IMPLICAÇÕES DA GLOBALIZAÇÃO E O BRASIL
Para iniciar deve ser estabelecida as primícias dos verdadeiros impactos no que vem a ser o processo de globalização. Assim como coloca ANDRADE (2002) sobre as implicações ideológicas do capitalismo, onde “a política de globalização está carregada de fortes implicações ideológicas incutidas pelos grupos econômicos transnacionais e pelos governos cooptados pelos mesmos”. Quando se fala de implicações da globalização no espaço econômico mundial é mormente importante saber os interesses envolvidos em tal processo, interesses estes normalmente voltados para o favorecimento de grandes grupos transnacionais, assim como exemplifica SANTOS (2012) ao realizar uma análise comparatória das “dez principais corporações do mundo – Wal-Mart Stores, Shell, Exxon, British Petroleum, Sinopec Group, China National Petroleum Corp e State Grid Corpo f China, Toyota, Japan Post Holdings e Chevron – Têm faturamento maior que o PIB de muitos países”.
Os países aqui comparados são importantes no cenário mundial como Noruega, Dinamarca, Polônia, África do Sul, Finlândia, Grécia e Portugal. Portanto as relações também desenvolvidas neste âmbito são desproporcionais tendo em vista a divergência de interesses, entre aqueles que desejam inserir um sistema que parte de uma espécie de Imperialismo atualizado e perpetrado até os dias atuais.
Neste contexto é possível notar-se situações no mínimo difusas onde um sistema econômico forjado para inserir e/ou conectar todos os seus membros de forma harmônica, se apresenta de maneira totalmente distorcida, onde aqueles que realmente centralizam o capital levanta barreiras de imposições das únicas talvez “moedas de trocas” (SANTOS, 2012) dos países emergentes e subdesenvolvidos as famosas commodities, neste caso insere-se a presença de países como o Brasil que tentam junto aos órgãos “moderadores” internacionais do mercado combater tais práticas.
Apesar do Brasil ser mais vítima do que autor no processo atual de globalização, onde esta se apresenta como “um processo bastante complexo e que se materializa em diferentes dimensões: econômica, social, política e cultura" (SANTOS, 2012), mas que por sua natureza exclui, uma vez que permeada por interesses que muito se distanciam de um conceito de integração real e homogênea, concentra favorecimentos. O Brasil como um dos países de maior destaque entre os emergentes e um dos maiores produtores agropecuários do mundo, vem tentando flexibilizar as diversas barreiras protecionistas dos países desenvolvidos aos países produtores de commodities. Da mesma forma que apresenta um amadurecimento econômico comprovado principalmente nas últimas crises econômicas mundiais onde saiu-se de maneira relativamente forte se comparado a outros países, inclusive vários desenvolvidos que sofreram em suas economias grandes danos.
REFERÊNCIAS:
SANTOS, M. M. dos. Geografia das Indústrias e dos Serviços. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE e Universidade Aberta do Brasil – UAB. Recife: IFPE – UAB, 2012. 99 Págs.
ANDRADE, Manoel Correia de. Globalização e Identidade Nacional. Recife: Bagaço, 2002. 96 p.