A Conta de Luz

Quando o nosso bolso começa a sentir o peso das contas, passamos a analisar mais detalhadamente os seus componentes, principalmente a partir da recente campanha em que “menos é mais”, numa referência à economia de consumo. Especificamente na conta de luz, temos observado que mesmo consumindo menos, o preço da fatura é maior. E ali vamos ver o que nela está embutido. Quase 30% de impostos, distribuídos em ICMS, PIS e COFINS. E ainda, separadamente, a taxa de iluminação pública. Pagamos também aquilo que não consumimos, mas em favor das nossas ruas, a bem da nossa segurança. Afinal, chegar às escuras em casa é o maior o risco de assalto. Entretanto, já fui vítima pelo dia, com a luz gratuita do sol.

É público e notório que pagamos um dos mais altos tributos do mundo e não temos a contrapartida na mesma proporção. Falta saúde, falta educação, falta segurança, atribuições do poder público que, por essa omissão, buscamos na iniciativa privada, aumentando os nossos custos. Aí vem a indignação ao vermos que a arrecadação dos nossos impostos pagos não teve uma boa destinação, motivada quase sempre pela corrupção. Assim, nem podemos apagar a luz para reduzir o consumo, mas temos de tê-la ainda mais forte para ajudar na manutenção do nosso lema: “TÔ DE OLHO NO SENHOR”.