresponde a gastar mais do que se ganha. Vemos, no dia a dia, entrevistarem-se economistas para dar explicações sobre dívidas no cartão de crédito e cheque especial, por serem estes os de maior juro, impactando a situação financeira do devedor.
Perguntei a minha empregada doméstica, que ganha apenas um salário mínimo, se ela tinha dívidas. A sua resposta foi muito simples e de uma bela lição de economia.
_ Não. Porque primeiro ganho, para depois gastar. E se só gasto o que tenho, não contraio dívidas.
Estamos acostumados a ver que o endividamento das pessoas não é em função de sua renda, mas de como saber gastá-la. A mesma lição serve para o município, o estado ou o país, estes administrados por políticos, que “queimam a pólvora alheia”. Como sou um nordestino do Vale do São Francisco, vou apenas citar uma gastança infrutífera do governo federal, com o chamado “elefante branco”, aquela obra paralisada antes da conclusão. Refiro-me à Transposição do São Francisco, orçada inicialmente em seis bilhões, que já gastaram mais de doze, ou seja, mais do que o dobro, e a obra não chegou nem à metade. Uma proporção inversa em relação aos gastos e ao produzido.
Eis aí a constatação de que mandaram para as “cucuias” o significado de economia, administração da casa.
Trabalhei numa empresa que, para dar um cargo de confiança a seu empregado, analisava a sua situação financeira e econômica, sob a alegação de que “se você não sabe administrar a sua casa, como vai administrar uma grande empresa, responsável por muitas casas”?
Imagine, então, uma empresa chamada Brasil. Ninguém quer que ele siga o caminho da Grécia.