Como continuar vendendo sopa de pedrinhas ou gelo para esquimó?
Estava assistindo ao Programa Conta Corrente da TV Globo News, cujo entrevistado, um vendedor de alimentos sobre rodas por sinal um empresário, que explanava sua trajetória de sucesso, salientando que é preciso ter bastante energia, vontade, coragem e que é possível vender até sopa de pedrinhas ou gelo para esquimós, quando se referindo a concorrências e as incongruência do mercado.
Logicamente que estamos falando da arte da venda, um tema envolvente para quem gosta e curte, porém hábil e destemido em fazer o que sonha e persegue e almeja sucesso. Para isto, proceder, ou realizar um trabalho que direciona para o servir, antes de prever o mais desejado lucro.
Destemido porque faça chuva ou faça sol, tempo bom ou tempestade, ele está ativo e alerta, de bem com a vida, descansado e disposto para um novo dia ou nova noite de trabalho.
Servir estando convicto em realizar um trabalho que gosta, dentro dos parâmetros da ótima qualidade, não importa se vendendo alimentos, bens de consumo, ou até mesmo banana na rua. Importando e focando na satisfação plena do cliente, com o melhor retorno e a melhor propaganda para o negócio, que é o cliente bem servido.
Estar amparado em uma logística adequada, em clima envolvente criado justamente para este ideal de servir. E que faça o cliente ficar extasiado e satisfeito pelo bem adquirido e a certeza de que aquele produto vai atender de pronto às suas expectativas. Nem precisa estar em um requinte de luxo e beleza, mas sim em ambiente ideal, limpo, com disposição correta dos produtos, completa higiene, e onde também o empresário esteja harmonizado, consigo próprio, família e demais. Oxalá a classe primeira que destacamos: o atendimento, a disponibilidade de estoque, não desprezando de maneira alguma o foco principal do negócio que se torna a vida do mesmo, o lucro. Se não houver lucro, haverá o completo desestímulo para a degradação da empresa e da gestão.
ARTE: se vendo um sanduíche cujo custo é de R$ 1,00, e a minha despesa é de R$ 0,50, ao vendê-lo por R$ 1,50 o lucro ficará a ver navios e o negócio definha. Por uma despesa muito alta.
O tema é muito envolvente e promissor que requer muita atenção e habilidade, além da atenção na compra e venda onde qualquer desatenção resultará em prejuízo, pois se você vende hortifrutíferos e compra além da demanda, certamente ao invés de lucro vai ter prejuízos. Outro fator, em qualquer outro produto comprado (mesmo não perecível), certamente vai amargar com prejuízo por além da demanda. O capital vai ficar parado, produto pode vencer a garantia, ser substituído por outro com novas tecnologias, além do desfalque no caixa. Já a compra aquém da demanda ou a falta de compra de itens de giro geram também a destemida falta de lucro, pois na falta do item emergente, o cliente vai para o concorrente que, se for o vendedor da sopa de pedrinhas, você vai perdê-lo.
José Pedroso
Frutal/MG. 06 de fevereiro de 2015.